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Ministro da Agricultura Blairo Maggi, reconhece que precatórios foram pagas em sua gestão

Publicado em

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Da Redação

 

O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) sugeriu que a suposta delação do ex-deputado José Riva, que o acusou de usar dinheiro de precatórios para comprar apoio de parlamentares, seria para “diminuir sua culpa”.

Em conversa com a imprensa, durante um evento ligado ao setor agropecuário em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (10), o ministro negou qualquer irregularidade no uso de precatórios enquanto esteve à frente do Palácio Paiaguás.

“Eu não tenho como ficar respondendo a cada delação que sai. As pessoas, hoje, para sairem dos seus problemas, acabam empurrando para os outros”, disse.

A delação de Riva foi destaque do jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a reportagem, Maggi autorizou R$ 260 milhões em precatórios – pagamentos de causas judiciais – para a construtora Andrade Gutierrez a fim de abastecer uma espécie de “mensalinho” na Assembleia Legislativa.

Segundo Blairo, os precatórios foram pagos, mas seguindo o rito legal.

“Uma coisa é o pagamento interno, dentro do Governo, que houve o procedimento todo. Todo mundo fala desse assunto, não é uma decisão pura e simples. Tem todo um processo, tem todo um procedimento. Agora, se alguma coisa saiu do controle depois, eu não conheço isso. Não tenho nada a ver com isso”, afirmou.

O ministro ainda criticou a forma como estão sendo feitas as delações, atualmente, no País.

“As delações são assim ultimamente: as pessoas falam as coisas, depois tem que sair correndo atrás para se defender”, disse.

“Deixa a Justiça tomar conta dessas coisas. Eu não conheço isso, não tinha isso, nunca teve. Para mim, o tratamento da Assembleia Legislativa sempre foi o mesmo e vai continuar assim”, completou.

Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR), fechada na semana passada, Riva acusou Maggi de autorizar R$ 260 milhões em precatórios – pagamentos de causas judiciais – para a construtora Andrade Gutierrez a fim de abastecer um sistema financeiro que tinha por objetivo comprar apoio de parlamentares.

Na denúncia, o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso afirmava que os pagamentos teriam sido realizados entre março de 2009 e dezembro de 2012. E que o dinheiro teria sido usado para pagar deputados estaduais e integrantes da base em troco de apoio ao Governo. 

Segundo Riva, esse sistema paralelo era operado pelo empresário Valdir Piran.

O delator narrou um encontro do qual participaram Maggi, o então secretário da Fazenda de Mato Grosso Éder Moraes e o ex-governador Silval Barbosa, sucessor do ministro da Agricultura no Executivo mato-grossense. E afirmou que foi nessa reunião que ficou acertado o esquema do precatório.

O ministro, a princípio, teria sido contrário à manobra financeira, mas, após a reunião, cedeu e teria aceitado autorizar a transação.

Para que os valores chegassem até o operador, a Andrade Gutierrez teria assinado, segundo o delator, um contrato de cessão de créditos com a Piran Participações e Investimentos, empresa da família do empresário Valdir Piran.

O acordo previa que a construtora cedesse seu crédito de precatórios a Piran com deságio de 54%. Com isso, dos R$ 260 milhões que teriam sido pagos pelo Governo de Mato Grosso à empreiteira, R$ 104 milhões teriam parado nas contas usadas pelo operador do esquema.

 

‘Mensalinho’

 

Nos últimos meses, enquanto aguardava o acordo, Riva começou a confessar em depoimento à Justiça estadual de Mato Grosso ter participado da arrecadação e do pagamento de um “mensalinho”, que somente nas gestões de Blairo teria pago propina para 33 deputados estaduais.

O ex-deputado afirmou à Justiça de Mato Grosso que o ex-governador sabia dos pagamentos. A transação envolvendo os precatórios liberados por Blairo já havia sido alvo da Operação Ararath – conhecida como a Lava Jato pantaneira.

Uma cópia do contrato de cessão de créditos assinado entre a Andrade Gutierrez e a Piran foi encontrada com o ex-secretário da Fazenda e chefe da Casa Civil nos governos Blairo e Silval, Éder Moraes.

Presente na reunião em que Blairo teria autorizado o pagamento, Moraes foi preso quatro vezes na Ararath pelos delegados federais Wilson Rodrigues de Souza Filho e Guilherme Augusto Torres.

 

 

 

Fonte: Midianews

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Prefeito de Cuiabá quer atendimentos às pessoas em situação de rua em instalações apropriadas

O ponto fixo está com previsão de ser montado na região da Avenida das Torres

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Foto: Vicente Aquino

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, reforçou seu compromisso com a assistência social e de pessoas em situação de rua e pontua que o fornecimento de alimentos deve passar a ocorrer em um ponto fixo na capital.

Além das refeições, o município está montando, no antigo edifício da Assistência Social, um centro para a assistência aos moradores em situação de rua, com apoio de psicólogos e suporte das Secretarias de Saúde e de outras pastas. Existe também possibilidade de uma parceria com o Restaurante Popular, que atualmente já fornece refeições a partir de R$ 2,00.

O objetivo é evitar que as refeições sejam vendidas para aquisição de drogas, conforme denúncias recebidas pela gestão.

O prefeito Abilio Brunini, o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, e o promotor de Justiça Henrique Schneider Neto, percorreram pontos críticos da capital onde há grande concentração de usuários de drogas, na busca de soluções para o problema.

Esses locais, mantidos por traficantes terão a limpeza redobrada, instalação e câmeras de segurança do Programa Vigia Mais MT, iluminação e vigilância permanente.

 

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