Variedades
Peça teatral Bereu retrata rotina de presídios femininos no Brasil
Variedades
Da Redação
Para montar a peça, que revela o universo carcerário feminino, a Cia Cena Onze de Teatro se baseou em dez anos de pesquisas, convivência, leituras e rodas de conversas com pesquisadoras e trabalhadoras da área. A peça será apresentada na sala Anderson Flores, do Cine Teatro Cuiabá, de 14 de março a 19 de abril, sempre aos sábados e domingos, às 19h30.
A primeira prisão feminina no Brasil data de 1.940. Hoje, o Brasil é o 4º. país em que mais se prendem mulheres no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. Nas prisões brasileiras, a maioria é de jovens com idade entre 18 e 29 anos (50%) e de cor negra (62%).
Segundo o diretor da peça, Flávio Ferreira, a proposta é fazer com que o público enxergue que a mulher presa errou, mas que está pagando por seu crime. “Também queremos mostrar que há leis que deveriam protegê-las, porém não estão sendo cumpridas, além de indagar sobre o que as levou pro crime. Por último, questionar sobre as responsabilidades do Estado e a da nossa enquanto cidadãos”, ressalta.
A Cia Cena Onze de Teatro realiza oficinas de teatro, dança e figurino no presídio Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, onde também foram realizadas alguns dos estudos, demonstrando que o abandono social, a ausência de políticas sociais sérias, a falta de investimentos na educação, entre outros, são os fatores que mais contribuem para o aumento significativo da inserção da mulher no crime.
Flávio ainda nota que as prisões estão superlotadas e cada pessoa presa custa, em média, três mil reais por mês para os cofres públicos. “Outra coisa importante a se lembrar é que as prisões estão superlotadas e cada pessoa presa custa, em média, três mil reais por mês para os cofres públicos”, adverte o diretor.
O nome do espetáculo é uma gíria usada nas prisões, entre as pessoas presas, mas também com o mundo aqui fora, que significa “bilhete, recado, carta”.
Para mais informações: (65) 3637-3454 e 98114-8657
Foto: Assessoria
Variedades
Arquivo Público de MT inaugura exposição “Cuiabá: (Com)Fluências de um Rio”
A mostra reúne documentos escritos, fotografias, painéis interativos, vídeos e recursos multimídia
O Arquivo Público de Mato Grosso (APMT) inaugurou, nesta quinta-feira (6.11), a nova exposição do Espaço Memórias, intitulada “Cuiabá: (Com)Fluências de um Rio”. A mostra presta uma homenagem ao rio Cuiabá, destacando sua relevância histórica, cultural, ambiental e social para a formação da capital e do Estado. O APMT é vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT).
A exposição convida o público a um mergulho nas memórias construídas em torno do rio que dá nome à capital mato-grossense, revelando sob diferentes olhares como o curso d’água influenciou o desenvolvimento das comunidades ribeirinhas, as relações sociais e o cotidiano das pessoas.
O secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, destacou o papel fundamental do Arquivo Público na preservação da identidade mato-grossense.
“O Arquivo Público tem um papel essencial na preservação da nossa história. Cada documento e cada exposição contam um pedaço da trajetória do povo mato-grossense. Essa nova mostra reforça nossa ligação com as origens da capital e com a importância de preservar o meio ambiente e a memória coletiva”, afirmou.
A superintendente do Arquivo Público, Vanda da Silva, ressaltou que o Espaço Memórias é constantemente renovado para ampliar o acesso da população aos documentos históricos sob a guarda do APMT.
“A renovação das exposições é essencial, pois permite que o público tenha contato com novas temáticas e formas de construir a memória do nosso Estado”, explicou.
Com quase um século de funcionamento, o Arquivo Público de Mato Grosso preserva e disponibiliza um vasto acervo documental, atendendo pesquisadores, servidores públicos e cidadãos interessados em conhecer mais sobre a história institucional do Estado.
Entre os visitantes presentes na inauguração, o historiador e presidente da Empaer-MT, Suelme Fernandes, destacou o valor simbólico e afetivo da mostra.
“O rio Cuiabá é parte viva da nossa história. A exposição é um convite a revisitar essa relação, com registros artísticos, fotografias e a poesia de Silva Freire. É um acervo que emociona e educa”, disse.
A professora da UFMT, Juliana Cristina da Rosa, também elogiou a iniciativa.
“O Arquivo Público é um espaço essencial de pesquisa, ensino e extensão. A nova exposição ficou belíssima e enriquece o conhecimento sobre a história documental e cultural que envolve o rio Cuiabá”, destacou.
Para a historiadora Anna Maria Ribeiro Costa, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, o Arquivo Público é um verdadeiro “guardião da memória”.
“O Arquivo Público é o coração do Estado. Entrar nesse prédio e encontrar uma exposição que reflete essa veia vital, o rio Cuiabá, é algo profundamente emocionante”, declarou.
A mostra reúne documentos escritos, fotografias, painéis interativos, vídeos e recursos multimídia, proporcionando uma experiência imersiva ao visitante.
*Sob supervisão de Daniel Costa
-
Economia4 dias atrásPreço dos ovos caí e atinge recordes no Brasil, aponta Cepea/USP
-
Polícia7 dias atrásExame comprova que sêmen encontrado em vítima de estupro é de Daferson
-
Emprego4 dias atrásGrupo Pereira inaugura central de vagas em Cuiabá para acelerar contratações
-
Cultura6 dias atrásGuns N’ Roses faz história em Cuiabá com show na Arena Pantanal com mais de 40 mil pessoas
-
Educação7 dias atrásEscola estadual de Cuiabá recebe primeira feira de ciências sobre bioherbicidas
-
Claro e Escuro4 dias atrásApós críticas do vereador Samir Japonês, Flávia Moretti articula sua expulsão do PL
-
Economia6 dias atrásNovas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor neste sábado
-
Saúde5 dias atrásCuiabá amplia a oferta de consultas especializadas
Você precisa estar logado para postar um comentário Login