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Saiba como solicitar exames de DNA através da Defensoria Pública
Os interessados devem comparecer a Defensoria munidos dos documentos pessoais dos pais e da criança e comprovante de endereço
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A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) lançou uma importante iniciativa que visa garantir o acesso à justiça e à paternidade ou maternidade responsável: a oferta de exames de DNA gratuitos. Essa medida é um avanço especialmente para aqueles que, por questões financeiras, não teriam condições de arcar com os custos desses exames, que custam entre R$ 400 e R$ 1.000 no mercado privado.
Os exames de DNA são fundamentais em casos de reconhecimento de paternidade, seja para assegurar direitos de herança, regulamentação de pensões alimentícias ou mesmo para questões emocionais e de identidade. Ao disponibilizar esses exames sem custos, DPEMT está promovendo a equidade e proporcionando a oportunidade de resolver pendências familiares e legais.
Em Cuiabá, os interessados em realizar exame de DNA podem procurar o Núcleo da Defensoria Pública do Edifício Pantanal Business, localizado na avenida do CPA, munido dos documentos pessoais (RG ou CNH) dos pais e da criança e comprovante de endereço. Posteriormente a Defensoria fará o encaminhamento dos envolvidos ao laboratório para que seja feita a coleta do material para exame. A data do agendamento da coleta será comunicada com antecedência a todas as partes.
No interior do estado, a população interessada em realizar os exames de DNA podem procurar o Núcleo da Defensoria Pública de seu município, munido dos documentos pessoais (RG ou CNH) dos pais e da criança e um comprovante de residência. A dinâmica para a coleta das amostras será realizada de maneira diferente em cada Núcleo, conforme critério da localidade, que prestará todas as orientações necessárias aos assistidos.
Nos casos em que a investigação envolver pessoas vivas, o resultado dos exames será encaminhado para a Defensoria Pública em até dez dias, contados a partir do recebimento do material pelo laboratório. Quando se tratar de investigação de paternidade pós morte, os resultados ficam prontos em até 20 dias, contados também a partir do recebimento do material pelo laboratório.
Os resultados serão tratados com total confidencialidade. Somente as partes interessadas, previamente autorizadas, terão acesso aos resultados dos exames.
“Com o resultado em mãos, entregaremos aos assistidos e também ofereceremos a possibilidade de fazerem uma sessão de mediação onde os pais poderão estabelecer de forma consensual as questões referentes a pensão, a guarda e o direito a convivência”, explicou a defensora pública e coordenadora do Núcleo de Mediação da Defensoria Pública, Elianeth Nazário.

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TCE-MT exige prestação de contas sobre políticas para mulheres e lança capacitação
A medida faz parte de um projeto de fiscalização que busca acompanhar ações e investimentos destinados à melhoria da qualidade de vida das mulheres nos municípios.

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, determinou a notificação das 142 prefeituras do estado para que prestem contas sobre as políticas públicas voltadas para as mulheres. O anúncio foi feito durante a aula inaugural da capacitação “É da Nossa Conta: Orçamento Mulher”, realizada nesta terça-feira (25) no auditório da Escola Superior de Contas.
Sérgio Ricardo destacou a importância da iniciativa em um estado que lidera índices alarmantes de feminicídio e violência contra a mulher. “Queremos entender quais políticas foram implementadas em cada município. Cada prefeito terá que explicar o que foi feito, o que não foi feito e os motivos para isso. Essa análise vai além da segurança da mulher e inclui temas como geração de emprego, qualificação profissional e saúde”, afirmou.
O presidente do TCE-MT lembrou ainda que, no ano anterior, solicitou uma Auditoria Operacional sobre Violência Contra a Mulher para compreender a realidade da situação feminina no estado. Segundo ele, o relatório obtido revelou uma carência significativa de políticas públicas eficazes para a proteção e o bem-estar das mulheres. “Mato Grosso lidera o ranking de feminicídio porque não há políticas públicas reais. Praticamente nenhum município possui delegacia da mulher, e mais de 51% da população do estado é composta por mulheres, mas a maioria das políticas ainda prioriza os homens”, enfatizou.
A defensora pública Tânia Regina de Mattos, presidente da Associação de Mulheres da Carreira Jurídica (ABMCJ) e parceira do evento, elogiou a iniciativa do TCE-MT ao tornar a política pública para mulheres um critério de controle nas contas municipais. “Isso representa um divisor de águas na vida das mulheres”, disse. Ela também destacou a importância da capacitação para garantir que lideranças femininas compreendam e participem do planejamento orçamentário.
Ana Emília Sotero, coordenadora da ABMCJ na Região Centro-Oeste, ressaltou que a maior dificuldade enfrentada pelos municípios ao desenvolver políticas para mulheres é a falta de orçamento. “Sem recursos, não há política pública. E, infelizmente, quando há cortes no orçamento, as primeiras áreas afetadas são as que atendem às mulheres. Temos 142 municípios, somos um estado economicamente forte e, ainda assim, temos apenas duas delegacias especializadas no atendimento à mulher, sendo que apenas uma funciona 24 horas”, apontou.
A defensora pública-geral de Mato Grosso, Maria Luziane Ribeiro de Castro, reforçou a importância da capacitação, destacando que profissionais qualificados são essenciais para cobrar a implementação de políticas públicas eficazes. “Para garantir que essas políticas alcancem as mulheres, é fundamental que haja financiamento adequado, e isso só será possível com pessoas capacitadas para compreender e atuar sobre o orçamento”, afirmou.
Representando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a vice-diretora da Escola Superior da Magistratura, desembargadora Anglizey Solivan de Oliveira, também elogiou a iniciativa. “É a partir do debate e do compartilhamento de ideias que surgem soluções concretas. Minha bandeira é a capacitação técnica e científica das mulheres, porque, para ocupar espaços de decisão, precisamos estar preparadas”, destacou.
Já o deputado estadual Beto Dois a Um, representando a Assembleia Legislativa, reforçou o papel crucial do orçamento específico para políticas públicas voltadas às mulheres. “Com um orçamento dedicado a essa causa, podemos promover uma sociedade mais justa e equilibrada, corrigindo desigualdades históricas”, afirmou.
A auditora pública Simony Jin, coordenadora da Auditoria Operacional sobre Violência Contra a Mulher, pontuou que o debate sobre orçamento para mulheres é uma consequência direta da fiscalização realizada pelo TCE-MT. “Hoje, muitas políticas públicas são implementadas por vontade política, sem planejamento estruturado. Isso as torna vulneráveis a mudanças de gestão. Quando uma política é construída com base em dados sólidos e planejamento adequado, suas chances de permanência aumentam, independentemente de quem estiver no governo”, explicou.
Também participaram do evento a vereadora Maysa Leão, a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, a promotora de Justiça Giliade Pereira de Souza Maia, a secretária da Mulher de Cuiabá, Ten. Cel Haddassah Suzannah, a presidente da BPW Várzea Grande, Cláudia Magnani, a delegada de Polícia Mariel Antonini e a subprocuradora da Mulher da ALMT, Francielle Brustolin.
Capacitação “É da Nossa Conta: Orçamento Mulher”
Após o evento inaugural, a capacitação seguirá no formato de ensino a distância, com encontros semanais nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de abril. O curso contará com a participação de representantes de associações, conselhos municipais e estadual da mulher, servidores públicos, estudantes e pesquisadores interessados no tema. Entre os assuntos abordados estão noções gerais sobre orçamento público, a inclusão da mulher no orçamento, auditorias operacionais do TCE-MT, ferramentas de fiscalização e avaliação de políticas públicas.
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