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"Sustentabilidade"

Nota técnica da Embrapa respalda as atualizações propostas para o Pantanal

O conteúdo pelos pesquisadores tem aplicação prática para que a pecuária e o turismo possam se estabelecer na região sem prejuízos ou riscos à biodiversidade local

Publicado em

Política

Foto: João Melo - Empaer

Um termo de cooperação técnica firmado entre Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Secretaria de Estado de meio Ambienta (Sema) analisou as normativas sobre os impactos do manejo em áreas restritas e da formação de pastagens no Pantanal mato-grossense. O objetivo dos estudos é atualizar a Lei 8.830/2008 e adequá-la à Lei federal 12.651, que estabeleceu o Código Florestal Brasileiro em 2012.

O conteúdo da nota técnica apresentada pelos pesquisadores da Embrapa tem aplicação prática para que a pecuária e o turismo possam se estabelecer na região sem prejuízos ou riscos à biodiversidade local.

De acordo com a chefe-adjunta de pesquisa da Embrapa Pantanal, Cátia Urbanetz, o acordo de cooperação técnica buscou adequar a lei de 2008 ao que está previsto no código e regulamentar ações como a limpeza em algumas áreas e a instrução de pastagens exóticas, desde que respeitados os limites e regiões definidas.

“A nota técnica discorre sobre o manejo de área restrita, inclusive com uso de fogo em regiões de campos e savânicas. Essa ferramenta de manejo, quando aplicada no tempo certo e em áreas específicas, permite remover vegetação combustível e a manutenção do campo limpo de vegetação combustível. Foram estabelecidos os parâmetros para a realização do o manejo e viabilização da pecuária e da biodiversidade”, afirmou a pesquisadora.

Outro aspecto destacado por Cátia Urbanitez é com relação ao uso de pastagens exóticas, que poderá ser utilizada desde que limitada a 30% ou 40% do campo, respeitando os corredores ecológicos e com espécies recomendadas pelo instituto.  

O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da ALMT, destaca que as mudanças propostas no Projeto de Lei 561/2022 buscam trazer o pantaneiro de volta para o Pantanal, viabilizando as atividades tradicionais da região, que são a pecuária e o turismo.

“As alterações propostas foram feitas com base em conhecimento científico e empírico, balizado pela nota técnica da Embrapa. O projeto traz avanços, dando condições pro retorno pantaneiro para dentro do Pantanal. Atualmente existem muitas fazendas abandonadas, e precisamos resgatar as atividades que convivem harmonicamente com o Pantanal”, afirma o parlamentar.

A secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, destaca a importância da atualização legislativa para garantir a produção e desenvolvimento econômico em alinhamento com a conservação. “A produção sustentável está associada, sem dúvida alguma, à evolução tecnológica. A lei do Pantanal não acompanhou a inovação legislativa do Código Florestal, tampouco a tecnologia existente para produção com sustentabilidade. As mudanças visam permitir essa evolução e com isso garantirmos que seja possível produzir respeitando as melhores evoluções tecnológicas e com isso promover o desenvolvimento da região considerando os limites e vocações”.

Soja e PCHs – Diferentemente do que foi falado em segmentos, o PL 561/2022 não regulamenta atividades como agriculturas perenes, produção de etanol e açúcar ou a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Pantanal. De acordo com o deputado Carlos Avallone, não existe previsão para o plantio de soja ou cana-de-açúcar na região, nem mesmo de usinas.

A pesquisadora Cátia Urbanetz afirma que tais atividades não foram alvo de estudo pela Embrapa, visto que a norma técnica analisou apenas atividades principais do Pantanal, que são pecuária extensiva e turismo ecológico.

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Prefeito Abílio comenta diferenças culturais da China

Prefeito fala sobre hábitos digitais, religiosidade e costumes após debates envolvendo o país asiático

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Crédito: Prefeitura de Cuiabá

O prefeito de Cuiabá, Abílio, falou sobre suas impressões a respeito da sociedade chinesa ao comentar temas culturais, comportamentais e de liberdade social. Segundo ele, muitos jovens no país vivem imersos em plataformas digitais locais, especialmente o TikTok chinês, e utilizam menos aplicativos que fazem parte do cotidiano ocidental.

Eles vivem naquele modelo de TikTok, e para eles aquilo é suficiente. Não têm WhatsApp, não têm ideia do que existe fora dali”, disse o prefeito, ao explicar diferenças de acesso e uso das redes.

Abílio mencionou ainda que grande parte da população chinesa cresce com pouco ou nenhum contato com religiões, o que, segundo ele, influencia a forma como percebem a sociedade.

A maioria nunca teve contato com religião nenhuma desde criança. Eles não têm essa percepção de sociedade que nós temos”, comentou.

O prefeito também citou diferenças culturais relacionadas à expressão de identidade de gênero e orientação sexual, afirmando que, embora existam pessoas LGBTQIA+ na China, a liberdade de manifestação pública é mais limitada em comparação ao Brasil.

Aqui você vê pessoas andando com a bandeira LGBT na roupa, no braço. Lá isso não acontece”, afirmou.

Ele observou que muitas vezes brasileiros fazem comparações ou defendem modelos estrangeiros sem conhecer as particularidades locais.

Outro ponto mencionado por Abílio foi a ausência de símbolos associados à esquerda ocidental, apesar de o país ser administrado por um partido comunista.

Lá não tem camiseta do Che Guevara, não tem esses símbolos. A China é a China e defende apenas a China”, destacou.

*Sob supervisão de Daniel Costa

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