Mal terminaram as eleições municipais, o assunto em voga recai para quem será o substituto do governador Mauro Mendes (UB) em 2026. Os nomes anteriormente ventilados rumo ao páreo eleitoral ainda não se sustentaram da forma desejada pelos apoiadores.

Mais precisamente, sobraram três possíveis candidatos, políticos considerados fortes. Porém, um deles, o do atual vice-governador Otaviano Pivetta [Republicanos] já assumiu dianteira inusitada, conforme atesta recente pesquisa realizada pela PERCENT, instituto contratado pela TV Cuiabá e pelo portal O Documento.

Pelos dados coletados, faltando pouco mais de um ano para que a população mato-grossense novamente acorra às urnas e escolha o governador que vai substituir Mauro Mendes (UB), Otaviano Pivetta (Republicanos) lidera a preferência popular na capital, contabilizando 19,2% das intenções de voto.

Já os senadores Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (UB) vêm em segundo e terceiro lugares; Wellington emplaca 15%, enquanto Jayme apenas 9%.

Esses últimos dados surpreenderam os pesquisadores, que deduziam que Jayme pudesse alcançar percentual mais favorável. Isso porque Jayme nunca perdeu uma eleição.

Segundo analistas, essa queda de favoritismo do senador várzea-grandense também pode ter sequelas da recente derrota sofrida pelo seu apadrinhado político na Cidade Industrial, o ex-prefeito Kalil Baracat.

Para surpresa geral, Kalil – apontado para ser eleito folgadamente no primeiro turno – foi descartado no embate inicial das urnas pela estreante Flávia Moretti. Derrota que trouxe abalos consideráveis aos eventuais projetos de Jayme de voltar a governar MT.

JAYME – O senador Jayme não tem falado abertamente se deseja ou não disputar o governo estadual. Porém, se inquirido sobre isso durante entrevistas, nem sempre desconversa: há ocasiões em que estampa satisfação reservada por associarem seu nome ao maior cargo político do Estado.

Jayme Campos Foto: Waldemir Barreto Agência Senado RED

Sendo assim, os eleitores da capital, por ora, preferem optar por nomes que estejam no campo de atenção diária no Palácio Paiaguás. O vice-governador Otaviano Pivetta é o principal.

Wellington Fagundes Foto: Agência Senado

WELLINGTON – No caso do senador Wellington Fagundes – considerado um dos nomes fortes em qualquer páreo sucessório -, os 15% não chegam necessariamente a se constituir em decepção política. Wellington se tornou famoso por consagrar vitórias sucessivas para deputado federal e no Senado da República.

Consciente de qual passo deve dar, Wellington chegou a desistir de disputar a Prefeitura de Rondonópolis na década de 90, sendo substituído às pressas por Jota Barreto, que já administrara o município. “Jogou a toalha no tempo certo”, concluiu-se.

Uma vez que as pesquisas eleitorais oscilam conforme o transcorrer dos meses, e por vezes em semanas, é previsível que mais novidades venham por aí. Isso implica no surgimento de outros nomes no páreo, inclusive de pessoas à parte do segmento político tradicional. Típica quebra de amarras dos currais eleitorais vigentes, abrindo porteira de oportunidade para que novas lideranças se apresentem e mostrem serviço.

BALBINOTTI – Militante no agronegócio, o empresário Odílio Balbinotti (PL) bateu a casa percentual dos 7,3% nessa mesma pesquisa, constituindo-se em esperança inédita para o Governo do Estado. 

O empresário afirma que não tem experiência na área política. O fato é que já registra empate técnico com o senador Jayme Campos. 

Na visão de Ronye Steffan (diretor da PERCENT), há clara predominância de candidaturas apoiadas pela ala de centro-direita em Cuiabá. Ele prospecta vitória da direita se acaso for fechado acordo consensual de uma única postulação em 2026.

Confira abaixo os dados da pesquisa, realizada em Cuiabá-MT entre 22 e 30 de janeiro último, quando foram entrevistados 600 eleitores em cinco regiões da capital: 

Otaviano Pivetta (Republicanos): 19,2% ; Wellington Fagundes (PL): 15%; Jayme Campos (União Brasil): 9%; Odílio Balbinotti (PL): 7,3% ; Outros/Nenhum/Não sabe: 49,5%