petista na Câmara
Vereador Ciréia assume, assina pedido de Comissão Processante e diz que atuará na oposição
Parlamentar aproveitou para reafirmar sua posição de que a cassação de sua colega de partido ocorreu por perseguição política
Política

Vereador Robinson Ciréia (PT) tomou posse como vereador na vaga deixada por sua correligionária de partido, a petista recém-cassada Edna Sampaio, que perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar na semana passada. Em seu primeiro ato, o parlamentar pediu para assinar o requerimento de abertura de Comissão Processante contra o vereador Paulo Henrique (MDB), alvo da Operação Ragnatela.
“Vocês viram aí na imprensa [o caso]. Nós temos vários problemas da criminalidade e qualquer coisa que cite um vereador precisa ser investigado. Então tem que investigar o vereador. Eu quero subscrever, tem que investigar”, disse Ciréia em seu discurso nesta terça-feira (11).
O parlamentar aproveitou para reafirmar sua posição de que a cassação de sua colega de partido ocorreu por perseguição política e acha que a decisão foi ilegal. Ele lembrou que o mandato pertence ao seu partido, o PT, e que atuará na oposição.
“Eu sou da oposição. Agora, nós vamos ver que oposição é essa, né? Pode ser que a oposição tenha uma posição ruim e não vamos estar junto. Mas eu sou da oposição porque o meu partido, o Partido dos Trabalhadores, tem uma resolução que diz que é da oposição”, completou.
Robinson também afirmou que solicitou uma reunião da direção municipal do PT para discutir como será sua atuação. Ele quer também ouvir da vereadora cassada Edna Sampaio quais pautas ele poderá dar continuidade ao seu trabalho. O petista também afirmou que não pretende fazer uma mudança radical no gabinete, já que não sabe se terminará o mandato ou não, já que Edna Sampaio recorreu na justiça contra sua cassação. Ele afirmou que mudará apenas a chefe de gabinete para colocar alguém de sua confiança.
Edna Sampaio foi cassada na semana passada com 19 votos a 1. Ela foi considerada culpada da acusação de que teria usado a verba indenizatória de sua chefe de gabinete irregularmente.

Política
Jayme Campos diz ter sido vítima de descontos ilegais em aposentadoria
Senador afirma nunca ter autorizado repasses à associação investigada por fraude no INSS e promete cobrar providências do órgão.

Aposentado pelo INSS, o senador Jayme Campos (União Brasil-MT) afirmou ter sido uma das vítimas do esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões, revelado em operação da Polícia Federal e da CGU no fim de abril. Ele diz que jamais autorizou o repasse à entidade envolvida, a Caap (Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas).
“Entre os milhões de brasileiros, botou mais eu no balaio. Nunca ouvi falar dessa associação. Você imagina o tanto de afazeres que eu tenho. Mas nós vamos arrumar isso aqui. Agora eu vou reclamar para o INSS. Deve dar R$ 1.000, R$ 1.500”, disse o parlamentar de 73 anos.
Segundo o senador, o primeiro desconto ocorreu em março de 2023, no valor de R$ 77,86. Em março de 2024, a quantia subiu para R$ 81,57, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 1.100.
“É triste e doloroso. Pena que milhões de cidadãos que dependem dos R$ 80 foram lesados. É com isso que eu fico indignado”, afirmou.
A Caap, que afirma ter sede em Fortaleza (CE), a mais de 3 mil km de Cuiabá, está entre as 12 entidades apontadas pela AGU (Advocacia-Geral da União) como núcleo de um esquema de fraudes contra beneficiários do INSS. A associação foi alvo de buscas e apreensões e consta na ação que pede o bloqueio imediato de bens.
A reportagem tentou contato com a entidade por meio do telefone informado no extrato de Jayme Campos, mas o número está inativo ou bloqueado. Também não houve retorno da advogada Cecília Rodrigues Mota, citada como parceira jurídica no site da associação.
Campos revelou o caso durante reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, na última quarta-feira (7). A fala gerou indignação entre os senadores.
“Olha que é um cara com um nível de formação lá em cima. Acaba de dizer que faz oito meses que está sendo tungado de R$ 89 pela associação. Olha o desplante, os caras estão tomando dinheiro até do senador da República. Esse pessoal não tem limites, não tem vergonha”, disse o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN).
Jayme Campos contou ter contribuído com o INSS durante 38 anos, desde os tempos em que teve a carteira assinada na juventude, até depois de assumir cargos públicos, como prefeito de Várzea Grande e governador de Mato Grosso (1991–1995).
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, declarou à imprensa que o órgão notificará nesta terça-feira (13) todos os beneficiários com descontos associativos para que possam confirmar ou negar autorização. A estimativa é de que milhões de aposentados tenham sido lesados.
“Todas as 12 [associações com pedido de bloqueio de bens] pagaram propina ou não tinham condições nenhuma de funcionar. O único objetivo era fraudar”, disse Waller.
O governo federal pedirá à Justiça a venda antecipada de bens bloqueados, estimados em R$ 2,5 bilhões, para ressarcir os aposentados atingidos pelas fraudes.
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