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Família Campos quer Joaquim Barbosa na centro-esquerda

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Renata e João Campos, viúva e filho do ex-governador, apoiam nome de ex-ministro do Supremo, apontado como presidenciável pela sigla

 

Da Redação

A família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014 em um acidente aéreo, não se opõe a uma eventual candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa pelo PSB ao Palácio do Planalto. Há, contudo, uma condição: que Barbosa entre na disputa com uma plataforma de centro-esquerda.

Esse posicionamento foi apresentado pela primeira vez ontem em Recife pelo herdeiro político do ex-governador, o engenheiro João Campos, filho mais velho de Eduardo. “Não há veto de forma alguma do PSB de Pernambuco à candidatura (de Barbosa). Mas conversamos com diversas frentes de esquerda. Qualquer aliança nacional deve ser alinhada com as diretrizes que defendemos”, disse João Campos. “Se ele (Barbosa) se enquadrar nisso, o PSB pode apoiá-lo”. 

A declaração foi comemorada como uma vitória política pelos deputados do PSB que estão na linha de frente do projeto Barbosa. “O João e a Renata (viúva de Eduardo Campos) representam muito no PSB. O peso deles é enorme no partido. Ficamos muito satisfeitos com o posicionamento”, disse o líder do PSB na Câmara, Julio Delgado (MG).

Aos 24 anos, João Campos integra as executivas nacional e estadual do PSB e vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ao chegar ao 17° Fórum Empresarial do Lide, que reuniu presidenciáveis, ministros e parlamentares de centro-direita na capital pernambucana, João Campos foi cercado por convidados, jornalistas e também ‘curiosos’.

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“João tem um futuro muito promissor. A Renata não participa ativamente das discussões políticas, mas é sempre importante ouvi-la”, afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que até recentemente tinha João como seu chefe de gabinete.

Lideranças do PSB dizem, porém, que Renata Campos se mantém longe dos holofotes, mas atua intensamente nos bastidores do partido. Teria sido dela, por exemplo, a indicação do primo, Maurício Rands, para ocupar a vaga de vice na chapa de Câmara, que vai disputar a reeleição ao governo.

“Nós colocamos João na executiva nacional do PSB. A família é muito tradicional, desde o bisavô (Miguel Arraes). São todos muito politizados. A casa deles era de um local de encontro de agentes políticos. A posição de João tem muito simbolismo. Ele vai ser um continuador da tradição política da família”, disse Carlos Siqueira, presidente do PSB. “Renata e eu nos falamos muito. Gosto de ouvir as opiniões dela. Ela é muito atuante como militante. Gostaria de vê-la na executiva”, completou. 

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Câmara e João Campos se mostraram afinados sobre uma possível candidatura de Barbosa. O governador revelou aos jornalistas que esteve com o ex-ministro do STF na terça-feira em Recife em uma agenda privada. Câmara afirmou que não há veto da parte dele nem do PSB pernambucano, mas pontuou que as conversas estão apenas começando.

“Não há nem pré-candidatura ainda. Pode vir a ser, mas depende de muita discussão. O ministro quer conhecer as pessoas e os programas do PSB. Precisamos conversar mais e ele participar mais das reuniões do partido”, disse Câmara.

O governador tenta atrair para seu palanque a ala “dissidente” da família: a vereadora Marília Arraes, prima de Eduardo Campos e pré-candidata ao governo pelo PT. Essa aproximação com os petistas é o único obstáculo para o PSB pernambucano embarcar na tese de lançar Barbosa. A situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, torna o cenário incerto.

Em 2014, o PSB lançou Eduardo Campos ao Planalto. O ex-governador morreu em acidente aéreo em agosto, a cerca de um mês da eleição. O partido lançou Marina Silva, então vice de Campos, à Presidência.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

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CST da Moradia vai discutir alternativas para solucionar o déficit habitacional em MT

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Apesar de ser garantido na Carta Constitucional o acesso a uma moradia digna, isso ainda não é realidade para muitos brasileiros. Com o aumento de pessoas vivendo em moradias inadequadas ou até a falta de um lar, o déficit habitacional no Brasil vem crescendo a cada ano. 

Em Mato Grosso o déficit habitacional atinge quase 65 mil famílias de baixa renda em 23 dos 142 municípios mato-grossenses. Somente em Cuiabá, 22 mil famílias carentes não possuem casa própria. Em Várzea Grande são mais de 7,5 mil. Os dados são da Associação Comunitária de Habitação do Estado de Mato Grosso (ACDHAM) e abrangem os municípios onde a entidade está presente. 

Em uma tentativa de equalizar esse problema, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso deverá instituir a Câmara Setorial Temática da Moradia Popular, requerida pelo Wilson Santos (PSD). Obter um diagnóstico atualizado do déficit habitacional em Mato Grosso é a primeira pauta de trabalho definida durante reunião de preparação da CST, que aconteceu na manhã de quinta-feira (18). “Acreditamos que esse número seja muito maior e que deve chegar a mais de 120 mil famílias no estado”, avaliou o parlamentar.

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“O desafio de resolver isso integralmente não é fácil e sabemos que não tem uma solução simples e rápida, não existe a possibilidade de construir esse grande número de casas em cinco ou dez anos”, reconheceu Santos. “Precisamos parar de empurrar esse problema com a barriga e buscar alternativas. Um dos caminhos, neste momento, na minha concepção, é o loteamento urbanizado” , avaliou.

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O grupo formado por agentes públicos, representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, sociedade civil e iniciativa privada, vai discutir propostas para subsidiar políticas públicas de enfrentamento à situação que representa um grave problema social.

Wilson Santos citou a habitação como uma das principais políticas públicas que contempla a família em sua totalidade e destacou a importância de debater o tema com todos os entes envolvidos. “Nos vamos notificar também todos os órgão envolvidos e responsáveis por habitação e loteamento para pedir um diagnóstico da situação no estado, para estudar alternativas que possam ser trabalhadas desde já”, defendeu Santos.

Para Emídio de Souza, presidente da ACDHAM, apontou a redução da destinação de recursos do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) para a habitação e a falta de sensibilidade dos gestores municipais e estaduais como alguns dos principais fatores que dificultam a redução do déficit habitacional. “O que precisa acontecer é investimento em moradias para as faixas 0 e 1 da população, que são aquelas com pouco ou quase nada de recursos para acessar um financiamento”, afirmou. Segundo ele, a moradia social precisa ser prioridade para atender famílias em situação de vulnerabilidade.  

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A consultora do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Izza Karol Pizza explicou que o Estado já solicitou um estudo de áreas para construção habitacional. “Esse é uma grande precaução do Governo do Estado, que já está fazendo um levantamento de áreas que atendam os requisitos para desenvolvimento de projetos habitacionais”, adiantou.  “A união de esforços a partir do trabalho da CST é muito oportuna e pode trazer novas soluções e propostas”, avaliou.

Participaram da reunião o deputado Beto Dois a Um (PSB), e representantes do Ministério Público, do MT Participações e Projetos S/A (MT Par), da Caixa Econômica Federal e outras instituições.

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