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Desastres Naturais

Desastres climáticos causam bilhões em perdas e deixam rastro de destruição em MT

Estado registrou 733 decretos de emergência, 24 mortes e milhares de pessoas fora de casa em uma década

Publicado em

Economia

Foto: Reprodução/ mIDIAjur

Entre 2013 e 2024, os desastres naturais causaram um impacto econômico de R$ 25,4 bilhões em Mato Grosso, somando prejuízos em áreas públicas, privadas e habitacionais. Os dados constam no relatório Panorama dos Desastres no Brasil – 2013 a 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Nesse período, o estado emitiu 733 decretos de situação de emergência, sendo 647 por chuvas intensas e 86 por secas e estiagens. Os eventos extremos resultaram em 24 mortes, além de 1.990 desabrigados e 9.751 desalojados, conforme levantamento baseado em registros do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Municípios sobrecarregados

Segundo a CNM, os municípios estão na linha de frente do enfrentamento aos desastres e são os que mais sofrem com as consequências. Os efeitos vão desde a perda de vidas humanas até o deslocamento de famílias, destruição de patrimônios públicos e privados, interrupção de serviços essenciais e degradação ambiental.

A entidade destaca ainda que desastres não são apenas fenômenos naturais, mas o resultado de uma interação entre fatores ambientais, ações humanas e populações vulneráveis, exigindo respostas mais estruturadas e integradas dos governos.

Cenário nacional

Em nível nacional, o panorama é ainda mais alarmante: R$ 732,2 bilhões em prejuízos e mais de 70 mil decretos de emergência foram registrados entre 2013 e 2024, afetando 5.279 municípios em todo o país. Os desastres mais comuns foram seca e estiagem, seguidos por chuvas excessivas, doenças infecciosas, incêndios florestais e ondas de calor.

O número de mortos chegou a 2.978 pessoas, com 6,3 milhões de afetados ao longo da década.

Setores mais impactados

Os setores que mais sofreram financeiramente com os desastres no Brasil foram:

  • Agricultura: R$ 325,6 bilhões (44,5% do total);
  • Pecuária: R$ 94,4 bilhões;
  • Instalações públicas de saúde: R$ 86 bilhões;
  • Abastecimento de água potável: R$ 61,2 bilhões;
  • Habitação: R$ 43,4 bilhões;
  • Infraestrutura urbana: R$ 42,4 bilhões;
  • Transportes: R$ 23,3 bilhões;
  • Comércio local: R$ 21,8 bilhões;
  • Indústria: R$ 9,5 bilhões.

Apoio estrutural é urgente

A CNM afirma que o levantamento revela uma tendência crescente e preocupante de desastres climáticos no país e reforça a urgência da estruturação efetiva das defesas civis municipais. A entidade cobra que a União e os estados cumpram as responsabilidades previstas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/2012).

“Sem recursos adequados, capacitação técnica permanente e apoio financeiro contínuo, os municípios não conseguirão proteger suas populações e reduzir os danos provocados pelos desastres”, conclui a CNM.

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Economia

Mato Grosso amplia inserção no mercado asiático com foco em alimentos sustentáveis

Durante feira internacional na China, secretário César Miranda defende protagonismo nas exportações brasileiras e destaca inovação no agronegócio mato-grossense

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Foto: Reprodução/ JBNews

Mato Grosso reforçou sua presença no cenário global ao participar da SIAL China 2025, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, realizada em Xangai. Durante a inauguração do estande da ApexBrasil, nesta segunda-feira (19), o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, César Miranda, destacou a diversidade e a força da produção mato-grossense, com foco na sustentabilidade, inovação e competitividade.

A delegação mato-grossense apresenta uma variedade de produtos que demonstram o potencial do agronegócio estadual, entre eles carne bovina e de aves, gergelim, açaí e outros alimentos com forte apelo internacional.

“Temos uma responsabilidade muito grande, pois somos os maiores produtores de proteína animal e vegetal do Brasil. Estamos colhendo os frutos de um trabalho iniciado em 2019, e um exemplo disso é a retomada da produção de café no noroeste do estado, na divisa com Rondônia. Em breve, também estaremos entre os maiores produtores nacionais de café”, afirmou Miranda.

A SIAL China reúne mais de 5 mil expositores e atrai cerca de 180 mil visitantes, com expectativa de movimentar US$ 250 milhões em negócios para o Brasil. A participação de Mato Grosso ocorre em parceria com a ApexBrasil, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e instituições como o Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC).

Miranda destacou a importância da integração entre governos e setor privado para ampliar a presença brasileira no mercado asiático. “Criamos o IMAC, único no Brasil com a indústria frigorífica presente no conselho. E agora, em julho, vamos lançar a Invest MT, nossa agência de promoção comercial e atração de investimentos, que será gerida pela iniciativa privada. É um projeto de Estado, não apenas de governo”, pontuou.

A cerimônia de abertura também contou com a presença do embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, e do cônsul-geral em Xangai, Augusto Pestana. Ambos destacaram o papel dos estados na diplomacia econômica brasileira. “Quando vejo Mato Grosso aqui, vejo a materialização de uma visão estratégica. Isso é o que muitos dos nossos concorrentes já fazem, e agora o Brasil começa a seguir com mais consistência”, afirmou Pestana.

Outro destaque mencionado por Miranda foi a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres, que já realizou operações-piloto com a exportação de contêineres de pisos e produtos oriundos de florestas plantadas. A expectativa é de que o local se torne polo industrial de setores como arroz e carne, entre outros.

A presença de empresas mato-grossenses que atuam com produtos como gergelim e açaí, além de grandes frigoríficos, reforça a imagem do estado como referência em alimentos sustentáveis, com qualidade e competitividade. Segundo o secretário, a meta agora é ousada: “Hoje, o Brasil detém 25% do mercado chinês de carnes. Queremos chegar a 50%”.

A missão oficial brasileira na SIAL China é liderada pela ApexBrasil e integra uma série de ações estratégicas de promoção comercial no país asiáti

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