REFERÊNCIA EM PEDIATRIA
Pronto Atendimento Infantil do Hospital Estadual Santa Casa realizou mais de 30 mil atendimentos em 2024
Em 2024, foi registrado aumento de mais de 14% na demanda em relação ao mesmo período do ano de 2023
Saúde

O Pronto Atendimento Infantil do Hospital Estadual Santa Casa, administrado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou 32.006 atendimentos de janeiro a setembro de 2024 e registrou um aumento de mais de 14% na demanda em relação ao mesmo período de 2023.
Os atendimentos variaram de 1.440 em janeiro a 4.629 em setembro de 2024 e abrangem pacientes não apenas de Cuiabá, onde foram registrados 28.524 atendimentos, mas também de Várzea Grande e dos municípios da Baixada Cuiabana.
Comparado aos dados de 2023, que contabilizaram cerca de 27.972 atendimentos, esse crescimento é atribuído à recente reforma e modernização da unidade, entregue pelo Governo do Estado em abril deste ano.
“Nossa equipe está comprometida em garantir um atendimento de excelência às crianças. Com a expansão da capacidade do Hospital Estadual, estamos conseguindo atender ainda mais crianças, sempre priorizando a humanização e a eficiência em cada atendimento”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo.
A reforma, que recebeu um investimento de R$ 3 milhões, transformou a antiga estrutura de mais de 200 anos do pronto atendimento em um espaço moderno e acolhedor, preparado para atender às necessidades das crianças e suas famílias.
Com a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, como madrinha, a nova ala pediátrica ampliou a capacidade de atendimentos diários de 70 para 120. O local possui ainda uma área de 560,69 m², com a oferta de 19 leitos, sendo dois de isolamento, dois de emergência e 15 leitos de enfermaria.
Além disso, o Pronto Atendimento Infantil oferece uma gama de especializações, como clínica médica geral, cirurgia pediátrica, hemodiálise pediátrica, neurologia, pneumologia e cardiologia, entre outros serviços essenciais. A unidade é equipada com tecnologia de ponta e conta com uma equipe multidisciplinar de pediatras, além de oferecer exames de imagem e laboratoriais.
A diretora do hospital, Patrícia Neves, ressaltou a importância da modernização, que proporciona dinamismo e garantia de qualidade aos atendimentos.
“O novo espaço foi planejado para proporcionar um atendimento digno e acolhedor às crianças. Hoje, o P.A. do Hospital Estadual Santa Casa se consolidou como um centro referência na saúde pediátrica em Mato Grosso, dedicado a oferecer um serviço de excelência para as crianças da região”, concluiu.
Histórico
O Hospital Estadual Santa Casa foi reformado e modernizado em 2019, após o Governo de Mato Grosso requisitar administrativamente a unidade. O local estava fechado havia 60 dias, por falta de repasses pela Prefeitura de Cuiabá.
A unidade é referência nas áreas de clínica médica geral, cirurgia geral e pediátrica, cirurgia e clínica oncológica, cirurgia e clínica vascular, hemodiálise adulto e infantil, nefrologia adulto e pediátrica, neurologia adulto e pediátrica, neurocirurgia pediátrica, pneumologia, psiquiatria, otorrinolaringologia adulto e pediátrica, cardiologia clínica adulto e infantil, cardiologia intervencionista e hemodinâmica, além de ofertar exames de imagens e laboratoriais.

Saúde
Acervo denuncia política de morte na pandemia e pode embasar reparação
Acervo revela política de morte na pandemia e pode servir como base para reparações aos afetados

Um acervo com 150 registros do que seriam evidências de condutas criminosas e negacionistas na gestão da pandemia de covid-19 pode ser usado para embasar ações judiciais de familiares de vítimas da Covid-19 em busca de reparação.
Lançado oficialmente em março deste ano, o Acervo da Pandemia é uma plataforma digital criada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).
O acervo contém documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre a gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil. A intenção dos organizadores da iniciativa, é preservar a memória coletiva e permitir uma análise crítica do período, que durou 17 meses no país e vitimou cerca de 712 mil pessoas. Além dos 150 registros que compõem a coleção, outros 100 deles encontram-se em fase de análise.
A presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), Rosângela Oliveira Silva, defende que o acervo contém um arcabouço de fatos que demonstram a responsabilidade do Estado Brasileiro no período da pandemia.
“A um operador do Direito, por exemplo, que queira entrar com uma ação na Justiça, o acervo dá a possibilidade de recorrer aos fatos de forma séria, com dados fidedignos, bem catalogados, de fácil acessibilidade”.
Necrossistema
Todos os documentos do acervo, desde a coleta até a curadoria, foram feitos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que descreveram o cenário como “necrossistema da pandemia”, “formado por um conjunto de instituições e agentes que atuam de forma articulada para controlar a vida e a morte da população, estabelecendo e ampliando seu poder sobre corpos, comunidades e a sociedade”.
“Estudos mostram que havia um sistema coordenado e articulado, que atuou para desinformar, manipular e expor desnecessariamente as pessoas ao vírus e ao risco de morte, durante a pandemia de covid-19 no Brasil, buscando aproveitar a grave crise para impor narrativas e condutas negacionistas”, apresenta o acervo em sua página inicial.
A presidente da Avico disse ainda que, “além de colaborar com a responsabilização de agentes públicos que negligenciaram a gestão da crise, o acervo pode embasar a construção de políticas públicas de assistência, saúde e previdência, a partir das evidências registradas”.
Reparação
E completou a pesquisadora: “o Brasil ainda não deu resposta do ponto de vista da reparação. Mas o Acervo colabora no sentido de permitir que a população não fique no esquecimento. São materiais que podem ser utilizados inclusive por autoridades e parlamentares”.
O material é dividido em 17 eixos temáticos, como “omissões e conivências”, “ética e autonomia médica”, “ciência e evidência”, “tratamento precoce” e “vacina”.
“O Acervo da Pandemia não é apenas um repositório de documentos. Ele é um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da nossa história. Seu propósito é servir como fonte para pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas públicas e para qualquer cidadão que queira entender os erros e acertos na gestão da pandemia”, afirma Soraya Smaili, coordenadora do SoU Ciência, professora titular da Escola Paulista de Medicina e ex-reitora da Unifesp.
No que diz respeito à responsabilização de culpados e reparação das vítimas, Rosângela disse que os temas ainda são “um ponto de interrogação” no país.
“Do ponto de vista da pandemia e da reparação, eu creio que permitir essa memória e permitir esse dado histórico faz com que o acervo colabore com as pessoas, inclusive com as autoridades. Se quiserem recorrer ao Acervo, encontrarão ali material fidedigno pra poder fazer qualquer trabalho, inclusive na área de política pública”, completou a presidente da Avico.
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