LIBERANDO AOS POUCOS
Assembleia Legislativa aprova mineração em reservas legais de Mato Grosso
ALMT aprovou em primeira votação por 16 votos favoráveis e 3 contra, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que afrouxa as leis ambientais
Política

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou em primeira votação por 16 votos favoráveis e 3 contra, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que afrouxa as leis ambientais mato-grossenses e permite atividades de mineração em áreas de preservação ambiental, desde que haja compensação.
Votação foi considerada a toque de caixa, já que a dispensa de pauta foi aprovada a pedido do governo Mauro Mendes (União) e garantirá que mineradoras possam explorar minérios em reservas ambientais de propriedades que estão dentro do Pantanal, Cerrado e Amazônia Mato-grossense.
Antes dos votos, houve um substitutivo para deixar bem claro que a Lei não levará em consideração a exploração de ouro ou qualquer outra que se utilize mercúrio.
Na justificativa, o governo alega que o projeto é um acordo entre Executivo e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para superar a suspensão da lei estadual aprovada sobre o mesmo assunto e que foi alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e suspensa pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O texto prevê que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) será a responsável por conceder ou não a autorização para a exploração das reversas legais e APPs de uma propriedade, desde que sejam substituídas por outra área de preservação, com a mesma dimensão ou 10% superior de tamanho e que seja no mesmo bioma.
Apenas os deputados Lúdio Cabral (PT), Valdir Barranco (PT) e Wilson Santos (PSD) foram contrários ao projeto. Outros 5 parlamentares estavam ausentes durante a votação.
A proposta é bastante criticada por ambientalistas. O pesquisador e co-fundador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Paulo Moutinho, disse que a exploração dos locais de reserva é como um jogo de “perde-perde”.
“Mineração em qualquer área que tem floresta preservada vai ser um jogo de perde-perde. Por mais que essa mineração dê resultados em termo de royalts e investimentos, você tem um dano ambiental que vai cobrar um preço muito grande lá na frente. Isso pode acabar em um problema muito sério”, disse logo que o projeto começou a tramitar na ALMT.
O especialista reforçou ainda que a destruição das áreas de conservação colaboram para as mudanças climáticas e que os governantes precisam ter mais sensibilidade para o assunto. “A reserva legal ainda é a grande contribuição dos produtores para contenção de um problema climático. Se nós não tivéssemos isso, nós estaríamos numa situação muito pior de calor e de chuvas, como a gente está agora. É preciso que os governantes ponham na balança o que eles querem para o futuro. Não é só uma questão econômica, de PIB e sim uma questão ambiental para as próximas gerações”.

Política
Mauro Mendes: Não podemos aceitar que empresas de fora, ou brasileiras, desrespeitem nosso Código Florestal
Defesa veemente do governador Mauro Mendes ocorreu durante evento promovido pela CNI, no âmbito da COP 28.

O governador Mauro Mendes (União) defendeu rigorosamente que as empresas estrangeiras e brasileiras respeitem o Código Florestal e não adotem iniciativas que imponham restrições aos produtores rurais de nosso país, a exemplo da moratória da soja e da carne.
Defesa veemente do governador Mauro Mendes ocorreu durante evento promovido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), no âmbito da 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28.
A moratória restringe a compra de soja e carne de produtores mato-grossenses, que abriram áreas legalmente a partir de 2008. Algumas empresas exportadoras tem adotado a prática por pressão de países da Europa, que é concorrente do Brasil na produção de alimentos.
“Não podemos aceitar que algumas empresas mundiais, até mesmo brasileiras, estabeleçam regras e normas que desrespeitem as leis brasileiras, o Código Florestal brasileiro, que é um dos mais requintados, sofisticados, robustos e restritivos mecanismos de proteção ao meio ambiente de nosso país”, pontuou.
Mauro explicou que a absoluta maioria dos produtores de Mato Grosso age na legalidade, abrindo áreas apenas dentro do perímetro permitido. No caso das áreas na Amazônia, por exemplo, o produtor só pode usar 20% da sua propriedade e precisa manter os 80% restantes inteiramente preservados.
“Há empresas que não estão respeitando isso e tentam estabelecer regras muito mais restritivas do que aquilo que está na lei. Muitas consequências dramáticas já estão acontecendo, com produtores vivendo a incerteza da venda daquilo que produzem. E mais consequências poderão acontecer se essas empresas não respeitarem o Código Florestal brasileiro e os marcos estabelecidos pela nossa legislação”, afirmou, endereçando a fala ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para que possa travar esse debate no Congresso Nacional.
Também participaram do evento: Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Saleh Ahmad Salem Alzaraim Alsuwaidi, embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil; deputado federal Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados; senador Veneziano Vital do Rêgo, vice-presidente do Senado Federal; Sidney Leon Romeiro, embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos; Osmar Chohfi, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira; Helder Barbalho, governador do Pará; César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso; Paulo Araújo, deputado estadual; e Silvio Rangel, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso.
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