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AGENTES DE SAÚDE

TCE-MT EFETIVA E REGULAMENTA ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

Efetivação e pagamento do adicional de insalubridade foram os primeiros passos para o reconhecimento dos direitos de agentes comunitários de saúde (ACS)

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Política

Crédito Thiago Bergamasco / TCE-MT

O TCE-MT promoveu encontro para divulgação do marco regulatório dos agentes comunitários de saúde    

Efetivação e pagamento do adicional de insalubridade foram os primeiros passos para o reconhecimento dos direitos de agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate às endemias (ACE) no estado. Estabelecidas no Marco Regulatório do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), estas prerrogativas começam a mudar a vida de profissionais como Edmilson de Paula, que diariamente se dedica a proteger a população da Capital.

“Alguns prefeitos ainda tinham dúvidas em relação aos salários, mas agora eles vão pagar os dois salários-mínimos preconizados pelo Ministério da Saúde, além da insalubridade, tudo por causa do marco regulatório, que tirou essas dúvidas”, explicou ele, nesta segunda-feira (29), durante o lançamento da Cartilha que detalha os direitos e deveres das categorias.

O encontro reuniu gestores e servidores de todo o estado no auditório da Escola Superior de Contas, onde o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, destacou uma trajetória de mais de 10 anos de lutas até a consolidação da norma. “Vi que muitos prefeitos não pagavam porque temiam a fiscalização. Levamos a questão para a mesa técnica e depois de seis meses chegamos a uma leitura perfeita da legislação.”

Homologado em 17 de outubro de 2023, o resultado da mesa técnica extinguiu falhas nas interpretações da Lei 11.350/2006 (Ruth Brilhante) e da Emenda Constitucional 120/2022, unificando o entendimento entre os 142 municípios. “Hoje não há mais dúvida, está tudo aqui na Cartilha. E agora o Tribunal vai começar a cobrar e analisar como os municípios se comportaram no pagamento desses agentes, que fazem um trabalho fundamental.”

Presidente da Comissão Permanente de Normas e Jurisprudência e Consensualismo (CPNJur), o conselheiro Valter Albano lembrou que o assunto demandou cautela e seriedade. “Tivemos a mesa técnica com a maior participação da história de autoridades políticas, especialistas na área e, sobretudo, sindicatos e associações dos profissionais, por isso foi uma mesa de sucesso. Destrinchou uma série de direitos e deveres.”

Cartilha

Na Cartilha, desenvolvida pela Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, um dos tópicos destacados é a aposentadoria. “Hoje se terá uma noção exata de como elas serão efetivadas, de para onde levar a contribuição previdenciária. Muitos agentes, na iminência de aposentar, agora passam a ter esse direito garantido”, explicou o conselheiro Guilherme Antonio Maluf, que está à frente do trabalho.

Essa é uma das principais preocupações da ACS Lucélia Puqueiro, que exerce a atividade há 24 anos em Nova Mutum. “Desde que eu entrei, meu município é bem-organizado e venho contribuindo certinho com a Previdência. Mas, para nós, é de suma importância poder contar com isso. Lutamos por esse Marco há muito tempo e quando chegou foi uma vitória”, pontua.

O debate sobre todas essas questões contou com a contribuição da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio de Câmara Setorial Temática (CST) voltada ao assunto. Conforme o deputado estadual Max Russi, agora a implementação do Marco Regulatório avança pelos 142 municípios do estado. “Hoje é um dia histórico e parabenizo o Tribunal por ir sempre além e entender tanto o lado dos gestores quanto dos agentes.”

Segurança jurídica  

A partir da segurança jurídica obtida com o Marco, os servidores ganham força para lutar por Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), como já acontece em Cuiabá. “Estamos fazendo reuniões e apresentando propostas para um plano específico para nós. Isso garante a aposentadoria especial, a compatibilidade do salário, gratificações e incentivos. Valoriza o agente que está diariamente na rua”, diz a ASC Mari Monteiro.

O processo para chegar até aí se deve também à atuação do Ministério Público de Contas (MPC), que, desde o início do debate, assegurou a legalidade das ações. “Fomos acionados para dizer, por meio de pareceres, quais os requisitos para que esses agentes pudessem ser certificados em suas prefeituras e, a partir daí, gerar a estabilidade para que pudessem trabalhar em paz”, salienta o procurador-geral Alisson Carvalho de Alencar.

Exemplo para o Brasil

Debates sobre grande parte dos direitos de 267 mil ACS e 102 mil ACE ainda acontecem em outros estados do Brasil, mesmo que, no caso do piso salarial, por exemplo, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) já tenha apontado que o valor é aplicável aos servidores dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, independentemente do regime jurídico a que estiverem vinculados.

Diante disso, Sérgio Ricardo destacou o papel dos profissionais e a necessidade de que a valorização seja amplificada por outras políticas públicas. “A saúde no Brasil é precária e cara. Não teríamos hospitais e UPAs lotadas se pudéssemos prevenir o problema antes de o cidadão ficar doente. É de se pensar em políticas públicas para que se tenha mais agentes nesse combate e fico feliz que esse debate nasceu aqui.”

Segundo a Diretora da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias (Conacs), Marina Lara, o trabalho do TCE-MT já tem impactos fora do estado. “O marco regulatório não está beneficiando apenas Mato Grosso. Hoje, nós temos outros estados que estão copiando a iniciativa, como Bahia e Goiás, que já buscaram informações conosco de como isso foi implantado.”

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Prefeito da capital anuncia decreto de calamidade após tempestade de domingo

Abílio demonstra revolta com descaso do seu antecessor na Prefeitura, que deixou inviabilizado qualquer suporte emergencial para enfrentar imprevistos que impactem a cidade e sua população.

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Os cuiabanos e várzea-grandenses foram surpreendidos com uma tempestade demorada e forte no final da tarde e noite adentro do último domingo, 12. Na capital, as chuvas causaram diversos estragos consideráveis, destruindo casas e comércios em bairros mais afastados. Parte da área central também ficou alagada.

Diante disso, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, anunciou intenção de decretar calamidade temporária. Também disse que prepara um Projeto de Lei para criar auxílio emergencial de R$ 1 mil, recurso destinado às famílias que perderam moradia e seus pertences.

Esse anúncio do prefeito foi feito em coletiva à imprensa. Mais uma vez, Abílio ressaltou que seu antecessor no cargo, Emanuel Pinheiro, não deixou formalizado contratos com prestadores de limpeza urbana, inviabilizando assim ações imediatas de limpeza.

“Infelizmente, ele não deixou nenhuma infraestrutura disponível para enfrentarmos essa emergência. Não existe contrato, licitação, equipamentos, nada com que possamos trabalhar no sentido de restabelecer a ordem das coisas. Esse torrencial de domingo deixou tudo em estado de lixo. Não temos nem condições de fazer limpeza nas bocas de lobo, ora entupidas por entulho de toda sorte. Há muito para se fazer e nenhuma estrutura disponível”.

Apesar desse entrave, o prefeito garantiu que a Prefeitura sequenciará os trabalhos normalmente, e, aos poucos, irá resolver essas demandas, que surgiram de surpresa.

“Ninguém podia prever tantos estragos, por causa dessa chuva. A Defesa Civil está atuando diretamente para monitorar qual é a situação exata em Cuiabá. O próximo passo é socorrer essas vítimas, famílias que, da tarde para a noite, se viram sem seu teto, sem suas coisas… Faz-se fundamental, portanto, a adoção de medidas que as contemplem emergencialmente. É um socorro humano e necessário”, frisou.

Conforme Abílio, esse trabalho não tem data para terminar, e as equipes municipais (Assistência Social) mantêm contato e vigilância nos lugares afetados, a exemplo do São Mateus.

“Muita gente está sem moradia, sem ter hoje a quem recorrer. Estamos falando de famílias inteiras, de crianças, idosos, doentes… Não ficarão sem guarida, afirmo, pois vamos ampará-las. Foi uma situação que nos colheu mesmo de surpresa. Mas a pior surpresa foi saber que nada estava oficializado pela gestão anterior, em termos de serviços de limpeza, para enfrentarmos mais esse imprevisto.”

 

 

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