polêmica na ALMT
Botelho diz que Assembleia deve votar veto ainda hoje
Governo não apresentou argumentos sólidos para manter o veto e que plenário tem autonomia para derrubar decisão do Executivo
Política
O deputado Eduardo Botelho, afirmou que o parlamento deve votar ainda nesta quarta-feira (3) o veto do governo ao projeto relacionado ao Judiciário, após forte pressão de diversos setores, incluindo o sindicato da categoria. Ele explicou que será convocada uma sessão extraordinária da CCJ para analisar o veto e liberar a matéria para o plenário. Botelho ressaltou que, após passar pela comissão, não há possibilidade de pedido de vista. “Em plenário não existe vista. Vista só acontece na comissão. Se ninguém pedir vista na CCJ, o veto vai para o plenário hoje mesmo”, afirmou.
O deputado disse que já preparou parecer pela derrubada do veto, elaborado junto com a equipe técnica da Assembleia, e argumentou que o governo não apresentou justificativas consistentes para manter a decisão. “Nós já preparamos a defesa da derrubada. Não vemos argumentos suficientes do governo. O que o governo alega não bate com o entendimento dos consultores e dos advogados da CCJ”, afirmou. Ele destacou ainda que o parlamento tem autonomia para rejeitar o veto, caso essa seja a vontade da maioria.
Botelho também comentou que o governo não classificou a proposta como inconstitucional, mas apresentou argumentos administrativos e de interpretação jurídica. Segundo ele, a divergência entre governo e Assembleia ocorre no campo do entendimento técnico. “O governo não fala que é inconstitucional. É uma divergência de entendimento. Os procuradores do Estado pensam de um jeito; os consultores da CCJ pensam de outro”, explicou. O deputado reforçou que, embora não seja jurista, confia integralmente nos pareceres técnicos da Casa. “Sou engenheiro, não sou advogado. Mas pelo que os técnicos dizem, não há impedimento. Os estados têm autonomia e não há uma barreira constitucional clara”, disse.
Sobre movimentações políticas para tentar manter o veto, Botelho afirmou que considera normal a articulação do Executivo junto a setores e parlamentares. “O governo está conversando com setores, com os deputados, faz parte. Isso é democracia”, declarou. Apesar disso, afirmou não ter recebido relatos de pressão direta ou ameaça a parlamentares e disse não acreditar em esvaziamento do plenário. “Não acredito que isso vá ocorrer. Cada um terá que vir e votar. Mesmo no voto secreto, o deputado tem responsabilidade com o que decide”, pontuou.
Botelho também afastou qualquer possibilidade de judicialização caso o veto seja derrubado, argumentando que não há impacto financeiro imediato. “Não existe aumento automático. Não tem impacto imediato. Então não há motivo para judicializar”, disse. Ele avaliou a medida como justa e reconhecida pelo próprio tribunal. “É uma indicação justa, e o tribunal reconheceu isso. Cada deputado vai votar conforme sua consciência”, completou.
Política
Lula pede ao Conselhão estudo sobre fim da jornada 6×1 e redução da carga de trabalho
Presidente propõe ao Conselhão debater o fim da escala 6 dias de trabalho por 1 de folga e redução da jornada para melhorar qualidade de vida do trabalhador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão) que avalie formas de viabilizar a redução da jornada de trabalho no Brasil. A sugestão foi feita durante reunião realizada nessa quinta-feira (4/12). Ele defendeu, inclusive, o fim da chamada “jornada 6 por 1”, que prevê seis dias de trabalho por um de descanso.
“Por que então não reduziu a jornada de trabalho? Para que serviu todos esses avanços tecnológicos, então? O que é reduzir essa jornada, de 44 horas semanais para 40? Qual é o prejuízo que isso tem para o mundo? Nenhum”, argumentou.
Não colhem os benefícios
Lula criticou o fato de que, apesar da tecnologia ter elevado significativamente a produtividade, os trabalhadores não estariam colhendo os benefícios em termos de qualidade de vida. Ele relembrou sua época de sindicalista, quando a produção aumentava e a estrutura de trabalho era muito diferente.
Atualmente, tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de acabar com a escala 6×1. Em sua fala, Lula sugeriu que o Conselhão estude “com muito carinho” essa possibilidade nas próximas reuniões.
Medidas mais eficazes contra o feminicídio
Além da jornada de trabalho, o presidente pediu ao órgão que proponha medidas mais eficazes de combate a crimes graves, como feminicídio e pedofilia, em referência a um caso recente em São Paulo, em que uma mulher teve as pernas mutiladas após ser atropelada e arrastada por um homem.
O Conselhão reúne empresários, sindicalistas, pesquisadores, artistas e representantes de movimentos sociais, e atua como órgão de assessoramento presidencial para políticas públicas em diversas áreas.
*Sob supervisão de Daniel Costa
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