VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Saúde

Dengue: vacina brasileira será levada à Anvisa nas próximas semanas

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, caso seja aprovada, o país pode incorporar 1 milhão de doses da vacina contra a dengue em 2025

Publicado em

Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (18/9) que o Instituto Butantan deve submeter, nas próximas semanas, a vacina brasileira contra a dengue para a avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O anúncio foi feito durante o lançamento do plano de ação para prevenir os impactos da dengue e outras arboviroses no país. Segundo a titular da pasta, caso o imunizante seja aprovado, o país pode incorporar 1 milhão de doses da vacina em 2025.

“O Instituto Butantan deve, nas próximas semanas, encaminhar a sua vacina à Anvisa. Já temos uma estimativa para o ano que vem, tudo dando certo, de 1 milhão de doses do Instituto Butantan, que será em dose única. Teremos confirmação de todos esses dados a partir do encaminhamento à Anvisa“, afirmou Nísia.

Ainda segundo a ministra, o governo disponibilizará 9 milhões de doses da vacina da fabricante Takeda, que já é aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS). O cronograma da vacinação ainda deve ser anunciado.

O plano anunciado nesta quarta-feira prevê o investimento de R$ 1,5 bilhão em ações de combate contra a doença. A proposta é dividida em seis eixos: prevenção; vigilância; controle vetorial; organização da rede assistencial; preparação e resposta às emergências; e comunicação e participação comunitária.

Fonte: Metropoles – https://www.metropoles.com/brasil/dengue-vacina-brasileira-sera-levada-a-anvisa-nas-proximas-semanas

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Saúde

Acervo denuncia política de morte na pandemia e pode embasar reparação

Acervo revela política de morte na pandemia e pode servir como base para reparações aos afetados

Publicados

em

Reprodução

Um acervo com 150 registros do que seriam evidências de condutas criminosas e negacionistas na gestão da pandemia de covid-19 pode ser usado para embasar ações judiciais de familiares de vítimas da Covid-19 em busca de reparação.

Lançado oficialmente em março deste ano, o Acervo da Pandemia é uma plataforma digital criada pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).

O acervo contém documentos, vídeos, áudios e reportagens sobre a gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil. A intenção dos organizadores da iniciativa, é preservar a memória coletiva e permitir uma análise crítica do período, que durou 17 meses no país e vitimou cerca de 712 mil pessoas. Além dos 150 registros que compõem a coleção, outros 100 deles encontram-se em fase de análise.

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico), Rosângela Oliveira Silva, defende que o acervo contém um arcabouço de fatos que demonstram a responsabilidade do Estado Brasileiro no período da pandemia.

“A um operador do Direito, por exemplo, que queira entrar com uma ação na Justiça, o acervo dá a possibilidade de recorrer aos fatos de forma séria, com dados fidedignos, bem catalogados, de fácil acessibilidade”.

Necrossistema

Todos os documentos do acervo, desde a coleta até a curadoria, foram feitos por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que descreveram o cenário como “necrossistema da pandemia”, “formado por um conjunto de instituições e agentes que atuam de forma articulada para controlar a vida e a morte da população, estabelecendo e ampliando seu poder sobre corpos, comunidades e a sociedade”.

“Estudos mostram que havia um sistema coordenado e articulado, que atuou para desinformar, manipular e expor desnecessariamente as pessoas ao vírus e ao risco de morte, durante a pandemia de covid-19 no Brasil, buscando aproveitar a grave crise para impor narrativas e condutas negacionistas”, apresenta o acervo em sua página inicial.

A presidente da Avico disse ainda que, “além de colaborar com a responsabilização de agentes públicos que negligenciaram a gestão da crise, o acervo pode embasar a construção de políticas públicas de assistência, saúde e previdência, a partir das evidências registradas”.

Manaus (AM) - Especial 3 anos de pandemia, Impactos da pandemia. Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus
Funcionários do Cemitério Tarumã na cidade de Manaus, sepultam vitimas do covid-19 . Foto: Alex Pazuello/Semcom/Prefeitura de Manaus

Reparação

E completou a pesquisadora: “o Brasil ainda não deu resposta do ponto de vista da reparação. Mas o Acervo colabora no sentido de permitir que a população não fique no esquecimento. São materiais que podem ser utilizados inclusive por autoridades e parlamentares”.

O material é dividido em 17 eixos temáticos, como “omissões e conivências”, “ética e autonomia médica”, “ciência e evidência”, “tratamento precoce” e “vacina”.

“O Acervo da Pandemia não é apenas um repositório de documentos. Ele é um testemunho do que ocorreu no Brasil durante um dos períodos mais críticos da nossa história. Seu propósito é servir como fonte para pesquisadores, jornalistas, formuladores de políticas públicas e para qualquer cidadão que queira entender os erros e acertos na gestão da pandemia”, afirma Soraya Smaili, coordenadora do SoU Ciência, professora titular da Escola Paulista de Medicina e ex-reitora da Unifesp.

No que diz respeito à responsabilização de culpados e reparação das vítimas, Rosângela disse que os temas ainda são “um ponto de interrogação” no país.

“Do ponto de vista da pandemia e da reparação, eu creio que permitir essa memória e permitir esse dado histórico faz com que o acervo colabore com as pessoas, inclusive com as autoridades. Se quiserem recorrer ao Acervo, encontrarão ali material fidedigno pra poder fazer qualquer trabalho, inclusive na área de política pública”, completou a presidente da Avico.

 

 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA