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MT-100 estimula escoamento e facilita tráfego de veículos fim dos buracos

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Da Redação

Estou achando isso aqui agora uma maravilha, porque não havia condições de passar pela estrada, era só buraco com muita gente atolando no meio do asfalto”. Essa foi a forma que o motorista de caminhão Nelson Bacani, que atua na profissão há 38 anos, encontrou para definir sua avaliação quanto à recuperação de um trecho de quase 100 quilômetros da rodovia MT-100, localizada entre Alta Araguaia e Alto Taquari, no entroncamento de três estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

A estrada foi totalmente restaurada pela empresa Via Brasil MT 100–Concessionária de Rodovias S.A, que detém a concessão da via repassada à iniciativa privada há um ano pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra). O governador Mauro Mendes entregou oficialmente a primeira fase de melhoria da rodovia no dia 11 de novembro. Conforme a concessionárias, em 12 meses foram investidos R$ 50 milhões na recuperação do percurso.

Com a conclusão da revitalização, a MT-100 se consolida como um novo eixo de integração rodoviária e tende a impulsionar também o escoamento da produção agrícola da região também via ferrovia, que margeia parte da estrada, de acordo com usuários e produtores da região.

O deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho) destacou ainda que a recuperação da rodovia é de grande importância porque aproxima Mato Grosso de estados como São Paulo, onde está localizado o Porto de Santos, um dos principais canais de exportação de commodities mato-grossenses. “Essa rodovia trouxe um grande transtorno à região nos últimos anos e agora o governo do Estado, juntamente com a empresa Via Brasil, concluiu essa primeira fase de melhoria, dará início à cobrança do pedágio, colocando em funcionamento a concessão. Acredito que essa rodovia é de grande relevância para Mato Grosso tendo em vista que interliga a região ao estado de São Paulo, encurtando a chegada até lá em 200 quilômetros”, avaliou.

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi, por sua vez, complementa ressaltando que as melhorias no trajeto trarão benefícios não só à região Sul, mas ao Estado como todo. “A MT-100 era uma cobrança muito grande. Quem passava por aqui para chegar a São Paulo e no restante de Mato Grosso tinha muita reclamação, os acidentes eram constantes. Enfim, a obra foi feita está sendo entregue e é uma grande ação do governo do Estado, mesmo com a cobrança do pedágio. Sem dúvida nenhuma é um grande projeto estruturante do nosso Estado”, salientou ele.

Trafegabilidade

Os produtores e pessoas ligadas ao agronegócio na região de Alta Araguaia e Alta Taquari, distantes quase 500 km de Cuiabá, confirmam as vantagens e afirmam que o novo trajeto trará bons resultados para quem depende da via para escoar seus produtos (soja, milho, algodão e milho), mesmo sendo uma estrada sob concessão e com cobrança de pedágio.

Na avaliação de Clodoaldo José Fernandes, que trabalha numa empresa de sementes e é vereador da região, ter uma rodovia com condições de trafegabilidade e segurança trará desenvolvimento para economia local e também ao produtor rural. “Quem está no dia a dia com seus caminhões trafegando nessa rodovia conseguir reduzir seus custos e as despesas com a lavoura, trazendo benefício a toda sociedade. Quanto ao pedágio, ele não é um custo e sim um investimento para toda a população porque traz retorno de melhoria de forma rápida”, opinou.

A opinião é compartilhada pelo produtor rural Valdir Antônio Niedermaia. Para ele, o fato da estrada estar em boas condições de trafegabilidade e estar localizada paralelamente à Ferronorte significa muito. “A gente sofreu demais com aquela buraqueira. Hoje estamos satisfeitos com essa renovação. Mais economia, segurança e rapidez para escoamento”, afirmou ele.

Já o motorista Élcio Santana, que é caminhoneiro há 15 anos, considera que a concessão foi boa para a região e proporcionou a recuperação da rodovia, mas ressalta que os investimentos têm que continuar. “Esse era um trecho muito problemático, com mais ou menos 100 quilômetros só de trepidação e buraco. Sempre a gente via um caminhão tombado por aqui, grãos que caíam da carroceria. As cargas do caminhão baú às vezes era avariada por conta dos buracos. Espero que as melhorias continuem, com a implantação de acostamento e terceira faixa”, salientou.

De acordo com o presidente da Via Brasil, César Menezes, empresa que detém a concessão da MT-100 por 30 anos, os motoristas podem ficar tranquilos que os investimentos terão continuidade e estão previstos em contrato. “Neste primeiro ano demos mais atenção à recuperação da rodovia, restaurando as condições de segurança e trafegabilidade para os usuários e investimos em torno de R$ 50 milhões nessa fase. Nos próximos quatros, os primeiros cinco anos da concessão, vamos investir mais R$ 205 milhões e ao longo de toda a concessão serão R$ 745 milhões. Esses valores serão aportados no pavimento, nas instalações e principalmente na questão da segurança do usuário, com atendimento a acidentes, e outras ações emergenciais que acontecem ao longo da rodovia. Estamos preparados para isso”, garantiu ele.

Solução

Conforme o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, as concessões são as soluções mais viáveis hoje para garantir a implantação da pavimentação e a manutenção das estradas. “Essa é uma solução que Mato Grosso está adotando. Já estamos com essa concessão sendo entregue. No ano que vem vamos entregar a primeira fase de recuperação do trecho da MT-320 e MT-208 – entre Alta Floresta e Nova Santa Helena. Também temos outras concessões já sendo publicadas, como por exemplo, de Jangada até Itanorte. Ou seja, para o Estado é muito bom”, revelou ele, dizendo que o governo também apostará nas parcerias sociais com associações de produtores somente para manutenção de rodovias.

No total, o trecho concessionado da rodovia MT-100 é de 111,9 quilômetros, porém na primeira fase foram recuperados 91,4 quilômetros do pavimento. Posteriormente, até o quinto ano da concessão, serão incluídos na lista de ações programadas a construção de contornos urbanos de Alto Araguaia e Alto Taquari, atingindo a quilometragem fixada em contrato.

Além da rodovia MT-100, a Via Brasil MT também adquiriu o direito de explorar as rodovias estaduais MT-320 e MT-208, que fazem a ligação entre a BR-163 e a cidade de Alta Floresta, na região Norte de Mato Grosso.

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Estacionamento rotativo da capital pode estar com os dias contados

Durante o encontro, foi destacado que o contrato previa um pagamento mensal de cerca de R$ 650 mil por parte da prefeitura à empresa

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Foto:secom Cuiabá

Em reunião realizada no salão nobre da Prefeitura de Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini anunciou a intenção de romper o contrato com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo da capital. Segundo o prefeito, a prioridade é buscar um rompimento amigável entre as partes, mas caso isso não seja viável a administração municipal recorrerá a meios jurídicos para encerrar o contrato.

No entanto, ao longo de dois anos, apenas quatro parcelas foram quitadas, o que teria levado a CS Mobi a contrair um empréstimo no final de 2024, utilizando a Prefeitura de Cuiabá como fiadora. Essa prática, além de não ter uma lei aprovada pelo Legislativo, gerou prejuízos à gestão que assumiu em janeiro deste ano, conforme ressaltado pelo prefeito.

“O empréstimo feito no final do mandato passado causou um impacto significativo na atual gestão. Com uma administração séria do dinheiro público é possível investir os mesmos R$ 600 mil que estavam previstos no contrato, ao longo de dois anos, e construir uma cidade do futuro, com base no projeto aprovado pela própria CS Mobi”, declarou Abilio.

O prefeito também afirmou os cuiabanos não se adaptaram ao modelo de estacionamento rotativo implementado pela empresa, o que contribuiu para os problemas de operacionalização do serviço. Além disso, Brunini destacou que as obras propostas pela CS Mobi não oferecem vantagem urbanística ou financeira significativa para Cuiabá, tornando inviável a continuidade do contrato.

Diante do cenário, o prefeito determinou que a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Arsec) realize uma auditoria detalhada no contrato e solicitou à Procuradoria do Município a elaboração de um parecer técnico que avalie a viabilidade e os desdobramentos legais do rompimento.

Para finalizar os trâmites, uma nova reunião será realizada na próxima semana com o objetivo de definir os últimos detalhes para que as partes cheguem a um acordo sobre a forma de encerrar o contrato.

A administração municipal avalia também a possibilidade de reestruturar o modelo de estacionamento rotativo na cidade, sempre priorizando soluções que atendam aos interesses da população.

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