Saúde
Órgãos federais buscam fechar cerco a comércio ilícito de tabaco
Questão é prioridade para o governo brasileiro, diz médica
Saúde

Um encontro de representantes de órgãos federais realizado nesta segunda-feira (4) em Brasília buscou detalhar ações para fechar o cerco ao comércio ilícito de produtos de tabaco no Brasil. As discussões ocorreram na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de avaliar a ampliação do protocolo no combate às irregularidades que causam prejuízos financeiros e à saúde no país.
Participaram do evento representantes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), da Polícia Federal, da Receita Federal e dos ministérios da Defesa, da Justiça e Segurança Pública, e das Relações Exteriores.
A médica Vera Luiza da Costa e Silva, que é secretária executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro sobre o Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq), disse que é prioridade do governo brasileiro eliminar o comércio ilícito de tabaco. “O cigarro contrabandeado é de fácil acesso, é vendido nas ruas para crianças, adolescentes e para a população de baixa renda. Isso é contrário à saúde pública, além de não haver arrecadação de impostos”, disse a médica, que faz parte do grupo de assessoramento à Presidência da República.
Monitoramento
Na reunião, os órgãos policiais trataram de acertar estratégias previstas no protocolo para realizar apreensões com dados integrados de trabalho. A médica afirmou que é necessária uma permanente atualização do sistema de rastreamento e localização instalado nas fábricas de cigarros, que permite que os produtos sejam monitorados por satélite.
“Existe uma comissão nacional para implementar esse tratado. Um dos temas em destaque é o fortalecimento do governo em ações de prevenção e repressão do contrabando de dispositivos eletrônicos para fumar”, disse Vera Luiza. Na opinião da médica, há um reforço nesse combate para que o Brasil reduza drasticamente o comércio ilícito de tais dispositivos.
Desafios
Vera Luiza ressaltou que o Brasil enfrenta como desafios principais a expansão do crime organizado, a extensão das fronteiras e a indústria do tabaco, que amplifica os dados do comércio ilícito para fazer pressão no governo para não aumentar impostos. “Existe um trabalho da indústria do tabaco para tentar comercializar os eletrônicos de uma forma legal porque o consumo de cigarros está diminuindo, não só no Brasil, mas como no resto do mundo.”
Segundo dados expostos na reunião, a arrecadação de impostos sobre os cigarros fica em torno de R$ 8 bilhões, enquanto os gastos com saúde, com aposentadoria precoce e cuidados paliativos de pacientes ficam em torno de R$ 153 bilhões. “Atualmente, o comércio ilícito dos produtos do tabaco representam em torno de 30% do mercado de cigarros no Brasil. O país, na verdade, serve de modelo para o resto do mundo com suas ações de controle ao tabagismo.”
De acordo com o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, em um país que é grande produtor e plantador de tabaco, como o Brasil, torna-se importante o rastreamento e controle de toda a cadeia produtiva, desde o processamento do fumo até a manufatura e comercialização dos produtos. “Com o combate ao comércio ilícito, podemos retomar uma política de preços que é um desestímulo ao consumo de produtos do tabaco.”
Fonte: Agência Brasil – https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-11/orgaos-federais-buscam-fechar-cerco-comercio-ilicito-de-tabaco

Saúde
Fiocruz alerta para alta de hospitalizações por influenza e vírus sincicial respiratório
Casos de SRAG crescem entre adultos e idosos; entre crianças de até 2 anos, infecções por VSR seguem elevadas

O boletim semanal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (8), aponta aumento das hospitalizações por influenza em diversas regiões do Brasil, com níveis moderados a altos de incidência em estados do Norte, Centro-Sul e no Ceará. A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tem afetado principalmente jovens, adultos e idosos, enquanto crianças de até 2 anos seguem sendo impactadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Embora o crescimento da SRAG associada ao VSR dê sinais de desaceleração, especialmente na Região Centro-Oeste, onde a circulação do vírus começou no fim de fevereiro, o número de casos ainda preocupa. Há indícios de estabilização também em estados das regiões Sudeste, Norte e Nordeste.
“Apesar desse sinal de interrupção do crescimento de SRAG por VSR, a incidência permanece elevada”, alertou a pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella.
Mortalidade entre idosos
Mesmo com baixa incidência da Covid-19, o vírus Sars-CoV-2 segue como principal causa de mortalidade por SRAG entre idosos, seguido pelo vírus influenza A. Entre crianças de 2 a 14 anos, os casos estão em queda, mas em adultos e idosos continuam crescendo.
Recomendações
Tatiana reforça o uso de máscaras em ambientes fechados e unidades de saúde, além da importância do isolamento em caso de sintomas gripais. “Se não for possível ficar em casa, use máscara ao sair”, disse.
A pesquisadora também fez um apelo à vacinação:
“Pedimos às pessoas dos grupos que ainda não se vacinaram contra a influenza A que se vacinem o quanto antes”.
Estados em alerta
De acordo com o InfoGripe, 13 dos 27 estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco de incidência de SRAG com tendência de crescimento:
Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
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