explicações
Alan Porto destaca benefícios das mudanças para servidores e critica Sintep por falta de diálogo
Mudanças na rede estadual de ensino não causaram prejuízos aos servidores e tampouco resultaram em sobrecarga para os profissionais
Política
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, afirmou nesta quarta-feira (13.11) que as recentes mudanças na rede estadual de ensino não causaram prejuízos aos servidores e tampouco resultaram em sobrecarga para os profissionais. A declaração foi dada durante uma sabatina na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde o secretário explicou as alterações para os deputados.
De acordo com Porto, a alocação de merendeiras, auxiliares de limpeza, técnicos e vigias nas escolas segue o mesmo critério desde 2021, e que as adequações realizadas no sistema trouxeram “ganhos” para os servidores, em vez de perdas.
O secretário destacou a mudança no critério para a alocação de merendeiras. Até então, elas eram distribuídas nas escolas com base no número de alunos. A partir de 2025, no entanto, o critério passará a ser o tamanho da unidade de ensino.
“Não existe nenhuma polêmica. Não tem nenhuma informação de que a gente vai colocar sobrecarga de trabalho sobre esses servidores, pelo contrário, a gente vai apoiar e garantir que lá ponto tenha equipamentos para facilitar o serviço da nutrição, da merendeira e do vigia. Eles têm muito mais a ganhar do que qualquer tipo de polêmica”, declarou o secretário.
Alan reiterou que o sistema de redimensionamento da rede estadual de ensino não implica o fechamento de escolas. A atual Constituição determina que o município é responsável pelo atendimento das crianças de zero a 5 anos, ou seja, para o ensino infantil, enquanto o Estado é encarregado do ensino fundamental e do ensino médio.
No entanto, o Governo de Mato Grosso tem proposto aos municípios uma reorganização no atendimento escolar. A proposta é que os municípios assumam a responsabilidade pelos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), enquanto o Estado fica responsável pelo atendimento do ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e do ensino médio.
O secretário Alan Porto afirmou que, desde 2021, 135 dos 142 municípios de Mato Grosso já completaram o redimensionamento total do ensino.
“Não tem fechamento. As escolas, o Estado está doando para os municípios atenderem os estudantes do 1º ao 5º ano. O município ganha inclusive em recurso com esse novo modelo”, explicou.
Porto fez duras críticas ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), afirmando que a entidade não busca um diálogo construtivo sobre as questões da educação, mas sim “desrespeitar” e atacar o Governo.
“O problema é que o Sintep não quer dialogar com a educação e com respeito. O Sindicato propõe nas nossas reuniões: falta de educação, falta de respeito, falta de diálogo, é grosseira. Isso aconteceu com o governador e comigo. Quem não quer o diálogo aberto, verdadeiro e sincero é o próprio Sintep”, alfinetou.
Política
OAB-MT diz que advogados já têm restrições para entrar com celular em presídios
Regina Dessunte, declarou que a proibição do uso de celulares por advogados dentro das penitenciárias estaduais já está em vigor desde a operação Elisson Douglas, realizada há cinco anos.
Causou estranheza ao Tribunal de Defsa das Prerrogativas (TDP) da Orden dos Advogados do Brasil –Seccional Mato Grosso (OAB-MT) a fala do Governador Mauro Mendes (União) de que os advogados e visitantes não entrarão com celulares nos presídios de Mato Grosso.
A presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Regina Dessunte, declarou que a proibição do uso de celulares por advogados dentro das penitenciárias estaduais já está em vigor desde a operação Elisson Douglas, realizada há cinco anos.
Segundo Regina, a operação, que visava combater o crime organizado no sistema prisional, estabeleceu restrições de acesso, e a medida já era conhecida pela advocacia. Por isso, para ela, a fala do governador Mauro Mendes, anunciando que tomará medidas para proibir o uso de celulares, causou surpresa, uma vez que a prática já estava vedada.
De acordo com a OAB-MT, os advogados que precisam entrar nas unidades prisionais para exercer suas funções passam por rigorosos procedimentos de segurança, como o uso de scanners e body scan, que podem até detectar metais em peças íntimas”.
Além disso, no parlatório, a comunicação entre advogados e clientes é realizada sem contato físico, sendo mediada por vidros e terminais telefônicos.
A Ordem destacou, ainda, a importância de garantir o direito à defesa de todos os cidadãos, uma prerrogativa constitucional. A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, declarou que a entidade “não aceitará que a advocacia de Mato Grosso, em especial a advocacia criminalista, seja desrespeitada”.
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