Saúde Pública
Prefeitura gasta R$ 9 milhões com vigias enquanto tomógrafo segue quebrado
Fiscalização expôs falhas no pronto-socorro de Várzea Grande, incluindo superlotação e estrutura precária.
Saúde

Na manhã desta sexta-feira (12), os vereadores Gisa Barros (PSB), Wender Madureira e Feitoza realizaram uma fiscalização surpresa no Pronto-Socorro de Várzea Grande. A visita teve como objetivo verificar denúncias sobre más condições na unidade, que vão desde água de má qualidade até a falta de equipamentos essenciais.
Durante a fiscalização, a vereadora Gisa Barros chamou atenção para a situação dos pacientes que aguardam nos corredores e para o tomógrafo quebrado, problema que tem forçado moradores a buscar atendimento em Cuiabá. “A água está chegando suja, os banheiros estão em situação precária e os corredores continuam cheios. Além disso, o tomógrafo não funciona, o que prejudica diagnósticos e tratamentos”, relatou.
O vereador Wender Madureira reforçou a crítica e questionou a prioridade dos gastos da prefeitura. “É inaceitável que R$ 9 milhões sejam destinados a vigias, enquanto o tomógrafo permanece quebrado e os pacientes sofrem nos corredores. Quem entra aqui não busca segurança armada, busca atendimento médico, cirurgia, cuidado”, afirmou.
Ele também criticou a presença de duas viaturas da Guarda Municipal no local durante a fiscalização, que, segundo ele, representaria um uso desnecessário da estrutura pública.
Já o vereador Feitosa, impedido de entrar na unidade por determinação judicial, acompanhou a ação do lado de fora e elogiou a atuação dos colegas. “Estamos fiscalizando, cuidando do dinheiro do povo e garantindo que ele seja bem investido. Essa Câmara está mais atuante do que nos últimos 20 ou 30 anos”, destacou.
Os parlamentares se comprometeram a continuar cobrando soluções para a saúde pública municipal, especialmente em relação à estrutura e aos equipamentos do pronto-socorro.
Em resposta às críticas, a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande informou que o aparelho de tomografia do Hospital e Pronto-Socorro Municipal é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, que já foi notificada para realizar os reparos necessários. Segundo a pasta, um novo equipamento, mais moderno e de maior capacidade, deve chegar neste domingo (14) e a expectativa é que esteja em funcionamento até o dia 22. Enquanto isso, os exames de pacientes internados estão sendo realizados em uma unidade credenciada, assegurando a continuidade dos atendimentos.
Segue a nota oficial:
Nota – A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande informa que o aparelho de tomografia do Hospital e Pronto-Socorro Municipal é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, que já foi notificada para realizar os reparos necessários. A empresa nos informou que um novo equipamento, mais moderno e de maior capacidade, chega neste domingo (14) na unidade hospitalar. A expectativa é que ela esteja em pleno funcionamento no dia 22, atendendo tanto a demanda de exames.
Durante esse período, os exames de pacientes internados estão sendo realizados na unidade credenciada assegurando a continuidade dos atendimentos aos pacientes do Pronto-Socorro.

Saúde
Variante recombinante da Covid-19, XFG, é identificada em Mato Grosso
Subvariante da Ômicron, também chamada de “Stratus”, foi detectada em quatro municípios

O Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT) confirmou a circulação da variante recombinante XFG da Covid-19 no estado. A identificação foi feita por meio de vigilância genômica ativa, com análise de amostras coletadas entre os dias 20 de agosto e 2 de setembro de 2025, nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Querência.
A XFG, também conhecida como “Stratus”, é uma subvariante da Ômicron, classificada como recombinante por ter surgido da coinfecção entre duas linhagens distintas: LF.7 e LP.8.1.2. A combinação do material genético dessas linhagens deu origem à nova cepa.
“O Lacen-MT implementou um programa de vigilância genômica ativa, que se configura como um pilar essencial para a detecção precoce e acompanhamento das subvariantes da Ômicron. Esta vigilância desempenha um papel estratégico na identificação de novas variantes”, afirmou a diretora do Lacen, Elaine Oliveira.
A diretora reforça que, até o momento, não há evidências de que a XFG cause formas mais graves da doença ou comprometa a eficácia das vacinas ou terapias antivirais.
“Não é motivo para pânico. A vigilância genômica é uma ferramenta para a detecção das variantes que estão em circulação, permitindo a antecipação de medidas para evitar a propagação acelerada do vírus e a ocorrência de novos surtos”, acrescentou.
A XFG já foi detectada em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Amazonas, Piauí, Alagoas e Bahia.
Entre as mutações presentes na espícula da XFG, estão T22N, S31P, K182R, R190S, R346T, K444R, V445R, F456L, N487D, Q493E e T5721, alterações que justificam seu acompanhamento contínuo pelas autoridades de saúde.
“A expectativa atual é de que as vacinas contra a Covid-19 continuem eficazes contra a infecção sintomática e, sobretudo, contra os casos graves relacionados a essa linhagem”, concluiu Elaine Oliveira.
*Sob supervisão de Daniel Costa
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