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DOENÇA CRÔNICA

Mato Grosso tem taxa de hanseníase 600% superior à média nacional, alerta do TCE

Segundo ele, o estado apresenta um índice de casos 600% superior à média nacional, refletindo as grandes desigualdades sociais

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Saúde

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, alertou sobre a situação da hanseníase em Mato Grosso. Segundo ele, o estado apresenta um índice de casos 600% superior à média nacional, refletindo as grandes desigualdades sociais e a falta de políticas públicas adequadas para lidar com os extremos na economia e na saúde pública.

“Eu digo que Mato Grosso é o primeiro na produção de carne, de soja, de milho, de algodão, mas é o campeão absoluto também em hanseníase. Temos um estado desigual, onde existem ilhas de prosperidade e ilhas de miséria, e isso é resultado das políticas públicas adotadas ao longo das últimas décadas. Esse problema não é apenas do governo atual, nem do anterior, mas da falta de continuidade e de eficácia nas ações voltadas para reduzir essas desigualdades”, ressaltou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (4).

“Nós precisamos trabalhar esse assunto, não tem cabimento nós estarmos sendo campeões 600% acima da média nacional”, acrescentou.

O conselheiro enfatizou a necessidade de tratar a hanseníase como uma prioridade, destacando que a doença se prolifera em áreas com falta de saneamento básico e condições mínimas de vida.

“A hanseníase acontece onde não existe saneamento básico, onde não há o mínimo de condições para uma vida digna. E o que essa doença causa? Ela traz problemas gravíssimos, pode deixar uma pessoa incapacitada, atinge os dedos, a pele, o rosto, é uma doença que destrói a vida de quem a contraiu e que, infelizmente, ainda atinge crianças no nosso estado”, comentou.

Sérgio Ricardo destacou que, apesar dos esforços do governo estadual para combater a hanseníase, é fundamental implementar ações mais amplas e preventivas.
“Esse governo tem trabalhado com muita dedicação nessa questão, tem se empenhado em melhorar a saúde em Mato Grosso, mas isso precisa ser uma prioridade continua. A hanseníase já era conhecida como lepra há séculos, nos tempos de Cristo, e, mesmo com todo o avanço da medicina, ela ainda está aqui”.

Nesta semana, o TCE está promovendo discussões sobre o tema, focando principalmente em ações para enfrentar o atual cenário. Sérgio Ricardo expressou preocupação com a alta incidência da doença em áreas urbanas densamente povoadas, como Cuiabá e Várzea Grande, que deveriam ter uma estrutura de saúde mais sólida. Ele também destacou que a hanseníase afeta municípios menores, como Barão de Melgaço e Diamantino, onde os índices também são alarmantes.

“Talvez seja pelo fato de serem as duas cidades mais populosas, mas é aqui que não deveria acontecer. Aqui, onde estão as maiores estruturas de saúde, não deveria haver tantos casos”, disse.

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Saúde

Lúdio Cabral articula recursos em Brasília para equipar novo Hospital Universitário

Deputado busca R$ 140 milhões para aquisição de móveis e equipamentos da maior unidade hospitalar de Mato Grosso

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Foto: Assessoria

Em articulação com o Governo Federal, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) realizou uma série de reuniões em Brasília, nos dias 6 e 7 de maio, para garantir os recursos necessários à aquisição de mobiliário e equipamentos para o novo Hospital Universitário de Cuiabá, em fase final de construção na Rodovia MT-040, saída para Santo Antônio de Leverger. A previsão é de que serão necessários aproximadamente R$ 140 milhões para estruturar a unidade.

Durante a agenda, Lúdio se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Arthur Chioro, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Gregório Grisa, a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marluce Souza e Silva, e o superintendente do Hospital Universitário Júlio Müller, Reinaldo Gaspar. Também participou das discussões a diretora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e ex-deputada federal, Rosa Neide (PT).

“O Governo Federal está investindo em um hospital moderno, com 300 leitos para atendimento de média e alta complexidade, além de estrutura para a formação acadêmica de profissionais da saúde. O novo hospital ampliará em três vezes a capacidade atual do Júlio Müller, incorporando novas tecnologias e fortalecendo a humanização no atendimento à população de Mato Grosso”, destacou Lúdio.

A construção da unidade conta com R$ 221 milhões em investimentos, sendo metade oriunda do Governo Federal e metade do Governo do Estado. A obra, executada pelo Estado, prevê 58,3 mil metros quadrados de área construída e deve ser concluída até o final de 2025.

O presidente da EBSERH, Arthur Chioro, reforçou a necessidade de antecipar o planejamento para aquisição dos equipamentos. “Nosso desafio agora é viabilizar a compra dos móveis e aparelhos hospitalares. Esse processo pode levar de seis a oito meses, considerando as etapas de licitação e aquisição”, explicou.

Além das reuniões com representantes do governo federal, Lúdio também buscou apoio da bancada federal de Mato Grosso, reunindo-se com o senador Jayme Campos (União Brasil) para tratar da destinação de emendas parlamentares ao projeto.

O parlamentar lembrou que o novo hospital teve as obras iniciadas ainda no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff e que sua retomada só foi possível no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos na fase de definir o perfil assistencial e os serviços que serão ofertados. É hora de unir esforços para que esse hospital moderno se torne realidade e comece a funcionar o quanto antes”, afirmou.

Lúdio também defendeu a continuidade das atividades do atual Hospital Universitário Júlio Müller, sugerindo que a estrutura seja mantida como referência no tratamento de doenças tropicais, reforçando a rede pública de saúde em Mato Grosso.

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