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RECONHECIMENTO NACIONAL

Municípios de MT são premiados por eficiência em serviços de saúde bucal

Atualmente, 60% da cobertura de Saúde Bucal da Atenção Básica é feita pelo Estado

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Saúde

Foto: Secom

O compromisso de Mato Grosso com a saúde bucal e com o aprimoramento dos serviços oferecidos à população é destaque nacional. Dois municípios do estado conquistaram, nesta semana, o Prêmio Nacional de Saúde Bucal 2024 do Conselho Federal de Odontologia (CFO). 

Primavera do Leste conquistou a primeira colocação no Grupo C, que abrange municípios com população entre 50.001 e 100.000 habitantes, e Alto da Boa Vista ganhou o 2º lugar da região Centro-Oeste. 

Em 2019, Mato Grosso já havia sido premiado. Na ocasião, o município de Juscimeira conquistou o 1º lugar na categoria de até 20 mil habitantes, enquanto Sorriso obteve o 2º lugar em sua categoria populacional.

Atualmente, 60% da cobertura de Saúde Bucal da Atenção Básica é feita pelo Estado. São quatro Unidades Odontológicas Móveis; 16 Centros de Especialidades Odontológicas distribuídos em sete municípios; dois Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (SESBs) e 70 laboratórios de Próteses Dentárias.

Além das ações, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) dispõe do Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), que foi instituído para o atendimento especializado ao paciente especial de difícil manejo, diagnóstico de lesões da boca e da face e atendimento hospitalar em casos de pacientes especiais com indicação. 

O secretário estadual de Saúde, Juliano Melo, celebrou o reconhecimento do Conselho Federal de Odontologia e destacou que isso é fruto do comprometimento e do empenho do Estado e dos profissionais.  

“Esse prêmio é o reconhecimento do trabalho que o Estado, em parceria com os municípios, tem feito na área de odontologia. Isso tudo leva a um atendimento de qualidade à população. Temos trabalhado na capacitação dos profissionais e na modernização dos atendimentos”, afirmou o secretário. 

Em parceria com a Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT) e com o Ceope, a Coordenadoria de Saúde Bucal realiza a capacitação em diagnóstico bucal, com ênfase na detecção e diagnóstico precoce do câncer de boca, e capacitação em atendimento odontológico à pessoa com deficiência, ambas com carga horária de 40 horas, tendo como público os profissionais cirurgiões-dentistas do Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso.

A coordenadora de Saúde Bucal da SES, Andrea Coelho, reforçou o compromisso do Estado com a implementação de políticas públicas e ações para levar atendimento de qualidade à população. 

“A Coordenadoria Estadual de Saúde Bucal expressa grande satisfação com as premiações. O Estado tem dedicado esforços no apoio institucional à implementação de políticas públicas, no cofinanciamento de ações de Atenção Básica em Saúde Bucal e na educação continuada dos profissionais de odontologia”, pontuou Andrea. 

Além disso, a SES também disponibiliza um aplicativo para o apoio no diagnóstico de lesões do aparelho estomatognático (conjunto de estruturas bucais), por meio do qual os dentistas podem encaminhar, inclusive pelo celular, casos de lesões da boca e da face. Esses casos são recebidos, distribuídos a tele consultores especializados e uma resposta é disponibilizada em um prazo de até 72 horas. 

Em pouco mais de um ano, o aplicativo já realizou mais de 300 tele consultorias para mais de 75 municípios do Estado.

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Saúde

Acervo denuncia política de morte na pandemia e pode embasar reparação

Acervo revela política de morte na pandemia e pode servir como base para reparações aos afetados

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Reprodução

Um acervo com 150 registros do que seriam evidências de condutas criminosas e negacionistas na gestão da pandemia de covid-19 pode ser usado para embasar ações judiciais de familiares de vítimas da Covid-19 em busca de reparação.

Lançado oficialmente em março deste ano, o Acervo da Pandemia é uma plataforma digital criada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).

O acervo contém documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre a gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil. A intenção dos organizadores da iniciativa, é preservar a memória coletiva e permitir uma análise crítica do período, que durou 17 meses no país e vitimou cerca de 712 mil pessoas. Além dos 150 registros que compõem a coleção, outros 100 deles encontram-se em fase de análise.

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), Rosângela Oliveira Silva, defende que o acervo contém um arcabouço de fatos que demonstram a responsabilidade do Estado Brasileiro no período da pandemia.

“A um operador do Direito, por exemplo, que queira entrar com uma ação na Justiça, o acervo dá a possibilidade de recorrer aos fatos de forma séria, com dados fidedignos, bem catalogados, de fácil acessibilidade”.

Necrossistema

Todos os documentos do acervo, desde a coleta até a curadoria, foram feitos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que descreveram o cenário como “necrossistema da pandemia”, “formado por um conjunto de instituições e agentes que atuam de forma articulada para controlar a vida e a morte da população, estabelecendo e ampliando seu poder sobre corpos, comunidades e a sociedade”.

“Estudos mostram que havia um sistema coordenado e articulado, que atuou para desinformar, manipular e expor desnecessariamente as pessoas ao vírus e ao risco de morte, durante a pandemia de covid-19 no Brasil, buscando aproveitar a grave crise para impor narrativas e condutas negacionistas”, apresenta o acervo em sua página inicial.

A presidente da Avico disse ainda que, “além de colaborar com a responsabilização de agentes públicos que negligenciaram a gestão da crise, o acervo pode embasar a construção de políticas públicas de assistência, saúde e previdência, a partir das evidências registradas”.

Manaus (AM) - Especial 3 anos de pandemia, Impactos da pandemia. Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus
Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus

Reparação

E completou a pesquisadora: “o Brasil ainda não deu resposta do ponto de vista da reparação. Mas o Acervo colabora no sentido de permitir que a população não fique no esquecimento. São materiais que podem ser utilizados inclusive por autoridades e parlamentares”.

O material é dividido em 17 eixos temáticos, como “omissões e conivências”, “ética e autonomia médica”, “ciência e evidência”, “tratamento precoce” e “vacina”.

“O Acervo da Pandemia não é apenas um repositório de documentos. Ele é um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da nossa história. Seu propósito é servir como fonte para pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas públicas e para qualquer cidadão que queira entender os erros e acertos na gestão da pandemia”, afirma Soraya Smaili, coordenadora do SoU Ciência, professora titular da Escola Paulista de Medicina e ex-reitora da Unifesp.

No que diz respeito à responsabilização de culpados e reparação das vítimas, Rosângela disse que os temas ainda são “um ponto de interrogação” no país.

“Do ponto de vista da pandemia e da reparação, eu creio que permitir essa memória e permitir esse dado histórico faz com que o acervo colabore com as pessoas, inclusive com as autoridades. Se quiserem recorrer ao Acervo, encontrarão ali material fidedigno pra poder fazer qualquer trabalho, inclusive na área de política pública”, completou a presidente da Avico.

 

 

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