CUIABÁ
Secretário vistoria unidades de saúde e constata fluidez no atendimento
Para o secretário, o que tentaram fazer foi instaurar o caos. “Ainda estamos tentando mensurar todos os prejuízos. Nossa prioridade é a contratação de médicos, reorganizar os pagamentos e manter os atendimentos à população”, disse.
Saúde

A primeira semana de trabalho da nova gestão da Secretaria Municipal de Saúde foi bastante intensa. O novo secretário, médico ortopedista, Guilherme Salomão, juntamente com os adjuntos da pasta e equipe técnica trabalharam todos os dias até cerca de 22h para finalizar o Plano de Ação da SMS, apresentado para o prefeito na última sexta-feira (13).
As iniciativas mais imediatas do Plano já vêm sendo colocadas em prática. O foco neste momento é o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas, que, por meio de uma força-tarefa da equipe da secretaria adjunta de Atenção Secundária, começou a ser normalizado.

Foto: Luiz Alves/Secom-CBA
Neste domingo (15), com o objetivo de verificar se as medidas do Plano de Ação começaram a surtir efeito, o secretário de Saúde visitou todas as UPAs e Policlínicas, conversando com servidores e com os pacientes.
“Estava tudo calmo, pouquíssimos pacientes internados, todas as unidades com médicos, não tinha longas filas. Pude constatar atendimentos dentro da normalidade”, pontuou o secretário, ao lembrar que os laboratórios também estão com demandas sendo agilizadas em até 12h.
Segundo Salomão, com a intervenção pelo governo do Estado, vários pacientes ficaram internados nas UPAs, porque a rotina dos serviços na rede de saúde, praticamente, foi paralisada. “Mas já adotamos uma medida emergencial e disponibilizamos 38 leitos e a perspectiva é ampliar para 50 leitos. Hoje, quem for ao local, verá que as unidades estão bem mais tranqüilas, com poucas internações”, explicou.
Para o secretário, o que tentaram fazer foi instaurar o caos. “Ainda estamos tentando mensurar todos os prejuízos. Nossa prioridade é a contratação de médicos, reorganizar os pagamentos e manter os atendimentos à população”, disse.
“É impossível no mundo que, em quatro dias úteis, um gabinete de intervenção tenha a capacidade de organizar um relatório tão detalhado e minucioso. Colocaram em xeque a capacidade dos profissionais da saúde, com base em quê, se enfermeiros, técnicos de enfermagem, seja qual for o profissional, têm documentos que atestam sua capacidade. O relatório apresentado pelo gabinete de intervenção trata-se de um documento falso e mentiroso. Um relatório forçado com o claro propósito de macular a imagem da gestão”, finalizou.
ESCALA MÉDICA
Em relação à escala de profissionais médicos, o secretário declarou que a empresa contratada é, portanto, responsável pela reposição do profissional em caso de falta, não estava conseguindo agilizar o serviço. O contrato foi substituído, segundo o secretário Guilherme Salomão, e outra empresa está ofertando o serviço. “Colocamos outra empresa para suprir o atendimento na UPA Verdão e policlínicas. E de início não estamos tendo falta de médicos”.
A expectativa é que a gestão se fortaleça com os novos nomes destinados para as funções, em alguns casos houver remanejamento do profissional, mas com o objetivo de melhorar o serviço aos usuários do SUS.
STJ
No dia 28 de dezembro, o Governo do Estado, por uma medida liminar do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Orlando Perri, assumiu a administração da Secretaria Municipal de Saúde. A medida interventiva foi suspensa pela presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, no dia 6 de janeiro.

Saúde
Saiba o que é a hidradenite supurativa e quais os fatores de risco

Doença de pele pouco conhecida, a hidradenite supurativa é uma doença negligenciada que pode levar à depressão, ansiedade e, inclusive, ao isolamento social e a dificuldades profissionais. Em entrevista à Agência Brasil, o dermatologista Wagner Galvão, especialista na doença, enumerou entre os fatores de risco para a hidradenite supurativa a obesidade, o tabagismo e atrito nas áreas de dobras.
A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória de pele, dolorosa e crônica, caracterizada por nódulos e caroços que aparecem com frequência em regiões de grandes dobras no corpo, como as axilas, sob as mamas, nádegas e entre as regiões genitais. Eventualmente, pode surgir também no couro cabeludo, nuca e face. Esses caroços, que podem ser do tamanho de uma ervilha até o de uma bola de gude, tendem a soltar pus. Apesar de a doença estar ligada à predisposição genética, a obesidade e o tabagismo podem ser gatilhos para agravar o quadro inflamatório.
Galvão, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) regional São Paulo, onde participa do Grupo de Doenças Autoimunes, destacou a importância do diagnóstico precoce. “Para intervir precocemente, para que a pessoa não venha, com a progressão da doença, ter as complicações e problemas que são o grande fardo da hidradenite supurativa”.
Como se trata de uma doença que evolui em crise, as lesões que aparecem nas axilas, virilha, nádegas ficam vermelhas, dolorosas, muitas vezes soltando pus. A história normal do paciente é procurar ajuda em pronto-socorro. Wagner Galvão afirmou porém que, muitas vezes, os médicos de pronto-socorro têm dificuldade de fazer diagnóstico. “Tipicamente, o atraso do diagnóstico entre o surgimento das lesões e o paciente chegar ao diagnóstico da hidradenite supurativa leva 12 anos e ele passa, em média, por 14 médicos, até conseguir o diagnóstico”, revelou o especialista.
O conceito de prevenção se equipara à prevenção secundária. Ou seja, identificar antes para não evoluir. “Para fazer o diagnóstico, eu preciso da lesão típica no lugar típico de uma decorrência de crise. Sem a lesão, eu não consigo falar nada. Para eu conseguir intervir, a pessoa já tem o problema”. Galvão destacou que, quando o dermatologista intervém precocemente, consegue evitar grandes complicações. Significa que, desse modo, as lesões, ou caroços, não evoluem a tal ponto de prejudicar a pessoa e fazê-la entrar em depressão. “A gente minimiza muito os impactos da doença, que podem ser tenebrosos. Quando a gente diagnostica precocemente é a janela de oportunidade para impedir a evolução da doença”, reforçou.
Prevalência
Estudos de prevalência mostram que a hidradenite supurativa atinge 0,4% da população no Brasil. “Muitas vezes, essa prevalência é subestimada, por atraso de diagnóstico. No mundo, a proporção de casos graves é, em geral, em torno de 5%”. No Brasil, os casos graves representam quase 40%, informou Wagner Galvão. Segundo ele, os casos são mais comuns em afrodescendentes e em mulheres. “Cerca de 60% a 70% dos casos são em mulheres”, informou.
Existe uma razão para isso. É que, normalmente, a doença está associada a uma fase hormonal mais bem definida na mulher do que no homem. “Eu tenho mais casos em mulheres. Mas, quando olho somente os casos mais graves, não tenho uma diferença tão grande entre homens e mulheres”. Nos homens, há menos casos mas, proporcionalmente, há mais casos graves.
Por faixa etária, a doença começa, tipicamente, na puberdade ou na fase pré-púbere, por volta dos 10 anos, 12 anos, 14 anos, podendo surgir mais tarde. Ela é menos comum na fase infantil, quando está associada a síndromes de algumas doenças autoinflamatórias.
Galvão participa, nesta semana, do Congresso Europeu de Hidradenite Supurativa. Naquela região, o diagnóstico é melhor, afirmou o médico brasileiro, que vai participar das discussões sobre a doença.
Tratamento
Wagner Galvão explicou que o tratamento para a doença depende do estágio de gravidade. “Houve um grande avanço, nos últimos anos, no tratamento da hidradenite supurativa”, comentou. Em casos leves, são usados cremes e pomadas, além de outras medidas para reduzir crises. Nos casos que vão de intermediários a graves, existe uma medicação imunobiológica denominada Adalimumabe, disponível atualmente no Brasil no Sistema Único de Saúde (SUS) e também coberta pelos planos de saúde. No site do Ministério da Saúde, o SUS publicou o primeiro Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratar a doença. O protocolo inclui terapias inovadoras, como, medicamentos biológicos, disponíveis atualmente também em planos de saúde privados.
No verão, por conta das alterações de temperatura, é preciso ter cuidados especiais, como roupas mais folgadas e de tecido leves nos dias mais quentes, que não friccionem a pele, alertam os especialistas. Wagner Galvão é também médico do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ambos em São Paulo.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: EBC Saúde
-
Polícia7 dias atrás
Sema-MT e Batalhão Ambiental reforçam fiscalização nos últimos 10 dias de pesca proibida
-
Polícia7 dias atrás
PM prende homem com R$ 31,7 mil em dinheiro e 1,8 kg de ouro
-
Educação7 dias atrás
Alan Porto vai participar de evento com ministros e secretários de Educação da América Latina
-
Polícia6 dias atrás
Polícia Civil cumpre busca e apreensão na casa de investigado
-
Polícia7 dias atrás
Polícia Civil devolve para mãe menino abandonado pelo pai durante jogo
-
Esporte7 dias atrás
Governo Mauro Mendes já investiu R$ 7 milhões para incentivar atletas
-
Política6 dias atrás
Botelho e Max buscam alinhamento para composição da Mesa
-
Mundo5 dias atrás
Cúpula da Celac termina com destaque para volta do Brasil ao bloco