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Justiça nega pedido do MP: “é salutar rejeitar denúncia contra secretária da SES”
o magistrado verificou que não ficou caracterizado “com um mínimo de concretude probatória” que Caroline cometeu algum ato para beneficiar indevidamente a empresa.
Política

Juiz verificou que não existe nenhum elemento que demonstre qualquer desvio de conduta por parte de Caroline Dobes
O juiz titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Bezerra, rejeitou a denúncia contra a ex-secretária adjunta de Gestão Hospitalar do Estado, Caroline Dobes, por absoluta falta de indícios de ilegalidade.
Decisão foi dada nesta terça-feira (19/12). Caroline foi alvo de uma denúncia relativa à Operação Espelho, que apura supostas ilegalidades em pagamentos da Secretaria de Estado de Saúde.
Porém, o magistrado verificou que não ficou caracterizado “com um mínimo de concretude probatória” que Caroline cometeu algum ato para beneficiar indevidamente a empresa.
“A despeito do aludido na exordial, tenho que, especificamente no que tange a Caroline, não ficou caracterizado, com um mínimo de concretude probatória, o dolo da conduta, uma vez que não se demonstrou a finalidade ou vontade específica que aquela teria tido em alterar o termo de referência para beneficiar, de forma indevida, a empresa contratada; tampouco há respaldo objetivo, documental ou técnico na asserção de que a alteração supracitada ocorreu de maneira ‘não condizente com as necessidades do Hospital Metropolitano de Várzea Grande’, fato que, ainda que comprovado, por si só não seria típico”, destacou o magistrado ao rejeitar a denúncia contra a servidora.
Conforme explicações do juiz Jean Bezerra, a própria denúncia deixa claro que os demais denunciados é quem seriam responsáveis pelas fiscalização dos contratos com essa empresa, “de modo que a inexecução deste não dependeria da condescendência de Caroline, mas sim dos demais”.
Além disso, conforme o juiz, as acusações contra a ex-secretária estão baseadas tão somente em um único depoimento contraditório, sem qualquer prova ou elemento.
“Em adição, conquanto a acusada Keila tenha afirmado, em seus depoimentos, que teria sofrido pressão para assinar as notas de pagamento, bem como que Caroline teria cuidado pessoalmente de elaborar os Termos de Referência, é certo que a primeira, inicialmente, disse que a executora da dita pressão seria uma pessoa de prenome ‘Patrícia’, tendo posteriormente retificado as alegações e afirmado que na verdade seria Caroline, a qual foi reconhecida por Keila por uma foto advinda de pesquisa no Google. Dessa forma, tem-se que não há como lastrear uma denúncia tão somente com base neste depoimento isolado, que não só era inicialmente contraditório, como se apresenta de forma completamente divorciada de todo o restante do acervo probatório”, analisou.
Com a decisão, Caroline Dobes foi retirada do rol de acusados e não irá responder ao processo judicial. “Portanto, em relação à denunciada Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, é salutar a rejeição da denúncia por inépcia material, com base no art. 395, III do Código de Processo Penal”, decidiu.
Entenda o Caso
Conforme a denúncia, a então secretária teria dado aval para a contratação de médicos de plantão, nem necessidade, para beneficiar a empresa que contratou os profissionais e supostamente não prestou os serviços, mesmo após o pagamento.
O caso foi investigado no âmbito da Operação Espelho, que apura fraude em contratos médicos nos hospitais no estado. A organização criminosa intensificou as ações durante a pandemia de Covid-19, segundo a polícia, momento em que pacientes eram internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) sem necessidade, visando o aumento dos lucros.
Sem prejuízos
Sobre a Operação Espelho, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclareceu que, em 2020, após o recebimento de denúncia anônima sobre irregularidades na execução de plantões médicos no Hospital Metropolitano, foi solicitada a auditoria que constatou irregularidades no valor de R$ 229 mil, rescindindo os contratos.
Na época, a Secretaria reteve da empresa o pagamento de R$ 900 mil. Portanto não houve prejuízo ao erário

Política
Comissão de Ética diz que denúncia contra presidente é “caso de polícia”
Parlamentares da Câmara de Várzea Grande afirmam que, se confirmada as ameaças, investigação deve ficar a cargo das autoridades e não da Casa.

Procurado o vereador Jânio Calistro presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Várzea Grande se manifestou após a divulgação do boletim de ocorrência registrado pelo influenciador Willian, que acusa o presidente da Casa, Wanderley Cerqueira (MDB), de tentar silenciá-lo por meio de ameaças.
O parlamentar afirmou que acompanha o caso com atenção, mas reforça que cabe às autoridades competentes conduzir as investigações. Segundo ele, o episódio, se confirmado, configura um “caso de polícia”, e não um assunto institucional a ser tratado no âmbito interno da Câmara.
“Isso é um caso de polícia, não da Câmara”, resumiu Calistro Presidente da Comissão. O vereador destaca que, até o momento, não houve formalização de nenhuma denúncia na Comissão de Ética, o que inviabiliza a abertura de qualquer procedimento disciplinar interno.
Ainda segundo o parlamentar, a Comissão seguirá acompanhando os desdobramentos, mas qualquer responsabilização criminal depende da atuação da Polícia Civil, do Ministério Público e do GAECO, que já informou ter recebido outras denúncias relacionadas a agentes políticos do município.
Como diria Chico Buarque, em sua canção eternizada pela crítica social:
“Página infeliz da nossa história / Passado triste está guardado em nossas memórias / Das nossas novas gerações.”
A frase parece ecoar em episódios recentes da política local.
Em Cuiabá, algo semelhante ocorreu com o vereador Paulo Henrique (MDB), que enfrentou acusações graves que também teria supostamente uma ligação com uma facção criminosa e acabou preso. E posteriormente, cassado. Coincidentemente, o parlamentar também era do mesmo partido do atual presidente da Câmara de Várzea Grande. Diante disso, a pergunta que paira nos bastidores é inevitável: será que os desfechos serão os mesmos?
Até o fechamento desta matéria, a assessoria do vereador Wanderley Cerqueira não havia se manifestado sobre as denúncias, estamos a disposição de futuras manifestações.
Veja o vídeo:
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