MAIS AUTONOMIA
BOTELHO APOIA LEIS PRÓPRIAS NOS ESTADOS, QUE O CONGRESSO CENTRALIZA TUDO E QUE AS LEIS SÃO HORRÍVEIS
Política

Posicionamento vem crescendo entre as autoridades mato-grossenses, devido ao crescimento dos índices de violência e casos de feminicídio
Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), defendeu claramente na manhã desta quarta-feira (10), a autonomia dos Estados brasileiros para legislar sobre temas que, atualmente, estão no Congresso Nacional, principalmente, temas estratégicos como a Segurança Pública e as leis penais.
Esse posicionamento vem crescendo muito nos discursos de autoridades mato-grossenses, sobretudo por conta dos índices de violência e casos crescentes de feminicídio. Para o parlamentar, a centralização das decisões em Brasília tem causado preocupação, e ele diz “porque as leis são ruins” e não há avanço na Segurança Pública.
“As leis são ruins, as leis penais, por exemplo, são horríveis. Nós temos uma situação em que não conseguimos avançar na questão da Segurança. Não conseguimos avançar na questão do combate às drogas, no combate as facções. Isso porque estamos nas mãos do Congresso, que centraliza as decisões para um país e dimensões continentais”, disse o deputado.
Botelho diz também que a descentralização deve vir acompanhada de revisões periódicas feitas pelos próprios Estados, a fim de avaliar e compartilhar o resultado com os outros entes da federação. Segundo o parlamentar, o assunto já foi abordado em reunião das Associações de Assembleias Legislativas e levadas ao Congresso, mas a ideia não prosperou. “Enquanto isso o crime organizado avança, o feminicídio avança e as leis de trânsito a gente não consegue melhorar”, se queixa.
Caso recente que chamou a atenção foi a dos dois traficantes presos no último sábado com 420 quilos de drogas na região da fronteira de Mato Grosso. Marcos Antonio Rodrigues Lopes e Rosivaldo Poquiviqui que foram liberados no domingo após audiência de custódia. A decisão de libertar os criminosos foi do juízo da 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres. Contudo, a decisão foi revogada e um novo mandado de prisão foi expedido contra os traficantes. Não faltaram críticas ao prende e solta.
O governador Mauro Mendes detonou a decisão de Cáceres: “O que aconteceu esse final de semana é mais um absurdo que mostra que ou o Judiciário está falhando no cumprimento das leis ou as leis nesse país são um fracasso, porque não é possível você prender alguém com 420 kg de cocaína e em menos de 24 horas esse cara estar solto. Ou as leis desse país são frouxas como eu tenho dito ou o Judiciário está falhando”.
“Não dá para colocar um batalhão na fronteira, gastar milhões de reais por ano, arriscar as vidas dos nossos policiais militares para tentar barrar o tráfico internacional, a entrada de drogas no Brasil e em Mato Grosso, prender dois cidadãos lá, dois indivíduos, dois criminosos, e em menos de 24 horas esses caras estarem soltos. Gente, isso é um absurdo”, disse Mauro Mendes.
O próprio governador defendeu a possibilidade de os Estados legislarem sobre o tema. Para ele, os instrumentos das leis federais tratam como iguais situações diferentes conforme a realidade de cada unidade da Federação e não têm sido eficazes no combate à criminalidade violenta.
“Eu defendo, por exemplo, que na questão da segurança pública os estados possam, como nos Estados Unidos – nós não usamos a democracia americana como um grande exemplo? – também ter a autonomia para legislar na questão da segurança pública, porque as leis federais não estão sendo capazes de conter o aumento astronômico da violência em todo país, do crescimento das facções organizadas”, disse Mauro Mendes.
“Com os atuais instrumentos uniformes e iguais de uma legislação criminal e penal o único resultado disso é o aumento nas últimas décadas de todos os indicadores de segurança pública no Brasil”, acrescentou Mauro.

Política
CPI investiga contrato de R$ 145 milhões e ex-prefeito Emanuel vira alvo de suspeitas e pedido de indiciamento
Durante a sessão, vereadores criticaram duramente o ex-prefeito, lembrando inclusive o episódio em que Emanuel foi flagrado guardando maços de dinheiro no paletó.

A oitiva do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), nesta segunda-feira (7), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo, aprofundou as suspeitas sobre um contrato de R$ 145 milhões firmado no último dia de seu mandato. O acordo com a empresa CS Mobi prevê a requalificação de calçadas e ruas no entorno do Mercado Municipal Miguel Sutil e a concessão de 30 anos de exploração do estacionamento rotativo.
Durante a sessão, vereadores criticaram duramente o ex-prefeito, lembrando inclusive o episódio em que Emanuel foi flagrado guardando maços de dinheiro no paletó. O presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), foi direto:
“Quem foi filmado guardando dinheiro no paletó precisa explicar até a última vírgula desse contrato. Não é só uma questão técnica, é moral.”
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) alertou para o risco de comprometimento das finanças públicas por décadas:
“A população foi levada a acreditar que todo o centro histórico seria reconstruído. A verdade é que se resume a algumas ruas e a um rombo que pode durar 30 anos.”
Ela destacou que, se a arrecadação do estacionamento não alcançar os valores previstos, a Prefeitura poderá ter que cobrir a diferença com dinheiro público, afetando áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
Outro ponto levantado foi a possível vinculação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia da PPP. Emanuel negou, mas documentos técnicos apontam que o tema deveria ter sido submetido ao plenário da Câmara, o que não aconteceu.
O ex-prefeito se defendeu, alegando que sofre perseguição política:
“Não conheço ninguém da empresa. É uma parceria que vai trazer benefícios. Sobre o caso do paletó, confio na Justiça e na minha inocência.”
O relator da CPI, vereador Dilemário Alencar (União Brasil), rebateu:
“O senhor deixou um passivo milionário para Cuiabá e foi flagrado recebendo dinheiro. Quem garante que esse contrato não segue o mesmo caminho?”
Ao final da sessão, Dilemário anunciou que irá propor o rompimento do contrato, o indiciamento de Emanuel Pinheiro e o envio do relatório da CPI ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. O atual prefeito, Abilio Brunini (PL), também deverá receber recomendações sobre os impactos fiscais da concessão.
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