VÁRZEA GRANDE
Search
Close this search box.

AO LONGO DO DIA

PREFEITURA DE CUIABÁ PAGA SALÁRIO DE SERVIDORES NESTA SEXTA-FEIRA (10)

incluindo ainda a verba indenizatória, horas extras, adicional de insalubridade e o prêmio saúde

Publicado em

Política

Foto: Prefeitura de Cuiabá

A Prefeitura de Cuiabá começa a pagar nesta sexta-feira (10) o salário dos servidores públicos, embora o prefeito Abilio Brunini tenha decretado calamidade financeira por conta de dívidas de R$ 1,6 bilhão acumuladas, ele considera como prioridade o pagamento do funcionalismo público e o cumprimento dos serviços essenciais: educação, saúde, infraestrutura e coleta de lixo.

Além do salário estará incluindo ainda a verba indenizatória, horas extras, adicional de insalubridade e o prêmio saúde – este último destinado exclusivamente aos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A Secretaria de Fazenda ressalta que o dinheiro cairá na conta salário ao longo do dia.

O pagamento da folha salarial no intervalo de 30 dias é um compromisso da gestão do prefeito Abilio Brunini, conforme destaca o secretário de Fazenda Marcelo Bussiki. “Por determinação do prefeito, estamos trabalhando com total transparência nas informações das contas públicas. E, organizando as finanças para pagamento da folha salarial sempre respeitando o prazo de 30 dias”.

O valor total da folha de pagamento referente ao mês de dezembro/2024 é de R$ 62.978.804,38 (Sessenta e dois milhões novecentos e setenta e oito mil, oitocentos e quatro reais e trinta e oito centavos). O valor total do prêmio saúde é de R$ 5.872.916,33 (Cinco milhões oitocentos e setenta e dois mil, novecentos e dezesseis reais e trinta e três centavos).

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Política

Fórum de População de Rua de Cuiabá rebate anúncio proibitivo de Abilio

Ao externar publicamente proibição oficial para que pessoas em situação de rua sejam alimentadas por voluntários de ONGs, prefeito da capital bateu de frente com fórum que defende esses vulneráveis

Publicados

em

Créditos: Vicente Aquino

Continua recrudescendo clamor popular que se posiciona contrário à proibição do prefeito cuiabano, Abilio Brunini, no tocante ao fornecimento de marmitas pelas ONGs a pessoas em situação de vulnerabilidade social, moradores de rua.  Essa distribuição acontece normalmente há anos na capital, e sempre contou com a simpatia de populares e comerciantes, que, inclusive, têm colaborado com o fornecimento de produtos para preparo dos alimentos.

Mesmo com tantos argumentos a favor, Abilio foi taxativo ao anunciar recentemente que está proibido sequenciar esse fornecimento de alimento. Sugere que isso aconteça em outro espaço público, a ser determinado em breve.

Preocupado com as consequências disso, membros da diretoria do Fórum de População de Rua de Cuiabá agendou reunião para hoje (20) com gestores do município, a fim de discutir uma alternativa mais humanizada.

Segundo Rúbia Cristina, representante do Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua, não existe nenhuma determinação da administração – voltada a essas pessoas – que não deva passar antes pelo crivo do fórum. Ou seja: não é uma simples decisão do prefeito que vai bater martelo definitivo nesse sentido, disse.

“Estranhamos tudo isso, claro. Não existe essa de decidir nada, sem nos ouvir. Mesmo porque, devo frisar, eles não estão sozinhos. Alimentação é um direito universal das pessoas, e alguém precisa lembrar a Prefeitura que isso é uma prerrogativa fundamental dos Direitos Humanos”.

Rúbia citou que, independente de serem moradores de rua, são seres humanos, “e assim têm seus direitos como qualquer cidadão. Ignoraram nosso movimento ao anunciar ideia tão gelada, destituída da mínima sensibilidade. Partirmos agora para tentar o diálogo, antes de mais nada”.

A representante do  movimento ainda explicou que pode falar abertamente disso pela longa experiência que possui a respeito.

“Tenho hoje 40 anos, dos quais 23 morei na rua, a maioria desse tempo no Beco do Candeeiro. Quem vivenciou isso sabe que não é nada fácil, pois enfrentamos tudo: desprezo das pessoas, frio, chuva, doenças, etc. Somente em Cuiabá, há pelo menos mais de mil pessoas em situação idêntica. Daí que me tornei defensora delas, dos seus direitos. Há hedionda injustiça numa decisão desse tipo. Como proibir que alguém que não disponha de nenhuma renda seja amparado por mãos caridosas?”

ALEGAÇÕES DO EXECUTIVO

Ao alardear tal anúncio de que proibiria as ONGs de distribuírem alimento aos moradores de rua, o prefeito citou que sua decisão se pauta também em respeito às normas da Vigilância Sanitária. Explicou que o alimento será fornecido em pontos de apoio à parte, longe das ruas, e informou que pode ser criado um Centro de Atendimento nas cercanias da Avenida das Torres. Ali também seria ofertado serviços social e de saúde, salientou.

Nada disso convenceu a representante dos moradores de rua. Ela mencionou uma série de dificuldades das pessoas para chegar até o endereço que for eventualmente oficializado pela Prefeitura de Cuiabá.

A suspeita dos integrantes do fórum é de que essa medida, na verdade, encoberte a real intenção do Executivo: forçar os moradores de rua a retornarem às suas origens. A maior indagação de Rúbia é com relação às políticas públicas: “Elas existem realmente? Mas… para quem?”

Na opinião da assistente social Glória Maria, o diálogo é sempre o melhor caminho, e, com certeza, os debates serão aprofundados para que as soluções aconteçam de forma harmoniosa a ambos os lados.

Glória Maria também explicou que o trabalho voluntário do fórum extrapola o atendimento a moradores de rua, pois também atendem trabalhadores ambulantes normalmente,  e desempregados.

“Eles chegam e nos dizem humildemente que não moram nas ruas, mas que nada têm para comer em casa. Nunca recusamos alimentá-los. O fórum comporta entidades diversas, e é uma corrente forte de força em defesa dos moradores de rua”.

 

 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA