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Por Corumbá, estudantes de medicina de Mato Grosso são repatriados e revelam alívio após dificuldades na Bolívia.

Publicado em

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Da Redação.

Depois de passarem por um longo processo de triagem e descontaminação, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, na fronteira entre Brasil e Bolívia, e enfrentarem aproximadamente 19 horas de viagem, entre Corumbá- MS e Cuiabá, os mais de 200 estudantes que cursam medicina em Santa Cruz de La Sierra desembarcaram em Mato Grosso nesta sexta-feira (24).

Grande parte deles estava passando por sérias dificuldades e já não tinham condições financeiras para o retorno, devido às rígidas medidas de isolamento total adotadas pelo governo boliviano desde o dia 12 de março, como ação de enfrentamento ao covid-19.

Para a força tarefa de repatriação, foram alugados cinco ônibus pela Assembleia Legislativa, por intermédio do primeiro-secretário, o deputado Max Russi (PSB), que também teve apoio de outros parlamentares.  

O transporte, que antes seria feito por Cáceres, que dá acesso à cidade boliviana de San Mathias, foi descartado pelas autoridades devido à rota ser bastante utilizada pelo narcotráfico.

“Foi a nossa verdadeira salvação”, exaltou o estudante do 2º semestre, Juliano Antônio, de 25 anos, que é natural de Sinop. “Estávamos presos em um sistema de quarentena, que é bem restrito lá. Essa ação está vindo para poder nos salvar. Um atitude honrável”, destacou.

Com a paralisação das atividades no território boliviano, principalmente nas universidades, os que precisam trabalhar para pagar as suas mensalidades são os que mais vinham sofrendo com os efeitos do confinamento. Como é caso de Claisa Lemes de Oliveira, 24 anos, de Nova Mutum.

“Eu trabalhava na faculdade, em uma lanchonete lá e fazia doces, bolos e pães de queijo para vender. Infelizmente meu esposo e eu não estamos conseguindo trabalhar, não temos nenhuma ajuda financeira e nós precisamos nos manter. Por isso o nosso retorno para o Brasil”, justificou.

Claisa, junto a outros cinco colegas, foi uma das organizadoras do processo de repatriamento. Ela ficou aliviada, quando viu que já poderia voltar para casa. “Meu esposo e eu não teríamos condições de retornar. Com a vinda desses ônibus para nos buscar, no ajudou muito. Temos muito a agradecer ao deputado Max, pelo apoio que tem dado para nós estudantes”, destacou.

Isabela de Favare Costa (20), que é de Cáceres e também encabeçou as tratativas, revelou que antes de recorrer ao deputado Max Russi, o processo para conseguir a liberação e o transporte dos que solicitaram o auxilio não havia tido avanço nos encaminhamentos. Ela explica que a efetivação só foi possível após a interlocução de Russi, junto ao consulado da Bolívia. “Se não fosse por ele, a gente não teria conseguido essa repatriação. A ajuda dele foi de extrema importância”, ressaltou.

COBRANÇA

Na Bolívia vivem mais de 700 mato-grossenses, que estão cursando medicina. Após o início de todas as ações de fiscalização e toque de recolher, parte deles já havia conseguido voltar para o Brasil.

No entanto, centenas ainda estavam vivendo  o drama de não conseguirem sair do país, devido às dificuldades atribuídas às medidas adotadas pelas autoridades bolivianas. Conforme diversos relatos, alguns universitários já estavam sem qualquer tipo de recurso, até para comprar mantimentos básicos.

O fio de esperança, para o retorno à Mato Grosso, teve início através de um contato telefônico, entre a mãe de uma estudante em um desabafo feito à equipe do deputado Max.

Russi se sensibilizou com a preocupação de alguns pais, que buscavam uma solução para trazer seus filhos de volta e pediu apoio dos colegas, durante a sessão da última quarta-feira (22), ao propor providencias do Legislativo Estadual.

“Os estudantes não tinham condições financeiras de voltar ao Brasil, por isso as tratativas foram feitas com o consulado da Bolívia. Com isso e o apoio dos deputados dessa Casa, foi possível agilizar esse retorno deles para as suas famílias”, argumentou.

Foto: Assessoria.

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Legislativo Municipal aprova parcelamento de dívidas da gestão anterior da prefeitura de Cuiabá.

Os números foram informados pelo vereador Dilemário Alencar (União), líder do governo na Câmara. 

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Foto: Secom Câmara

Na tarde desta sexta-feira 24.01, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, em regime de urgência, dois projetos de lei encaminhados pela Prefeitura que permitem ao prefeito Abílio Brunini (PL) parcelar débitos herdados da administração anterior.

Os dois projetos de parcelamento de dívidas da prefeitura de Cuiabá com o Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá (Cuiabá-PREV) e a ReceitaFederal do Brasil (RFB), referente ao INSS, foram aprovados unanimemente pela Câmara Municipal, na tarde desta sexta-feira (24). A partir de agora, o município está liberado a solicitar o parcelamento à União e pode voltar a receber recursos federais.

O prefeito Abilio Brunini (PL) expressou preocupação ao citar os encargos deixados pela gestão anterior, principalmente, porque a capital se encontra em estado de calamidade financeira e não pode abrir mão de emendas e convênios. Por isso, ambas as propostas tramitaram em regime de urgência.

“Vamos parcelar a dívida, pagar as primeiras parcelas e liberar as licenças para que a gente possa receber recursos federais. Só para ter uma noção, sem o parcelamento ou sem a certidão [de pagamento] necessária, até mesmo emendas e convênios a gente fica impedido de receber”, explicou em uma oportunidade anterior.

A dívida com o Cuiabá-PREV é de R$ 89,8 milhões, no entanto, com os juros do parcelamento o valor chega a R$ 112 milhões. Já o déficit com a Receita Federal é de R$ 77 milhões e, a longo prazo, alcança o montante de R$ 103 milhões. No total, o pagamento das dívidas custará cerca de R$ 215 milhões aos cofres públicos.

A justificativa do prefeito Abílio para encaminhar os projetos foi a situação de penúria financeira que encontrou ao assumir a administração da cidade, com dívidas ainda não quitadas, incluindo a folha de pagamento de servidores do mês de dezembro de 2024.

Para discutir as propostas, o secretário de Fazenda, Marcelo Bussiki, o contador-geral, Éder Galiciani, e o secretário-adjunto de Previdência, Fernando Oliveira, participaram das comissões responsáveis pela análise do texto, que foi aprovado sem maiores alterações.

Os projetos seguem agora para a implementação do parcelamento, uma medida necessária para garantir a saúde fiscal do município.

Com a aprovação, o município terá 60 meses, para quitar a dívida, totalizando com juros o total de R$ 215 milhões

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