Anna Paula Libania de Franca, de 21 anos, relata ter vivenciado momentos de grande sofrimento e descaso após dar à luz em um hospital da Rede Cegonha em Várzea Grande. A jovem mãe procurou a Maternidade Municipal Dr. Francisco Lustosa para o parto, mas alega que o atendimento inicial foi demorado, sendo examinada somente duas horas após sua chegada.

“Cheguei lá à meia-noite e só fui atendida às duas da manhã. O médico viu que eu estava com 2 centímetros de dilatação e mandou que eu retornasse às 5 horas da manhã“, conta Anna Paula.

Mesmo preferindo aguardar na maternidade devido às fortes dores, Anna Paula relata que sua bolsa rompeu e que só recebeu a devida atenção quando uma enfermeira interveio. Após o parto, realizado pela Dra. Angélica, Anna Paula foi informada sobre uma laceração de segundo grau, que foi reparada.

 Após receber alta, Anna Paula começou a sentir fortes dores, inchaço nas pernas e febre. Ao retornar à maternidade, a Dra. Tandara informou que a linha da reparação havia se rompido, necessitando de nova internação.

 “Fui ao banheiro e notei que tinha descido algo que eu não sei o que é. Aparentemente parecia uma tripa. Fiquei muito assustada“, relata.

 Oito dias após o parto, Anna Paula passou por uma nova cirurgia, mas os problemas persistiram. Ao retornar à maternidade para solicitar seus prontuários, teve o pedido negado, conseguindo os documentos mediante apresentação de documento registrado na Policia Civil. Novos exames revelaram que a cirurgia havia sido costurada apenas internamente, reabrindo externamente.

“Algo que era para ser solucionado não resolveu nada, continuou do mesmo jeito“, desabafa Anna Paula, que agora teme precisar de outra cirurgia. A jovem mãe também relata que a amamentação foi prejudicada devido ao trauma e que descobriu que outras mulheres também enfrentaram problemas semelhantes na maternidade.

 Diante dos fatos, Anna Paula busca justiça e alega negligência médica por parte da equipe da Maternidade Municipal Dr. Francisco Lustosa (Rede Cegonha).