Mato Grosso ocupou a terceira posição no ranking nacional de apreensões de cocaína e pasta base realizadas pelas forças de segurança estaduais em 2023. Ao todo, 19,8 toneladas dessas drogas foram retiradas de circulação no estado, segundo o Atlas da Violência 2025, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apenas São Paulo (41,9 toneladas) e Mato Grosso do Sul (29,7 toneladas) superaram esse volume.

Considerando também as apreensões de maconha, que totalizaram 6,3 toneladas no mesmo período, Mato Grosso alcançou a marca de 26,2 toneladas de drogas apreendidas em 2023. O impacto financeiro causado às facções criminosas é estimado em R$ 467 milhões.

De acordo com o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), os resultados de 2024 já superam os do ano anterior. De janeiro a abril, as forças de segurança estaduais apreenderam 41,2 toneladas de entorpecentes, estabelecendo um novo recorde. O prejuízo calculado às organizações criminosas ultrapassa R$ 554 milhões.

O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destaca que os números refletem o comprometimento das instituições e o investimento contínuo do Governo do Estado no enfrentamento ao crime organizado.

— Os recordes de apreensão demonstram o empenho do Governo de Mato Grosso no combate às facções criminosas. O programa Tolerância Zero é um exemplo desse esforço, com ações integradas de inteligência, policiamento ostensivo e investigação. O tráfico de drogas é a principal fonte de recursos dessas organizações. Ao retirar os entorpecentes das ruas, estamos enfraquecendo financeiramente essas facções e contribuindo diretamente para a redução da criminalidade — afirmou o secretário.

Mato Grosso tem papel estratégico no combate ao narcotráfico, por sua posição geográfica e pelo uso de seu território como rota por organizações criminosas transnacionais. O enfrentamento a esse cenário envolve a integração entre as forças estaduais, federais e órgãos de inteligência, fortalecendo o cerco ao crime organizado.