Previdência Contestada
Projeto que altera fundo previdenciário é criticado e tem pedido de vista na Câmara de Cuiabá
Parlamentares questionam uso da previdência para empréstimos e apontam maquiagem em criação de cargos
Política

Durante sessão na Câmara Municipal de Cuiabá, vereadores debateram com firmeza o projeto de lei enviado pelo prefeito Abílio Brunini, que propõe o uso de recursos do fundo previdenciário do município para concessão de empréstimos consignados a segurados. A proposta foi alvo de duras críticas por parte do vereador Jeferson Siqueira (PSD), que classificou a iniciativa como um desvio de finalidade com riscos à segurança atuarial do regime.
“Esse projeto é uma verdadeira maquiagem para justificar aumento de cargos e salários, algo que virou especialidade da gestão do prefeito Abílio”, disparou o parlamentar. Segundo ele, a proposta contradiz o discurso de contenção de gastos adotado pelo Executivo. “Enquanto o prefeito fala em calamidade financeira, manda projetos para esta Casa que ampliam cargos e salários de forma disfarçada”, completou.
Siqueira ainda ironizou a conduta do prefeito frente à imprensa. “Abílio prefere aparecer falando fiado em vez de trabalhar. Esse projeto é técnico só na aparência, mas na prática é populista e irresponsável”, afirmou, destacando que votará contra a medida. “Não terá meu DNA, nem minha assinatura”, declarou.
Diante das dúvidas e da repercussão, o vereador Devair Cabral solicitou pedido de vista. Servidor público há 41 anos, Cabral afirmou que deseja avaliar com mais profundidade o impacto da medida. “O futuro está no Cuiabá-Prev. Quero conversar com o presidente do instituto antes de formar minha convicção”, disse. O pedido foi deferido pela presidente da Câmara, Paula Calil (PL).
A votação do projeto foi adiada e deve ser retomada em nova sessão após análise técnica dos parlamentares.
Veja vídeo:

Política
Paula Calil impõe ordem e reage a acusações em sessão marcada por tumulto
Presidente da Câmara reage com firmeza às críticas de vereador e destaca compromisso com a institucionalidade

A sessão plenária da Câmara Municipal de Cuiabá, realizada nesta terça-feira (17), foi marcada por um intenso embate entre a presidente da Casa, vereadora Paula Calil (PL) , e o vereador Jeferson Siqueira (PSD) . O clima esquentou após o parlamentar acusar a Mesa Diretora de agir com subserviência à Prefeitura e criticar duramente a atuação da Secretaria de Comunicação do Legislativo (SECOM).
Durante sua fala na tribuna, Jeferson Siqueira afirmou que a comunicação institucional da Casa estaria favorecendo determinados parlamentares, além de omitir denúncias importantes por pressão política. Ele citou o nome do secretário de Comunicação, Alex Gonzaga , acusando-o de supostamente retirar do ar matérias incômodas a pedido de empresários. “Temos uma Câmara que encolhe todos os dias por causa da subserviência que assistimos”, disparou Siqueira, elevando o tom.
As críticas inflamaram o ambiente e causaram reação imediata da presidente Paula Calil, que pediu respeito ao regimento e tentou restabelecer a ordem. “Vamos dar andamento à ordem do dia. Não vou voltar o tempo. Eu sou a presidenta e não vou permitir mais desrespeito”, afirmou ela, ao cortar o som do microfone do vereador. O ato provocou tumulto e uma paralisação temporária da sessão, com outros parlamentares entrando na discussão.
A tensão no plenário evidenciou um mal-estar generalizado. As críticas de Siqueira, embora polêmicas, revelaram o descontentamento de parte dos vereadores com a condução da Casa, especialmente quanto à imparcialidade da comunicação interna. Segundo ele, a suposta falta de equidade compromete o papel fiscalizador dos parlamentares e a transparência com a sociedade.
A presidente, no entanto, manteve a condução dos trabalhos e não permitiu que os ataques pessoais dominassem a pauta. “Aqui há espaço para todos, mas dentro do que prevê o regimento”, afirmou Paula Calil ao retomar os trabalhos da Ordem do Dia.
O episódio expôs uma crise de confiança entre os parlamentares e reforçou o sentimento de divisão interna. Para além das divergências políticas, o momento escancarou a necessidade de resgatar a credibilidade e a coesão da Câmara perante a população cuiabana.
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