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Defensor público diz que pedidos por UTIs já começaram a chegar em Mato Grosso

Publicado em

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Da Redação

Diante do aumento da taxa de ocupação dos leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Mato Grosso, alguns pacientes não estão conseguindo encontrar vagas nos hospitais, então começaram a procurar a Defensoria Pública. Segundo o defensor público geral Clodoaldo Aparecido Gonçalves de Queiroz esta foi uma prática frequente nos meses de julho e agosto de 2020, e agora volta a acontecer.

“Os pedidos estão chegando agora. No mês de julho e agosto, nós conseguimos encontrar atendimento para todas as pessoas que nos procuraram. Embora a lotação estivesse beirando os 100%, todos que procuraram a defensoria pública nós conseguimos localizar um leito de UTI para tratamento.

Neste momento, as pessoas estão procurando a defensoria pública, mas ainda não chegou numa situação de fila de espera sem atendimento, mas está prestes a acontecer. Estamos por poucos dias de isso começar a acontecer”, lamentou o Clodoaldo Aparecido.

Para o defensor, o momento exige medidas mais restritivas para que se evite o ‘caos’ que aconteceu em julho de 2020. “Principalmente para as pessoas mais carentes, que são aquelas que batem na porta na defensoria pública quando não encontram atendimento nos hospitais.

Nós não queremos que isso aconteça novamente e estamos prestes a chegar nesse ponto, já que hoje o índice de ocupação das UTIs está chegando a 90%. Então acreditamos que medidas devem ser tomadas.

Entendemos que deve haver uma compatibilidade com uma proporção mínima da economia funcionando em função do emprego das pessoas, mas medidas devem ser adotadas sim”, declarou.

Clodoaldo diz que apesar da grande procura, muitas vezes a defensoria consegue resolver os problemas das UTIs somente com diálogo com a Secretaria de Estado de Saúde. “As pessoas, quando batem à porta do hospital e não encontram, vão diretamente para a defensoria pública.

Muitas vezes é só por uma questão de burocracia, às vezes a vaga existe e nós, conversando com a Secretaria de Saúde, sem precisar ingressar na justiça. Então é natural as pessoas procurarem a defensoria pública na primeira dificuldade que encontram”.

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Coronel Assis se reúne com ministro da Justiça de El Salvador e visita maior presídio da América Latina

A comitiva brasileira contou com parlamentares da Comissão de Segurança Pública e representantes de órgãos de segurança e inteligência

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Crédito: Divulgação

O deputado federal Coronel Assis (União-MT), vice-líder da oposição na Câmara e membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, cumpriu missão oficial em El Salvador entre os dias 12 e 14 de novembro, integrando a delegação brasileira indicada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para representar o país no Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança.

Durante a viagem, o parlamentar participou do congresso internacional sobre segurança pública que reuniu autoridades de diversos países e também cumpriu agenda institucional com o governo salvadorenho. A comitiva foi recebida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Héctor Gustavo Villatoro Funes, com quem discutiu estratégias de enfrentamento ao crime organizado, inteligência policial e políticas penitenciárias de alta restrição aplicadas pelo país.

Além das reuniões oficiais, Coronel Assis, junto com outros parlamentares da comitiva, como o deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), realizou uma visita técnica ao Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), considerado o maior presídio da América Latina e símbolo da política de endurecimento contra facções criminosas adotada pelo presidente Nayib Bukele. Construído em apenas sete meses, o complexo tem capacidade para abrigar 40 mil detentos e atualmente mantém aproximadamente 20 mil criminosos, todos integrantes de facções violentas, os chamados pandilleros, incluindo presos deportados dos Estados Unidos.

Para o deputado, a experiência foi relevante e esclarecedora. “Ver de perto como El Salvador estruturou o combate ao crime organizado e como reorganizou seu sistema de segurança pública é fundamental para entendermos o que pode ser adaptado à realidade brasileira. É uma experiência importante, concreta e baseada em resultados”, afirmou.

El Salvador como referência no combate ao crime

A política de segurança implementada por Bukele transformou o país em poucos anos. Antes marcado por índices extremos de violência e por cidades dominadas por gangues como a Mara Salvatrucha, El Salvador passou por uma mudança profunda com o Plano de Controle Territorial. Os criminosos passaram a ser tratados como terroristas, e o governo realizou uma grande ofensiva contra facções, colocando cerca de 60 mil integrantes atrás das grades. A taxa de homicídios, que chegou a 100 mortes para cada 100 mil habitantes, caiu para 7,8 por 100 mil, uma das reduções mais expressivas já registradas no continente.

Durante o fórum, o governo salvadorenho apresentou dados que evidenciam o impacto das medidas de endurecimento penal adotadas nos últimos anos. As penas para crimes ligados às facções criminosas foram ampliadas de forma significativa: a participação em uma pandilla, que antes era punida com 5 a 8 anos, passou a ter penas entre 20 e 30 anos, enquanto chefes e financiadores dessas organizações, antes sentenciados de 9 a 14 anos, agora enfrentam punições de 40 a 45 anos. Os crimes sexuais também tiveram aumento, saltando de 8 a 20 anos para 20 a 30 anos de reclusão. Atividades relacionadas ao tráfico de drogas podem resultar em até 30 anos de prisão, e a conspiração para extorsão, que antes previa 2 a 5 anos, passou a ter punições de 10 a 15 anos. Segundo o governo, o endurecimento das penas foi decisivo para desarticular o comando das facções e reduzir a reincidência.

A comitiva também teve acesso a dados atualizados sobre a redução dos homicídios no país, considerados uma transformação histórica. Em 2019, antes do fortalecimento do Plano de Controle Territorial, foram registrados 2.398 homicídios. A partir de então, a queda foi contínua: 1.341 homicídios em 2020, 1.147 em 2021, 495 em 2022 e 154 em 2023. Em 2024, o país contabilizou apenas 114 homicídios, alcançando taxa de 1,9 por 100 mil habitantes, o que fez El Salvador ser apresentado no fórum como o país mais seguro do Hemisfério Ocidental. Os gráficos exibidos destacaram uma redução acumulada de 95,2% no período. Comparações com os anos anteriores ao governo Bukele mostraram que, em 2018 e início de 2019, os registros mensais ultrapassavam 300 homicídios, enquanto hoje o país opera em níveis historicamente baixos, um marco reconhecido internacionalmente. Para Coronel Assis, os resultados demonstram “de forma concreta o impacto de políticas públicas firmes e integradas no combate à violência”.

O deputado já havia estado em El Salvador há dois anos, quando o plano estava em fase inicial, e voltou agora para observar os avanços.

Missão brasileira busca soluções para o Brasil

A participação no Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança ocorreu em meio ao debate nacional sobre a escalada da violência e o fortalecimento de facções no Brasil. O congresso abordou temas como uso de inteligência artificial e big data em investigações, cibersegurança, combate ao financiamento ilícito, tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro e cooperação internacional.

“Vamos trazer para o Brasil experiências que possam fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, modernizar nossas políticas públicas e promover uma segurança mais integrada, eficiente e comprometida com a lei. Isso é fundamental neste momento de debate do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado (PL 5582/25), que será votado na próxima semana na Câmara. A população brasileira não pode continuar refém da violência”, afirmou Coronel Assis.

A comitiva brasileira contou com parlamentares da Comissão de Segurança Pública e representantes de órgãos de segurança e inteligência. O fórum foi aberto com recepção na Embaixada dos Estados Unidos e reuniu especialistas de diferentes países para debater soluções globais de segurança.

 

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