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Insatisfação

Abilio denuncia má gerência do HMC e diz que atual gestão se beneficia do número de pacientes

Futuro prefeito visitou a unidade e afirmou que há R$ 4 milhões em equipamentos parados esperando manutenção

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Saúde

Foto: Renato Ferreira

Após visitar o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC),) o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) denunciou que os pacientes atendidos na unidade ficam mais tempo do que deveriam por falta de organização e acusou a atual gestão da Saúde de se beneficiar da demora na solução dos problemas.

“A maioria dos pacientes já poderiam passar pelo procedimento cirúrgico e estar em suas, pois muitos não são casos complexos de alto custo, são procedimentos simples que já eram para ter sido resolvidos. A pessoa fica sofrendo aqui A atual gestão se beneficia ao fazer com que o paciente fique mais tempo porque ganha diária do Ministério da Saúde. Coloca como se o paciente tivesse sendo, a cada dia, atendido por psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, e muitas das vezes esses processos não acontecem dentro da sala da enfermaria”, afirmou.

Para ele, o cenário só reforça a necessidade de extinguir a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, responsável pela administração do HMC e do Hospital Municipal São Benedito. Segundo Abilio, os profissionais lotados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não podem atender nas unidades geridas pela empresa, o que dificulta ainda mais a eficiência nos atendimentos.

“ A Empresa Cuiabana é prejudicial aos cofres da Secretaria de Saúde, porque nós temos ortopedistas servidores efetivos e eles poderiam estar reforçando a equipe aqui, aumentando o número de procedimentos aqui dentro. Mas eles não fazem porque a Secretaria Municipal de Saúde não pode trabalhar no lugar onde é gerenciado pela empresa Cuiabana”, explicou o futuro prefeito.

O plano, de acordo com ele, é que a SMS retome a administração e execução de serviços nos hospitais de alta complexidade, à medida que os contratos com a Empresa Cuiabana forem vencendo.

O futuro gestor municipal relatou que viu respiradores, arcos cirúrgicos, equipamentos móveis de raio-x, camas e outros equipamentos que supostamente estão parados a quase um ano por falta de manutenção. Conforme ele, os cálculos apontam que o valor total dos equipamentos é de R$ 4 milhões, enquanto a manutenção ficaria em torno de R$ 100 mil.

“Se esses equipamentos estivessem prontos, teríamos mais centros cirúrgicos em atividade e mais cirurgias sendo realizadas. E estão lá parados, encostados no fundo”, disse.

Na segunda-feira (16), Abilio afirmou que pretende discutir o assunto com o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), e questionar publicamente os rumos da gerência do HMC.

 

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Saúde

Secretária de Saúde ouve demandas de servidores da Vigilância Sanitária

Durante o encontro, os servidores reforçaram que as reivindicações já foram apresentadas anteriormente ao prefeito de Cuiabá. As principais pautas giram em torno de três demandas: a criação de auxílio locomoção, a regulamentação da…

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Letícia Kathucia

A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza, recebeu na quarta-feira (16), em seu gabinete, um grupo de fiscais da Vigilância Sanitária para discutir pautas consideradas prioritárias pela categoria. A reunião teve como objetivo ouvir as demandas dos fiscais e avaliar propostas que visam melhorar as condições de trabalho, a eficiência da fiscalização e a arrecadação municipal.

Durante o encontro, os servidores reforçaram que as reivindicações já foram apresentadas anteriormente ao prefeito de Cuiabá. As principais pautas giram em torno de três demandas: a criação de auxílio locomoção, a regulamentação da produtividade e a formação do CARVISA – Conselho de Recursos Administrativos da Vigilância Sanitária Municipal, para julgamento do Processo Administrativo Sanitário (PAS) em segunda instância.

A primeira reivindicação é a concessão de auxílio locomoção para os fiscais, algo que já ocorre em outras secretarias. Atualmente, a Vigilância Sanitária dispõe de apenas dois veículos oficiais, o que limita as ações de fiscalização. A vigilância conta atualmente com 60 fiscais atuando na cidade, o equivalente a 30 equipes.

Segundo os servidores, a falta de estrutura compromete diretamente a segurança da população e a arrecadação do município. Como exemplo, foi citado o novo decreto que antecipou o pagamento de alvarás para o início do ano. Somente nos dois primeiros meses de 2025, a arrecadação foi equivalente a todo o montante de 2024, mesmo sem a fiscalização efetiva de milhares de estabelecimentos que operam de forma irregular.

A segunda pauta é a regulamentação da produtividade, baseada em uma lei vigente que existe na Prefeitura desde 2005. A proposta prevê que as taxas arrecadadas com as fiscalizações subsidiem o pagamento dos fiscais, sem necessidade de novos recursos do Tesouro Municipal. O projeto inclui uma minuta de decreto já pronta, que regulamenta a Lei de 2005, e deverá ser encaminhada ao Prefeito para aprovação e publicação.

A terceira demanda é a criação do CARVISA – Conselho de Recursos Administrativos da Vigilância Sanitária Municipal, para julgamento do Processo Administrativo Sanitário (PAS) em segunda instância, previsto em lei, para analisar recursos de autos de infração. A proposta é que esse conselho seja formado dentro da própria Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, o que agilizaria os processos e traria mais efetividade à fiscalização e retorno financeiro ao município.

A secretária Lúcia Helena demonstrou sensibilidade às demandas apresentadas e reafirmou o compromisso da gestão em estruturar e valorizar o trabalho da Vigilância Sanitária, mesmo diante da atual situação de calamidade financeira enfrentada pelo município.

“São três pautas de fácil resolução, que vão trazer retorno direto à população e ao município. A fiscalização mais efetiva significa mais segurança sanitária e mais arrecadação. Sabemos que estamos em um momento delicado, mas nada impede que todos os estudos, minutas e trâmites sejam feitos agora, para que, assim que a calamidade financeira for encerrada, tudo esteja pronto para ser implementado imediatamente”, afirmou a secretária.

Ela também destacou que o planejamento está sendo feito da mesma forma como ocorreu recentemente com outras categorias da saúde, como o sindicato dos médicos.

“Nossa ideia é atender essas demandas o mais rápido possível. O que nos impede hoje é o decreto de calamidade, mas acreditamos que em 60 dias possamos superar essa fase, com fé em Deus, e colocar em prática tudo o que foi pactuado”, completou.

A diretora da Vigilância em Saúde, que também atua como fiscal sanitária, reforçou a importância do diálogo com a gestão. “Essa abertura que estamos tendo com a Secretaria é essencial para que possamos construir soluções reais. Nós estamos na ponta, conhecemos a realidade das ruas e sabemos o quanto essas medidas são urgentes. Não se trata apenas de valorização da categoria, mas de garantir que a fiscalização funcione de forma efetiva, com estrutura adequada e respaldo legal”, destacou a diretora.

A reunião foi considerada positiva pelos servidores da Vigilância Sanitária, que saíram do encontro com a expectativa de avanços concretos para o fortalecimento das ações de fiscalização em Cuiabá.

 

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