"DADOS ALARMANTES"
‘Setembro Amarelo, Sua Vida Importa’ reúne mais de 700 pessoas online para debater sobre prevenção ao suicídio
Saúde

O primeiro encontro municipal ‘Setembro Amarelo, Sua Vida Importa’, com o tema – ‘por que precisamos falar sobre depressão e suicídio’, reuniu cerca de 700 pessoas de forma remota na noite desta quarta-feira (29). O evento é idealizado pela primeira-dama, Márcia Pinheiro e pela secretária adjunta de Direitos Humanos, Christiany Fonseca. Até a manhã desta quinta-feira (30), o vídeo do encontro já conta com quase quatro mil visualizações.
O encontro foi conduzido pelo conferencista Manoel Vicente de Barros, psiquiatra e membro da Associação Mato-grossense de Psiquiatria, contando também com a participação do Centro de Valorização da Vida (CVV), e das responsáveis pelas ações de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde. Participaram de forma remota, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro e o deputado federal, Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho. Compondo a mesa, estiveram presentes, o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná, secretário de Governo do município, Luis Claudio, adjunta de Educação, Débora Marques Vilar, e o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos, Henrique Schneider.
“Infelizmente, as duas pontas da vida humana, jovens e idosos, também se encontram entre os mais afetados pela depressão, e esse quadro está amplamente majorado durante a pandemia, levando o Brasil a ocupar o 2º lugar no ranking mundial de pessoas acometidas pela depressão e 1º lugar de pessoas acometidas pela ansiedade. Na América Latina, o Brasil lidera as maiores taxas de suicidio e de depressão e de ansiedade. É por isso, que a Prefeitura de Cuiabá promove este evento e outros em alusão a campanha do ‘Setembro Amarelo’, para discutirmos essa pauta tão cara para a nossa sociedade. É muito importante abordarmos esse assunto, pois, ainda existe muito preconceito quanto à depressão”, comentou a primeira-dama.
A adjunta de Direitos Humanos, Christiany Fonseca, lembra que os dado da Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta a depressão como uma das principais causas do suícidio. “O suícido continua sendo uma das principais causas de morte em todo mundo. A OMS aponta que a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida. No Brasil, são cerca de 12 mil pessoas que cometem suícidio por ano, ocupando a oitava posição no mundo, o suicidio já ocupa o segundo lugar como causa de óbitos entre os adolescentes e jovens na faixa etária de 15 a 29 anos. Quanto mais pautamos e debatermos essa temática, mais pessoas terão o apoio que realmente necessitam”, esclareceu a adjunta.
O psiquiatra, Manoel Vicente de Barros, com base em estudos científicos, explicou alguns dos motivos que levam as pessoas a tirar a própria vida. “Esse tema é muito caro e importante. Para falar desse tema precisamos desenvolver a empatia e tentar dimensionar esse assunto para quem sofre. A gente precisa imaginar uma dor de dente ou uma dor insuportável de cabeça, ou como se um alicate estivesse apertando em todos os seus músculos, no seu corpo inteiro. Uma dor que não te deixa livre, do começo do dia, até o fim da noite. É uma dor da alma, dói mais que a dor no corpo, é emocional. Algumas pessoas dizem que vai passar, ter otimismo, dá pra lutar. O problema é que a depressão é complicada, porque vai para o cérebro e desliga a capacidade da pessoa ter esperança. Um câncer quando grave, a pessoa reúne força para ir atrás na quimioterapia, tem fé, mas a depressão tira essa capacidade de fé, de esperança. E por causa dessa situação a pessoa acaba tentando suicidio. Qualquer um pode ter depressão, precisamos falar de suicidio porque é uma causa de morte evitável, precisamos entender o assunto e saber agir. No calor das emoções qualquer um fala uma besteira, é comum falar algo na tentativa de ajudar e acaba atrapalhando. Quando alguém infarta , o primeiro socorro é chamar o Samu. E para quem depressão ? É procurar ajuda profissional. O que leva ao suicidio, a depressão, bipolaridade e o uso de álcool e outras drogas, ela fica desinibida e o comportamento muda. A hereditariedade, seja problema de diabete, do coração, é assim para a depressão e pensamento suicida. Se na família existe um caso grave na família, a pessoa tem tendência, não é condenação, mas é algo para abrirmos os olhos. Se tiver alguém na família, precisamos abrir os olhos, se tiver parkinson na família é procurar um neurologista, isso não é condenação é de auto conhecimento”, explicou o médico.
Ele alerta que na maioria dos casos, as pessoas expõem ou dão sinais de que pretendem cometer algo contra a sua vida. ” Tem um mito muito comum que vai atrapalhar, que quem está pensando em suicidio não vai fazer. A gente sabe que alguém foi procurado, tentou buscar ajuda, a maioria acaba falando com alguém antes de tentar algo contra a sua própria vida. Isso não é uma regra, alguns não falam, mas, a maioria fala, sim. o pensamento aparece e em sua maioria é exposto. Se alguém dizer que quer sumir, ou vocês vão sentir a minha falta. Uma pessoa que fala isso, precisa de ajuda, ela não quer só chamar a atenção”, diz.
Outro mito disseminado, conforme o médico, é sobre a falta de Deus ou de ir para a igreja, no tratamento da depressão. “O tipo de pensamento, é a falta de Deus ou falta de fé. A religião salva muitas vidas, eu estimulo a religiosidade, mas, isso quer dizer que o ato da pessoa é errado, pecaminoso. E daí, vai existir um sentimento de culpa na pessoa. Ela vai achar que está pecando, e nesse ato, você não vai conseguir segurar a mão do outro , porque você está apontando o dedo. Você não falaria isso para uma pessoa que está tendo uma asma. A religião está ali para ajudar a recepcionar e a ouvir. E não para condenar”, explicou.
O prefeito Emanuel Pinheiro, que participou do evento de forma remota, lembra que a Prefeitura de Cuiabá, irá realizar constantemente ações para ajudar e dar apoio às pessoas. “Essa pauta é muito sensível para mim, tenho parentes e amigos que sofrem depressão e sofremos juntos com eles. Vamos criar ainda mais políticas públicas voltadas para o combate à depressão. Implantamos na nossa gestão, a Inteligência Emocional na Educação e iremos fazer mais”, concluiu o prefeito.
A transmissão foi on-line, via canais oficiais da Prefeitura de Cuiabá como o facebook e você poderá acessá-los aqui: https://www.facebook.com/prefeituracba e o Instagram – https://www.instagram.com/cuiabaprefeitura.
Foto: Luiz Alvez/Secom-CBA

Saúde
Saúde amplia serviços de oncologia para reforçar atendimento no SUS
Ministério da Saúde destina R$ 32 milhões para ampliação de atendimentos especializados em Contagem Minas Gerais

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou neste sábado (12) uma portaria que destina R$ 32 milhões ao município de Contagem (MG) para a ampliação de serviços especializados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os valores serão repassados por meio de uma parcela única de R$ 23,6 milhões, sendo R$ 11,8 milhões destinados ao custeio de procedimentos ortopédicos de artroplastia, no âmbito do programa Agora Tem Especialistas, e outros R$ 11,8 milhões para o Hospital Santa Rita, voltados à abertura do serviço de alta complexidade em cirurgia cardiovascular.
O município passa também a contar com um incremento de R$ 8 milhões anuais no Teto de Média e Alta Complexidade (Teto MAC) para o custeio de cirurgias cardiovasculares em caráter de urgência.
Ainda em Contagem, o ministro visitou o Centro Materno Infantil, instituição que recebeu incremento em seu financiamento da ordem de R$ 5 milhões, decorrentes dos incentivos previstos na política de atenção materno-infantil e do incentivo 100% SUS, que vão permitir o atendimento de alta qualidade de aproximadamente 7,6 mil gestantes, das quais 1,1 mil com gravidez de alto risco.
Já em Belo Horizonte, o ministro também assinou portaria que habilita o Hospital Universitário Ciências Médicas (HUCM) como serviço de hematologia. Mais de 5,5 milhões de pessoas serão beneficiadas com a ampliação do atendimento oncológico, alinhada ao programa Agora Tem Especialistas, que tem como objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias.
O HUCM, mantido pela Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA), destina 100% de sua estrutura ao atendimento de pacientes do SUS. Com a nova habilitação, o hospital passa a contar com recursos permanentes para o atendimento especializado em câncer. A expectativa é realizar cirurgias e procedimentos como consultas, colonoscopias, biópsias e exames complementares.
A meta do Ministério da Saúde é garantir que o diagnóstico ocorra em até 30 dias e que o tratamento seja iniciado, no máximo, 30 dias após a confirmação da doença. “No caso do câncer, o tempo é decisivo. Realizar o diagnóstico no momento certo e iniciar o tratamento o mais rápido possível pode significar a diferença entre a vida e a morte”, destacou o ministro.
“A meta é que, com esses aportes, o município de Contagem e a Região Metropolitana de Belo Horizonte possam ampliar a capacidade de atendimento especializado, contribuindo diretamente para a redução das filas de espera da população”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Outra medida importante para a política de combate ao câncer do Ministério da Saúde foi o lançamento, no mês passado, pelo ministro Padilha, do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, que, com o uso de tecnologia de ponta, vai reduzir de 25 para cinco dias o tempo de emissão do parecer médico para pacientes do SUS. Iniciativa do programa Agora Tem Especialistas – que tem a oncologia como uma de suas áreas prioritárias –, o novo centro conta com a participação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do A.C.Camargo Cancer Center, ambos referências no tratamento oncológico. A medida representa um avanço significativo na eficiência do diagnóstico na rede pública.
Finalizando a agenda neste sábado, em Belo Horizonte, durante a visita ao Laboratório de Simulação Realística (LabSim) da Faculdade de Ciências Médicas, o ministro reforçou a importância da estrutura para o desenvolvimento de habilidades práticas na formação de profissionais de saúde. Com o uso de inteligência artificial e manequins simuladores, o laboratório permite que os estudantes vivenciem situações clínicas reais, como urgências e emergências, que farão parte da sua atuação futura no SUS.
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