Penalidade
Adolescente morta com tiro é vítima de feminicídio; namorado médico pode pegar até 62 anos de prisão
A comoção pelo crime abalou a cidade e gerou mobilização social pela responsabilização do autor.
Crime ocorreu em Guarantã do Norte e foi elucidado em poucos dias; réu foi indiciado por sete delitos
Judiciário

O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelo feminicídio da adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, com quem mantinha uma união estável. O crime ocorreu na madrugada de 3 de maio de 2025, em Guarantã do Norte, a 709 km de Cuiabá. Ao todo, ele foi responsabilizado por sete crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar 62 anos de prisão.
Segundo a investigação, toda a sequência de acontecimentos se desenrolou em apenas 33 minutos. Às 00h55, o casal deixou um bar no centro da cidade. Dois minutos depois, o veículo do médico foi flagrado em movimento pela avenida José Nelson Coutinho. Em seguida, entrou na avenida Guarantã, onde Ketlhyn passou para o colo do namorado e assumiu a direção do carro. Nesse momento, foi efetuado o disparo que a atingiu.
Às 01h01, o automóvel entrou em alta velocidade na avenida Dante Martins de Oliveira, a caminho do hospital, onde chegou às 01h02. Ketlhyn teve a morte confirmada às 01h28. A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica e chegou ao local às 01h31.
O delegado Waner Neves, responsável pelo inquérito, detalhou que o médico foi indiciado pelos crimes de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dano ao patrimônio público, dirigir sob influência de álcool, entregar veículo a pessoa não habilitada e fornecimento de bebida alcoólica a menor de idade.
A arma usada no crime foi adquirida ilegalmente por Bruno em 2022. O relacionamento com Ketlhyn teve início entre outubro e novembro de 2024, após apresentação feita pela irmã da vítima. Em 3 de janeiro de 2025, os dois formalizaram união estável. Três meses depois, a jovem foi levada pelo companheiro ao hospital com sangramento nasal. Ele mesmo a atendeu e negou sinais de agressão.
Outro ponto levantado pela investigação é que, uma semana antes do homicídio, o médico teria realizado disparos aleatórios com a mesma arma pelas ruas da cidade.
Confissão e surto no hospital
A prisão preventiva do acusado foi decretada dois dias após o crime, em 5 de maio. Durante o interrogatório, o médico confessou ter sido o autor do disparo, alegando que o tiro foi acidental, pois acreditava que a arma estava descarregada.
Ele afirmou ter prestado socorro imediato à adolescente e a levado ao hospital. Conforme o boletim de ocorrência, o médico permaneceu na unidade durante o atendimento. Após a confirmação do óbito de Ketlhyn, entrou em surto e danificou parte da estrutura do hospital.
Últimos momentos
Na madrugada de 3 de maio, por volta das 2h, a Polícia Militar foi acionada para comparecer ao hospital de Guarantã do Norte, onde uma adolescente havia dado entrada com ferimento grave na cabeça, provocado por disparo de arma de fogo. O socorro foi prestado pelo próprio namorado, que, em estado de choque, gritava:
“Salvem minha menina. Eu não sei viver sem ela.”
A comoção pelo crime abalou a cidade e gerou mobilização social pela responsabilização do autor. O caso segue agora para o Ministério Público, que deve oferecer denúncia à Justiça.

Judiciário
Justiça condena Humberto Bosaipo por desvio de verba com uso de empresa fantasma
A sentença determina o ressarcimento solidário do dano ao erário no valor de R$ 1.854.820,75

O ex-deputado estadual Humberto Bosaipo foi novamente condenado por improbidade administrativa, desta vez por envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde atuava como 1º secretário da Mesa Diretora.
Segundo a decisão da juíza Célia Regina Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas, Bosaipo autorizou a emissão de 44 cheques em favor da empresa fantasma J.P. Oliveira Gráfica, totalizando R$ 2.251.663,90. O caso integra o conjunto de investigações da Operação Arca de Noé, que apurou uma série de fraudes ocorridas entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000 no Legislativo estadual.
Também foi condenado o ex-servidor Guilherme Garcia, então responsável pelo setor financeiro da ALMT, acusado de autorizar pagamentos irregulares e de se beneficiar diretamente do esquema. Já o ex-presidente da Assembleia, José Riva, que também figurava como réu na ação, firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), tendo as sanções definidas nos termos desse acordo.
A sentença determina o ressarcimento solidário do dano ao erário no valor de R$ 1.854.820,75, sendo que a responsabilidade de Guilherme Garcia fica limitada a R$ 1.546.260,00. Ambos também foram condenados ao pagamento de multa civil em valores equivalentes ao prejuízo causado.
Além das sanções financeiras, os dois tiveram os direitos políticos suspensos por cinco anos e estão proibidos de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais e creditícios, ainda que por meio de empresas das quais sejam sócios majoritários, pelo mesmo período. As quantias a serem devolvidas devem ser corrigidas com juros de 1% ao mês e atualização monetária pelo INPC.
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