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Governo vai dividido para a eleição no Congresso

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Área econômica e Casa Civil divergem nas disputas no Legislativo; no Senado, interlocutores de Paulo Guedes defendem o retorno de Renan, que sofre oposição de Onyx

 

Da Redação

 

As eleições que vão definir nesta sexta-feira, 1.º, os novos presidentes da Câmara e do Senado revelam mais um capítulo das divergências entre a equipe econômica e a Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro. A equipe econômica vê no desfecho do confronto no Senado a oportunidade de isolar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e abrir um canal direto de negociação com líderes do Congresso, contornando problemas que ainda existem em torno de pontos polêmicos da proposta de reforma da Previdência.

Embora o discurso oficial do Palácio do Planalto seja de distância em relação à disputa no Congresso, interlocutores do ministro da Economia, Paulo Guedes, não escondem, nos bastidores, a preferência pela candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) ao comando do Senado, contrariando boa parte do núcleo político do governo e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Renan conseguiu a indicação para ser candidato do MDB após vencer uma queda de braço na bancada com a colega Simone Tebet.

Logo depois disso, o senador recebeu um telefonema de Bolsonaro, que o cumprimentou e o convidou para uma conversa nesta quarta-feira, 30. No Twitter, o presidente disse que ligou para todos os oito concorrentes no Senado. “(…) Procuramos diplomaticamente fazer contato com os candidatos desejando-lhes boa sorte. O eleito será importantíssimo para a democracia e o futuro do Brasil”, escreveu Bolsonaro, que está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal.

Anteriormente, a informação que circulava era de que a ligação tinha sido apenas para Renan. Contrariado, Onyx deixou transparecer mais um desentendimento com o senador e, também pelo Twitter, avisou que Bolsonaro telefonara para todos os concorrentes. Na mensagem, grafou o nome de Renan com “m”.

Na prática, a maior preocupação do Planalto é com a eleição no Senado porque, na Câmara, a frente de apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se consolidou de tal forma que, mesmo sem a simpatia de Onyx, o governo acabou avalizando a tentativa de reeleição do deputado do DEM. A equipe econômica também quer novo mandato para Maia, visto como um político confiável. Ele é o favorito na eleição desta sexta-feira, que tem outros seis candidatos.

Em troca de cargos na Mesa Diretora da Câmara e da presidência de comissões importantes, como a de Constituição e Justiça, até mesmo o PSL, partido de Bolsonaro, anunciou a adesão ao projeto de Maia.

Na disputa pelo comando do Senado, porém, Onyx trabalha por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é considerado um político governista, mas, no diagnóstico de auxiliares de Guedes, pode enfrentar mais obstáculos para compor uma ampla coalizão pró-reforma da Previdência. Para a Casa Civil, no entanto, Alcolumbre ganhou força e tem chances de vencer Renan se a eleição for com voto aberto. 

Moro, por sua vez, avalia que Renan – investigado pela Lava Jato – poderá ser um empecilho para a aprovação do pacote de medidas de combate à corrupção que ele apresentará ao Congresso neste mês. 

Estado apurou que, na visão do ministro da Justiça, qualquer outro nome seria melhor para presidir o Senado. Esta não é, no entanto, a avaliação do Ministério da Economia. Renan e Guedes jantaram recentemente, conforme mostrou a Coluna do Estadão, e conversaram sobre um novo modelo de governabilidade que Bolsonaro deseja impor, sem barganhas políticas e com a necessidade de desvinculação do Orçamento. 

“O novo Renan é menos estatizante, mais liberal e defende todas as reformas, além de um princípio: o fim de todos os privilégios”, disse o senador ao Estado.

Caso Coaf. Disposto a presidir o Senado pela quinta vez, Renan também fez acenos ao governo ao defender o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que assume o mandato nesta sexta-feira em meio a intenso desgaste político após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) descobrir movimentação considerada “atípica” de recursos na conta dele e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. “Conselho de Ética é coisa excepcionalíssima”, destacou Renan. “Legislativo não é lugar para botar juiz.”

Auxiliar de Onyx no Planalto, o ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) disse que o governo não colocará a “digital” na disputa do Congresso. “Eu trabalho para que Davi Alcolumbre seja presidente do Senado porque não estou nomeado, mas a determinação é para evitar qualquer atrito, já que temos quatro anos pela frente.”

Apesar de enxergar Renan como um aliado do PT, o Planalto não quer tê-lo como inimigo, uma vez que o resultado da disputa é imprevisível. O governo começará a testar sua base de apoio no Congresso nos próximos dias, com o envio de medidas na área econômica antes mesmo da proposta de reforma da Previdência. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:  O Estado de S.Paulo / https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-vai-dividido-para-a-eleicao-no-congresso,70002702975

Foto: Fotos Romério Cunha/VPR e Wilton Júnior/Estadão

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Parcerias entre prefeituras e associações comerciais potencializam o acesso ao crédito em Mato Grosso

Prefeituras e associações podem firmar convênios com a Desenvolve MT para facilitar o acesso ao crédito e fortalecer a economia local

Publicados

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Foto: Clara Campos | Desenvolve MT

Prefeituras e associações comerciais de Mato Grosso têm a oportunidade de firmar parcerias com a Desenvolve MT – Agência de Fomento de Mato Grosso, com o objetivo de ampliar o acesso ao crédito para empreendedores locais. Essa colaboração visa fortalecer os micro e pequenos negócios, promover o crescimento sustentável dos municípios e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.

Com o início do novo mandato municipal, as prefeituras interessadas devem atualizar ou firmar novos convênios para garantir a continuidade dos serviços no município. Atualmente, 30 municípios e seis associações comerciais já possuem contratos em vigor, facilitando o acesso ao crédito para os empreendedores locais e fortalecendo a economia das regiões atendidas.

A formalização da parceria ocorre por meio de um termo de cooperação, que não envolve repasse de recursos financeiros entre as partes. O município interessado deve indicar um colaborador, que será capacitado pela Desenvolve MT como agente de crédito. Esse agente atua nas prefeituras por meio do Centro de Atendimento Empresarial (CAE) e se torna o ponto de apoio local para os empreendedores que desejam acessar as linhas de crédito da instituição.

O processo para formalizar o acordo é simples: o município ou associação interessado deve entrar em contato com a Desenvolve MT pelo e-mail [email protected] ou telefone (65) 3613-7997. Após a assinatura do termo de cooperação, a equipe da Desenvolve MT agenda o treinamento para o colaborador indicado, sem custos.

Além de acelerar o atendimento aos empreendedores locais, a parceria contribui diretamente para o crescimento econômico e a geração de emprego e renda. Em muitos casos, os recursos disponibilizados pela Desenvolve MT viabilizam a abertura de novos negócios e a expansão de pequenas empresas, promovendo o desenvolvimento sustentável da região.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento e Crédito da Desenvolve MT, Hélio Tito, as parcerias são essenciais para promover o crescimento econômico de forma descentralizada. “Quando o município participa ativamente como parceiro, conseguimos levar o crédito a quem mais precisa, fomentando a economia da região. Esse apoio local é fundamental para facilitar o acesso ao crédito e dar mais agilidade ao atendimento dos empreendedores, estimulando novos negócios e fortalecendo os já existentes”, destaca Tito.

A Desenvolve MT oferece linhas de crédito voltadas para diversos segmentos, como comércio, serviços, indústria, projetos de inovação, entre outros. Na linha Empresarial, é possível obter crédito de até R$ 1,5 milhão. Já na linha Empreendedor, mulheres e jovens podem acessar crédito de até R$ 15 mil para impulsionar seus negócios, com taxas a partir de 0,37% ao mês e prazos facilitados para pagamento.

No ano passado, 74 municípios foram atendidos, com a liberação de mais de R$ 66 milhões em crédito, impactando diretamente diversas áreas econômicas e gerando emprego e renda nas cidades.

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