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Convênios com 10 prefeituras melhoram escoamento de 5,5 milhões de toneladas de produção agrícola

Publicado em

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Da Redação

Os convênios assinados pelo Governo do Estado com 10 prefeituras para execução de obras de pavimentação e manutenção de rodovias e recuperação de pontes, vão beneficiar uma população de 180,5 mil habitantes e contribuir para a continuidade do escoamento de uma significativa parte da produção mato-grossense – cerca de 5,5 milhões de toneladas – de algodão, milho, soja e proteína animal.

Os municípios conveniados – Água Boa, Campo Verde, Dom Aquino, Jaciara, Juscimeira, Nova Brasilândia, Poxoréo, Querência, São Pedro da Cipa e Nova Xavantina – têm em comum a produção de milho (1,737 milhão de toneladas, avaliadas em R$ 663,8 milhões) e soja (3,222 milhões de toneladas, R$ 3,35 bilhões) e a criação de gado bovino, num total de 1,69 milhão de cabeças. Os dados são do IBGE, de 2018.

Querência (1,17 milhão de toneladas de soja e 607 de milho), Campo Verde (750 mil toneladas de soja e 511 de milho) e Água Boa (552 toneladas de soja) são os destaques.

Cinco destes 10 municípios conveniados (Campo Verde, Dom Aquino, Jaciara, Juscimeira e Nova Xavantina) registraram em 2018, segundo o IBGE, a produção de 540 mil toneladas de algodão, avaliadas em R$ 1,38 bilhão.

Além disso, dois deles (Campo Verde e Poxoréo) contam com um plantel de 6,8 milhões de cabeças de galináceos, dos quais 3,57 milhões são de galinhas, com produção de 71,88 milhões de dúzias de ovos, avaliadas em R$ 141 milhões. Campo Verde responde por mais de dois terços deste faturamento.

Boa parte desta produção é transportada pelos quase 12 mil veículos (entre caminhões, caminhões trator, reboques e semirreboques) de uma frota total de 106,37 mil registrados nestes municípios.

Ainda de acordo como o IBGE, em 2017, os 10 municípios registraram um PIB (Produto Interno Bruto) per capita de R$ 39.258,91 e um PIB total de R$ 7,78 bilhões. Deste valor, 31,32% vêm do setor agropecuário, 29,64% do segmento de serviços, 20,92% da administração pública e 10,12% da indústria. O restante é resultado de impostos.

As obras

Através do convênio serão executadas obras de pavimentação e manutenção de aproximadamente 300 quilômetros de rodovias pavimentadas e não pavimentadas, além da recuperação de 29 pontes em Mato Grosso. As melhorias serão realizadas em 10 rodovias e no aeródromo em Nova Xavantina.

Com as prefeituras de Campo Verde, Dom Aquino, Jaciara, Juscimeira, Nova Brasilândia, Poxoréu e São Pedro da Cipa, por meio do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental da Região Sul (Cidesasul), foi formalizado convênio para manutenção de 231,32 quilômetros de rodovias não pavimentadas.

As melhorias serão realizadas nas rodovias MT-140, MT-260, MT-457, MT-373, MT-454, MT-373, MT-244 e MT-472. Além disso, serão executadas as manutenções de 29 pontes de madeira. Para isso, serão investidos R$ 14,6 milhões pela Sinfra e o consórcio dará uma contrapartida de R$ 147 mil.

Já com a prefeitura de Água Boa será formalizado convênio para a conservação e manutenção da rodovia não pavimentada MT-240, em uma extensão de 52,9 quilômetros. Serão investidos aproximadamente R$ 329 mil, sendo R$ 317 mil repassados pela Sinfra à prefeitura para a execução dos serviços.

Com a prefeitura de Querência será formalizado um convênio no valor de R$ 6 milhões para a pavimentação da MT-109, em uma extensão de 10,68 quilômetros. Serão investidos aproximadamente R$ 5,2 milhões pela Sinfra para a execução da obra.

Ainda na MT-109 também será realizada a recuperação e reconstrução de um trecho de cinco quilômetros da rodovia. Ao todo serão destinados R$ 1,8 milhão para a execução da pavimentação, sendo R$ 1,6 milhão repassados diretamente pela Sinfra.

Já em Nova Xavantina será realizada a pavimentação da pista de pouso e decolagem, além do pátio de estacionamento de aeronaves do aeródromo municipal.  Serão investidos R$ 759 mil ao todo, sendo R$ 700 mil repassados pela Sinfra e R$ 59 mil de contrapartida da prefeitura.

 

 

 

 

Foto: Marcos Vergueiro

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Coronel Assis se reúne com ministro da Justiça de El Salvador e visita maior presídio da América Latina

A comitiva brasileira contou com parlamentares da Comissão de Segurança Pública e representantes de órgãos de segurança e inteligência

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Crédito: Divulgação

O deputado federal Coronel Assis (União-MT), vice-líder da oposição na Câmara e membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, cumpriu missão oficial em El Salvador entre os dias 12 e 14 de novembro, integrando a delegação brasileira indicada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para representar o país no Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança.

Durante a viagem, o parlamentar participou do congresso internacional sobre segurança pública que reuniu autoridades de diversos países e também cumpriu agenda institucional com o governo salvadorenho. A comitiva foi recebida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Héctor Gustavo Villatoro Funes, com quem discutiu estratégias de enfrentamento ao crime organizado, inteligência policial e políticas penitenciárias de alta restrição aplicadas pelo país.

Além das reuniões oficiais, Coronel Assis, junto com outros parlamentares da comitiva, como o deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), realizou uma visita técnica ao Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), considerado o maior presídio da América Latina e símbolo da política de endurecimento contra facções criminosas adotada pelo presidente Nayib Bukele. Construído em apenas sete meses, o complexo tem capacidade para abrigar 40 mil detentos e atualmente mantém aproximadamente 20 mil criminosos, todos integrantes de facções violentas, os chamados pandilleros, incluindo presos deportados dos Estados Unidos.

Para o deputado, a experiência foi relevante e esclarecedora. “Ver de perto como El Salvador estruturou o combate ao crime organizado e como reorganizou seu sistema de segurança pública é fundamental para entendermos o que pode ser adaptado à realidade brasileira. É uma experiência importante, concreta e baseada em resultados”, afirmou.

El Salvador como referência no combate ao crime

A política de segurança implementada por Bukele transformou o país em poucos anos. Antes marcado por índices extremos de violência e por cidades dominadas por gangues como a Mara Salvatrucha, El Salvador passou por uma mudança profunda com o Plano de Controle Territorial. Os criminosos passaram a ser tratados como terroristas, e o governo realizou uma grande ofensiva contra facções, colocando cerca de 60 mil integrantes atrás das grades. A taxa de homicídios, que chegou a 100 mortes para cada 100 mil habitantes, caiu para 7,8 por 100 mil, uma das reduções mais expressivas já registradas no continente.

Durante o fórum, o governo salvadorenho apresentou dados que evidenciam o impacto das medidas de endurecimento penal adotadas nos últimos anos. As penas para crimes ligados às facções criminosas foram ampliadas de forma significativa: a participação em uma pandilla, que antes era punida com 5 a 8 anos, passou a ter penas entre 20 e 30 anos, enquanto chefes e financiadores dessas organizações, antes sentenciados de 9 a 14 anos, agora enfrentam punições de 40 a 45 anos. Os crimes sexuais também tiveram aumento, saltando de 8 a 20 anos para 20 a 30 anos de reclusão. Atividades relacionadas ao tráfico de drogas podem resultar em até 30 anos de prisão, e a conspiração para extorsão, que antes previa 2 a 5 anos, passou a ter punições de 10 a 15 anos. Segundo o governo, o endurecimento das penas foi decisivo para desarticular o comando das facções e reduzir a reincidência.

A comitiva também teve acesso a dados atualizados sobre a redução dos homicídios no país, considerados uma transformação histórica. Em 2019, antes do fortalecimento do Plano de Controle Territorial, foram registrados 2.398 homicídios. A partir de então, a queda foi contínua: 1.341 homicídios em 2020, 1.147 em 2021, 495 em 2022 e 154 em 2023. Em 2024, o país contabilizou apenas 114 homicídios, alcançando taxa de 1,9 por 100 mil habitantes, o que fez El Salvador ser apresentado no fórum como o país mais seguro do Hemisfério Ocidental. Os gráficos exibidos destacaram uma redução acumulada de 95,2% no período. Comparações com os anos anteriores ao governo Bukele mostraram que, em 2018 e início de 2019, os registros mensais ultrapassavam 300 homicídios, enquanto hoje o país opera em níveis historicamente baixos, um marco reconhecido internacionalmente. Para Coronel Assis, os resultados demonstram “de forma concreta o impacto de políticas públicas firmes e integradas no combate à violência”.

O deputado já havia estado em El Salvador há dois anos, quando o plano estava em fase inicial, e voltou agora para observar os avanços.

Missão brasileira busca soluções para o Brasil

A participação no Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança ocorreu em meio ao debate nacional sobre a escalada da violência e o fortalecimento de facções no Brasil. O congresso abordou temas como uso de inteligência artificial e big data em investigações, cibersegurança, combate ao financiamento ilícito, tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro e cooperação internacional.

“Vamos trazer para o Brasil experiências que possam fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, modernizar nossas políticas públicas e promover uma segurança mais integrada, eficiente e comprometida com a lei. Isso é fundamental neste momento de debate do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado (PL 5582/25), que será votado na próxima semana na Câmara. A população brasileira não pode continuar refém da violência”, afirmou Coronel Assis.

A comitiva brasileira contou com parlamentares da Comissão de Segurança Pública e representantes de órgãos de segurança e inteligência. O fórum foi aberto com recepção na Embaixada dos Estados Unidos e reuniu especialistas de diferentes países para debater soluções globais de segurança.

 

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