Política
Moro conclui depoimento de oito horas sobre acusações a Bolsonaro de ‘interferência política’ e se diz ‘cansado’
Política
Da Redação
O ex-ministro Sérgio Moro concluiu depoimento de oito horas na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no fim da noite deste sábado, 2. O ex-juiz da Lava Jato foi ouvido sobre suas acusações de tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na corporação. Ele deixou a sede da Polícia Federal por volta das 23h e disse estar ‘cansado’.
A oitiva começou por volta das 14h e foi até 22h40, conduzida pela delegada Christiane Corrêa Machado, chefe do Setor de Inquéritos do Supremo Tribunal Federal. As investigações apuram as acusações do ex-juiz da Lava Jato em seu anúncio de demissão, na semana passada.
O ex-juiz da Lava Jato apresentou conversas, áudios e e-mails trocados com o presidente Jair Bolsonaro durante o período que ocupou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Durante o depoimento de Moro, grupos de manifestantes pró-governo chamavam o ex-ministro de ‘rato’ e ‘Judas’, xingamento utilizado por Bolsonaro nas redes sociais antes da oitiva. “Com tantos crimes maiores, porque ele quis se voltar contra o presidente e sua família?”, gritavam do carro de som.
Um grupo de apoiadores de Morro também esteve no local, com faixas de suporte ao ex-juiz e a Operação Lava Jato. Durante a noite, um entregador de delivery levou pizzas para a equipe que acompanhava a oitiva – naquela hora, o depoimento de Moro já durava mais de sete horas. Foram feitas duas pausas durante o dia.
Moro acusou Bolsonaro de trocar o comando da PF para obter informações e relatórios sigilosos de investigações ao anunciar demissão, na semana passada. O Planalto se preocupa com o andamento de inquéritos que apuram esquemas de divulgação de ‘fake news’ e financiamento de atos antidemocráticos realizados em abril, em Brasília.
“O presidente me disse que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência, seja diretor, superintendente, e realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As investigações têm de ser preservadas. Imagina se na Lava Jato, um ministro ou então a presidente Dilma ou o ex-presidente (Lula) ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações”, disse Moro, ao comentar as pressões de Bolsonaro para a troca no comando da PF.
A troca de comando na PF foi barrada por liminar do ministro Alexandre de Moraes, que viu indícios de desvio de poder na nomeação de Alexandre Ramagem, diretor da Abin, para a chefia da PF. Ramagem é próximo de Bolsonaro e amigo dos filhos do presidente. A indicação foi anulada pelo Planalto e o presidente ainda estuda recursos contra a decisão judicial.
Moro prestou depoimento e acredita-se que tenha apresentado provas que sustentem suas acusações contra o presidente. À revista Veja, o ex-ministro afirmou que apresentaria provas ‘em momento oportuno’ – isso incluiu áudios e inúmeras trocas de mensagens pessoais e de governo trocadas com o presidente pelo WhatsApp, aplicativo favorito de Bolsonaro para delegar ordens a subordinados.
O ex-juiz da Lava Jato prestou depoimento acompanhado de advogado e não falou com a imprensa ao chegar e deixar a sede da PF em Curitiba.
O inquérito aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, mira tanto o presidente quanto Moro. O ex-ministro é investigado por suposta denunciação caluniosa e crime contra a honra. A PGR foi representada pelos procuradores João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita – este último integrou o grupo de trabalho da Lava Jato dentro da Procuradoria-Geral desde a gestão Raquel Dodge.
Ao autorizar na última segunda-feira, 27, a abertura do inquérito, em uma decisão de 17 páginas, o ministro Celso de Mello observou que o presidente da República ‘também é súdito das leis’, apesar de ocupar uma ‘posição hegemônica’ na estrutura política brasileira, ‘ainda mais acentuada pela expressividade das elevadas funções de Estado que exerce’.
Horas antes do depoimento de Moro, o presidente utilizou suas contas nas redes sociais chamou o ex-ministro de ‘Judas’ ao divulgar vídeo em que uma pessoa não identificada diz ter ouvido vozes de outras pessoas que falariam com Adélio no momento do crime – mesmo com dois inquéritos da Polícia Federal, um deles já concluído, apontarem que o esfaqueador agiu sozinho.
Durante a manhã, ao deixar o Palácio do Alvorada, o presidente não quis falar com a imprensa, mas disse a apoiadores que não será alvo de nenhum ‘golpe’ em seu governo.”Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição. Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não”, disse.
Fonte: O Estado de S. Paulo / https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-conclui-depoimento-de-oito-horas-sobre-acusacoes-a-bolsonaro-de-interferencia-politica/
Foto: Sérgio Lima
Política
Câmara convoca Sessão Extraordinária para esta sexta (24): será a terceira durante o recesso
Os 27 vereadores vão votar dois projetos de lei encaminhados pela Prefeitura.
A Câmara Municipal de Cuiabá convocou os vereadores para mais uma sessão extraordinária, marcada para esta sexta-feira (24), às 14 horas. Será a terceira realizada durante o recesso parlamentar.
Um deles é o Projeto de Lei – PL (nº 040/2025) que delibera sobre o pagamento e parcelamento dos débitos da Prefeitura Municipal referentes às contribuições previdenciárias ao – Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá (Cuiabá-PREV).
O outro Projeto de Lei (n° 041/2025) propõe a autorização do poder executivo em firmar acordo de parcelamento ou reparcelamento de dívidas relacionadas de tributos federais.
Do que tratam os Projetos de Lei
A PL 040/2025 trata de uma compreensão ao equilíbrio financeiro a Previdência Social dos Servidores de Cuiabá. São autorizados para a firmação de termo e confissão e parcelamento de débito das contribuições previdenciárias relativas à parte patronal e aportes financeiros não recolhidos ao CUIABÁ-PREV, referentes às competências de maio/2024 a dezembro/2024, visando garantir sua adimplência.
A PL 041/2025 planeja o parcelamento junto à Receita Federal do Brasil (RFB) e à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) de tributos e contribuições sociais referente a PASEP e INSS devidos, vencidos e não pagos de competências até dezembro do exercício de 2024.
A justificativa apresentada pelo executivo, que ao assumir a administração municipal em 01/01/2025 recebeu o Município sem disponibilidade de caixa e ainda com dívidas, além de outras, com o funcionalismo público referente à folha de pagamento do mês de dezembro/2024 e respectivos encargos patronais, não pagos.
VOTAÇÃO ONLINE
Os vereadores que não estiverem presentes na Câmara poderão votar de forma online, como previsto na resolução que permitiu a realização de sessões híbridas convocadas nos períodos de recesso parlamentar.
Os vereadores não recebem nenhum valor financeiro a mais por participarem dessas sessões.
-
Polícia6 dias atrás
Policiais prende suspeito por tráfico de drogas em auto elétrica
-
Polícia7 dias atrás
Ladrões tentam furtar padrão de energia em obra residencial em Poconé
-
Política3 dias atrás
Permanência dos radares: Abilio Brunini vai remodelar os radares instalados
-
Emprego6 dias atrás
Resultado preliminar de concurso dos Correios é divugado
-
Polícia3 dias atrás
Sob efeito de bebidas, motociclista passa debaixo de trator em plena avenida
-
Saúde6 dias atrás
VG decreta situação de emergência na saúde pública devido as arboviroses
-
Variedades2 dias atrás
Resgatado por advogado com crateras na barriga, cachorro permanece internado em Cuiabá
-
Variedades6 dias atrás
Ipem-MT realiza Operação e fiscaliza produtos escolares em Cuiabá e Várzea Grande
Você precisa estar logado para postar um comentário Login