Política
Maia espera que governo recue em MP de escolha de reitores
Política
Da Redação
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo Bolsonaro, ao editar a Medida Provisória que dá poder ao Ministério da Educação na escolha de reitores da universidade públicas, está intervindo no Congresso Nacional.
“Daqui a pouco, não tem necessidade de lei. Vai editando uma MP sob outra sobre temas correlatos. Isso tira a relevância do Parlamento”, disse Maia, acrescentando que a MP é inconstitucional, em entrevista à GloboNews.
“É uma segunda tentativa de interferir na autonomia das universidades”, disse Maia, que explicou que a MP 914, que tratava de tema similar no mesmo ano, perdeu validade nos últimos dias. Ele espera que o governo volte atrás na MP nas próximas horas. “Seria uma medida extrema o presidente do Congresso devolver a MP ao Executivo.”
Ele disse que já há ações no Supremo Tribunal Federal (STF) julgando a decisão de interferência como inconstitucional. Segundo ele, se o governo quiser, poderia regulamentar o artigo 207 da Constituição por meio de aprovação de projeto de lei no Congresso. “Esse deveria ser o caminho”, afirmou Maia.
O presidente da Câmara dos Deputados disse também que havia muita preocupação dos principais partidos sobre os ataques à democracia há duas semanas, mas que o clima teria melhorado mais recentemente. “Nenhum partido aceitaria o desrespeito às instituições”, disse.
Ao ser questionado sobre os pedidos de impeachment contra o presidente Bolsonaro, Maia disse que o foco deve ser no ataque à covid-19 e na preservação da economia. “Precisamos focar na pandemia. Salvar as vidas e ter o menor impacto no emprego”, disse. “A queda do PIB poderá ser maior do que 7%. Se tiver uma nova onda da covid-19, a queda será de 9%. Enfrentar a pandemia é a prioridade do Parlamento e da sociedade brasileira.”
Maia também defendeu a prorrogação do auxilio emergencial de R$ 600 por mais alguns meses e disse que o Congresso fará uma avaliação no programa sobre os resultados já alcançados. “Precisamos ver como será o impacto fiscal”, disse.
Fonte: O Estado de S.Paulo / https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,maia-espera-que-governo-recue-em-mp-de-escolha-de-reitores,70003331558
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Política
Polícia Civil deflagra operação contra crimes sexuais infantis em sete cidades de MT
Ação cumpriu 16 ordens judiciais em investigação sobre abusos cometidos por falso médico com envolvimento político em Canarana. Novas vítimas foram identificadas.

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Canarana, deflagrou na manhã desta quinta-feira (17/7) a Operação Verdades Secretas, que apura a prática de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A ação teve como objetivo o cumprimento de 16 medidas judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e ordens de quebra de sigilo telemático.
A investigação teve início a partir de denúncias envolvendo um homem que se apresentava falsamente como médico e que mantinha vínculos políticos no município de Canarana (MT). Ele é apontado como autor de múltiplos abusos sexuais. De acordo com a Polícia Civil, há indícios concretos de diversas vítimas já identificadas.
As diligências foram realizadas simultaneamente nas cidades de Canarana, Água Boa, Querência, Gaúcha do Norte, Rondonópolis, Várzea Grande e Sorriso, todas em Mato Grosso, além de um mandado cumprido em Recife (PE).
Entre os alvos da operação estão oito pessoas ligadas ao principal investigado, incluindo sete mulheres que mantinham relações próximas com ele, aparentemente sem saber da existência uma da outra e um homem suspeito de envolvimento direto na produção e compartilhamento de material pornográfico envolvendo menores.
As investigações apontam que o principal suspeito se aproximava de mulheres com filhas ou com acesso direto a crianças, em um padrão recorrente de atuação. Há indícios de que algumas dessas mulheres possam ter colaborado de forma indireta com os abusos. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos, que agora serão analisados para identificar outras possíveis vítimas e eventuais novos envolvidos.
Um dos episódios revelados durante a operação aponta que uma das investigadas teria realizado um aborto sob orientação do falso médico, embora a gestação não fosse dele. A conduta revela um cenário de manipulação e abuso psicológico. Além disso, novas vítimas de abuso sexual infantil foram localizadas, o que aumenta a gravidade do caso e reforça a necessidade de aprofundamento das investigações.
O principal suspeito está preso preventivamente, alvo de quatro mandados distintos, expedidos em inquéritos já concluídos. Ele foi formalmente indiciado por diversos crimes sexuais, com base nas provas reunidas até o momento.
*Sob supervisão de Gene Lannes
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