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BID: teste em larga escala é fundamental para retomada de atividades

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Com o objetivo de orientar a retomada das atividades nos países da América Latina após o término da etapa de confinamento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgou hoje (24) no Brasil um documento que lista medidas tomadas para evitar novas ondas de covid-19 por países que já superaram o pico de contágio. O uso de testes em grande escala é considerado ponto fundamental para o controle da pandemia e a identificação rápida de possíveis novas ondas.

A publicação Do confinamento à reabertura: considerações estratégicas para a retomada das atividades na América Latina e no Caribe no Contexto da COVID-19 demonstra que a transição com segurança para a próxima etapa exige uma série de condições. Apesar de cada país implementar diferentes estratégias na flexibilização do isolamento, existem pontos em comum entre aqueles que já avançaram na reabertura da economia, observados, por exemplo, na Ásia e na Europa.

Entre as condições observadas nos países desenvolvidos que iniciaram a reabertura, estão a redução sustentada, durante dias seguidos, de casos confirmados de covid-19; leitos de UTI disponíveis; máscaras, higienizadores, respiradores e outros recursos em quantidade suficiente; e capacidade de testes em massa.

Além dos testes em larga escala, o BID destacou o monitoramento de contatos como medida de sucesso no combate à disseminação da doença. Em caso de contágios, considera-se importante dispor de uma base de dados que localize, avise e isole quem esteve no mesmo ambiente da pessoa doente. A Coreia do Sul, país citado na publicação, cruzou essas informações por meio de aplicativos no celular.

“O contexto é inédito, mas algumas experiências já estão postas. Enquanto as autoridades lutam para enfrentar a pandemia, é preciso que alguém esteja olhando para o que vem dando certo e o que pode ser melhorado, e temos orgulho de desempenhar esse papel”, disse Morgan Doyle, representante do BID no Brasil.

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Segundo a instituição, a reabertura exige controle minucioso dos dados epidemiológicos e agilidade para voltar a restringir a circulação em determinadas áreas ou setores econômicos, se necessário. Com a reabertura de algumas atividades, a recomendação é para que haja reforço nas medidas de higiene, proteção e espaçamento entre as pessoas.

A restrição de viagens e quarentenas para viajantes integra a lista de orientações. De acordo com o BID, Singapura viu uma segunda onda de contágios devido à chegada de trabalhadores do exterior, o que demonstrou a importância de restringir deslocamentos não só internacionais, mas entre regiões com diferentes estágios epidemiológicos, ou ainda a necessidade de impor isolamento para aqueles que chegam de viagem.

Economia

Segundo o documento, os confinamentos estão afetando drasticamente a renda dos trabalhadores. Pesquisa do BID, realizada em 17 países da região, mostrou que muitos latino-americanos perderam emprego ou outros meios de subsistência, sendo que a situação mais grave foi observada nas famílias mais vulneráveis.

Entre aqueles que antes da crise tinham renda abaixo do salário mínimo, 59% disseram que algum integrante da família perdeu o emprego durante a pandemia e 43% daqueles que tinham um negócio relataram que tiveram de fechar. Aqueles que recebiam renda de mais de seis salários mínimos tiveram perda de emprego em 15% das famílias e fechamento de empresas em 21%.

O BID avalia que esticar a quarentena tem custos econômicos de impacto, mas que reabrir sem meios para enfrentar a doença pode custar vidas. Apesar de ter menos idosos – um dos grupos de risco da doença -, a região latino-americana tem maior prevalência de doenças crônicas, como diabetes, que também são agravantes para quadros de covid-19.

Conforme a publicação, no Brasil mais de 10% da população têm diabetes, número próximo à média da América Latina e Caribe, contra 6%, em média. da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo de países desenvolvidos.

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Além disso, a região tem menos testes diagnósticos do que os países desenvolvidos e há mais gente morando em cada casa, ou seja, uma pessoa que sai para trabalhar pode contaminar mais gente no seu retorno. Segundo apontou o BID, são 3,4 pessoas por domicílio no Brasil, abaixo da média de 4,1 na América Latina, mas acima dos 2,5 observados na OCDE.

Capacidade hospitalar

O levantamento alerta para o fato de que os países latino-americanos têm menor capacidade hospitalar – incluindo leitos de terapia intensiva (UTI) e respiradores -, o que aumenta o risco de colapso do sistema de saúde caso haja aumento na proporção de doentes graves. Em média, na América Latina e no Caribe há somente dois leitos para cada mil habitantes, inferior à média dos países da OCDE, que têm cerca de cinco leitos por mil habitantes.

Para relaxar as medidas de confinamento, a solução passa por expandir a capacidade hospitalar e de UTIs e controlar o número de casos da doença. Segundo análise do BID, quando há saturação do sistema de saúde, a mortalidade entre os doentes graves por covid-19 aumenta rapidamente pela insuficiência de recursos. Isso limita ainda a capacidade de tratar de forma adequada as pessoas afetadas por outras doenças, o que pode resultar em mortes adicionais por causas que poderiam ser prevenidas.

“Na realidade, a justificativa para as medidas de confinamento está relacionada não tanto com a redução do número de casos (que pode ser muito difícil), mas com sua distribuição ao longo do tempo, para evitar o colapso da capacidade do sistema hospitalar de atender adequadamente os infectados graves”, diz o documento do BID.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

SUS de Várzea Grande oferece tratamento gratuito para quem quer parar de fumar

São oferecidos tratamentos por meio de medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar, dentre outros

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Foto: SECOM VG

Ainda na sequência das campanhas encetadas por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco (31.05), a Saúde de Várzea Grande neste final de semana reforçou a importância de parar de fumar. O tabagismo é um problema mundial de saúde pública que está relacionado ao surgimento de pelo menos 50 doenças como diabetes, hipertensão, AVC, infarto, doenças respiratórias, câncer, tuberculose, impotência e infertilidade.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabaco causa a maior parte de todos os cânceres de pulmão no País e é um fator de risco significativo para AVC e ataques cardíacos.

A Saúde de Várzea Grande continua realizando atendimento aos fumantes em todas as unidades de Estratégia de Saúde da Família.

“As ações serão intensificadas nas 12 unidades que ofertam o tratamento, porque pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nestas unidades são oferecidos tratamentos integrais e gratuitos às pessoas que desejam parar de fumar por meio de medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona, além do acompanhamento médico necessário para cada caso.

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e, por consequência, a morbimortalidade relacionada ao consumo do tabaco e seus derivados”, explicou o secretário.

Ainda conforme Gonçalo de Barros, as iniciativas das unidades de Estratégia de Saúde da Família estarão sempre focadas na prevenção, contra o tabagismo, principalmente entre adolescentes e jovens que serão abordados quando procurar as unidades para esclarecimentos e apoio na condução do tratamento. O fumo causa inúmeras doenças, e temos a responsabilidade de promover ações e tratamentos para a promoção da cessação do ato de fumar entre a nossa população. Por isso estamos intensificando nossas ações neste sentido”, explicou o secretário.

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Segundo o superintendente de Atenção Primária à Saúde, Geovane Renfro, as ações já acontecem nas unidades, e o público fumante deverá procurar os serviços de forma espontânea, para iniciar o tratamento. O tabaco causa danos individuais ao fumante com consequências podendo causar a morte. A redução do dano individual, social contra o tabaco, passa a ser responsabilidade de todos. A Rede SUS faz sua parte, oferecendo o tratamento”, disse o superintendente Geovane Renfro.

As unidades de Estratégia Saúde da Família que ofertam o tratamento em Várzea Grande estão localizadas nos Bairros do Água Vermelha, Água Limpa, Eldorado, São Matheus, Cabo Michel, Construmat, Aurília Curvo, Vila Arthur, Unipark, Parque do Lago, Cohab Cristo Rei e a Unidade Nossa Senhora da Guia.

Só para se ter uma ideia, segundo o secretário Gonçalo de Barros, estudos apontados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso de produtos do tabaco causa, anualmente, cerca de 6 milhões de mortes, sendo 130 mil delas somente no Brasil.

“O tabaco, pela campanha mundial, informa que é uma ameaça ao meio ambiente, a saúde de quem fuma e a saúde das pessoas que convivem com o fumante.  Parar de fumar é a melhor decisão para se ter qualidade de vida, saúde, liberdade e o momento de parar é já. As nossas unidades estão prontas e aptas para receber quem quer parar de fumar. As pessoas que forem receber os tratamentos ofertados no SUS municipal, terão a percepção imediata dos benefícios, porque vai melhorar a autoestima e não terá mais gastos com o tabaco”, disse o secretário.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde, a epidemia de tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. As evidências mostram que os produtos de tabaco são altamente letais, matando dois em cada três consumidores e afetam também a saúde de pessoas que não fumam, mas são obrigadas a inalar a fumaça de produtos de tabaco de terceiros. Além disso, a cadeia de produção de tabaco também gera danos ambientais, sanitários e sociais.

O Dia Mundial sem Tabaco foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

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