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OUTUBRO ROSA

MAMOGRAFIA É O EXAME IDEAL PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA, DIZ MASTOLOGISTA

A detecção minuciosa é fundamental para garantir um tratamento menos agressivo e aumentar a taxa de cura a até 95%, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA)

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Saúde

Foto: Reprodução/Freepik

O Outubro Rosa é uma campanha de 34 anos dedicada à conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. A iniciativa destaca para mulheres e homens a importância dos exames anuais, como a mamografia, que podem identificar a doença em seus estágios iniciais e aumentar as chances de um tratamento eficaz.

A mamografia continua sendo o exame ideal para o diagnóstico precoce do câncer de mama, representando uma ferramenta eficaz para reduzir a mortalidade e aumentar as chances de cura.

“O diagnóstico precoce é a forma mais eficaz de combater o câncer de mama, pois permite identificar lesões em estágios iniciais, muitas vezes de apenas 2 a 3 milímetros, que são extremamente pequenas”, explica o Dr. Wilson Garcia, mastologista e especialista em reconstrução mamária.

A detecção minuciosa é fundamental para garantir um tratamento menos agressivo e aumentar a taxa de cura a até 95%, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Por que a mamografia é diferenciada? Entre os exames disponíveis, como a ressonância magnética e o ultrassom, a mamografia se destaca pela capacidade de detectar lesões extremamente pequenas, muitas vezes imperceptíveis em outros métodos.

 “Os nódulos de câncer de mama podem se assemelhar a calcificações, e a tecnologia da mamografia consegue captar essas microcalcificações, que são uma das principais indicações de malignidade”, detalha Dr. Garcia.

Ele também observa que, com o avanço dos equipamentos, as mamografias digitais de alta resolução têm aumentado ainda mais a precisão, ajudando a identificar lesões mínimas que outros exames de imagem frequentemente não captam.

No entanto, a mamografia se destaca também pela acessibilidade. Esse exame está disponível em todo o Brasil, tanto por meio dos planos de saúde quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso a todas as mulheres. Para quem opta por realizá-lo de forma particular, o custo costuma ser mais acessível em comparação a outros exames, como a ressonância magnética.

“Além da disponibilidade, a legislação brasileira assegura o direito das mulheres de realizar exames preventivos de câncer de mama sem prejuízo salarial. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as trabalhadoras têm direito a se ausentar até três vezes ao ano para exames preventivos”, complementa Dr. Garcia.

Segundo dados do INCA indicam que o diagnóstico precoce, viabilizado principalmente pela mamografia, pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 40%. Em 2024, estima-se que 66 em cada 100 mil mulheres brasileiras receberão esse diagnóstico, resultando em uma taxa de 66,54 casos por 100 mil e um total projetado de 74 mil novos casos ao longo do ano. Em Mato Grosso, o câncer de mama é estimado como o tipo mais incidente entre mulheres, representando aproximadamente 55,4% dos casos de câncer no estado.

“A mamografia pode salvar vidas e, portanto, se mantém como uma ferramenta essencial, não apenas pelo avanço técnico que permite uma análise mais detalhada dos tecidos mamários, mas também por seu impacto significativo na saúde pública”, pontua Dr. Garcia.

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Saúde

Acervo denuncia política de morte na pandemia e pode embasar reparação

Acervo revela política de morte na pandemia e pode servir como base para reparações aos afetados

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Reprodução

Um acervo com 150 registros do que seriam evidências de condutas criminosas e negacionistas na gestão da pandemia de covid-19 pode ser usado para embasar ações judiciais de familiares de vítimas da Covid-19 em busca de reparação.

Lançado oficialmente em março deste ano, o Acervo da Pandemia é uma plataforma digital criada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).

O acervo contém documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre a gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil. A intenção dos organizadores da iniciativa, é preservar a memória coletiva e permitir uma análise crítica do período, que durou 17 meses no país e vitimou cerca de 712 mil pessoas. Além dos 150 registros que compõem a coleção, outros 100 deles encontram-se em fase de análise.

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), Rosângela Oliveira Silva, defende que o acervo contém um arcabouço de fatos que demonstram a responsabilidade do Estado Brasileiro no período da pandemia.

“A um operador do Direito, por exemplo, que queira entrar com uma ação na Justiça, o acervo dá a possibilidade de recorrer aos fatos de forma séria, com dados fidedignos, bem catalogados, de fácil acessibilidade”.

Necrossistema

Todos os documentos do acervo, desde a coleta até a curadoria, foram feitos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que descreveram o cenário como “necrossistema da pandemia”, “formado por um conjunto de instituições e agentes que atuam de forma articulada para controlar a vida e a morte da população, estabelecendo e ampliando seu poder sobre corpos, comunidades e a sociedade”.

“Estudos mostram que havia um sistema coordenado e articulado, que atuou para desinformar, manipular e expor desnecessariamente as pessoas ao vírus e ao risco de morte, durante a pandemia de covid-19 no Brasil, buscando aproveitar a grave crise para impor narrativas e condutas negacionistas”, apresenta o acervo em sua página inicial.

A presidente da Avico disse ainda que, “além de colaborar com a responsabilização de agentes públicos que negligenciaram a gestão da crise, o acervo pode embasar a construção de políticas públicas de assistência, saúde e previdência, a partir das evidências registradas”.

Manaus (AM) - Especial 3 anos de pandemia, Impactos da pandemia. Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus
Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus

Reparação

E completou a pesquisadora: “o Brasil ainda não deu resposta do ponto de vista da reparação. Mas o Acervo colabora no sentido de permitir que a população não fique no esquecimento. São materiais que podem ser utilizados inclusive por autoridades e parlamentares”.

O material é dividido em 17 eixos temáticos, como “omissões e conivências”, “ética e autonomia médica”, “ciência e evidência”, “tratamento precoce” e “vacina”.

“O Acervo da Pandemia não é apenas um repositório de documentos. Ele é um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da nossa história. Seu propósito é servir como fonte para pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas públicas e para qualquer cidadão que queira entender os erros e acertos na gestão da pandemia”, afirma Soraya Smaili, coordenadora do SoU Ciência, professora titular da Escola Paulista de Medicina e ex-reitora da Unifesp.

No que diz respeito à responsabilização de culpados e reparação das vítimas, Rosângela disse que os temas ainda são “um ponto de interrogação” no país.

“Do ponto de vista da pandemia e da reparação, eu creio que permitir essa memória e permitir esse dado histórico faz com que o acervo colabore com as pessoas, inclusive com as autoridades. Se quiserem recorrer ao Acervo, encontrarão ali material fidedigno pra poder fazer qualquer trabalho, inclusive na área de política pública”, completou a presidente da Avico.

 

 

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