OPINIÃO
A luta das mulheres por igualdade, uma jornada de resiliência e determinação
Nós podemos comemorar inúmeras conquistas, porém, ainda temos uma batalha árdua que é combater a violência doméstica
Política

Seja bem-vindo mês de março, que é reservado a diversos eventos direcionados à mulher, e ficou conhecido como “Mês da Mulher”. Mas a data celebrada no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, na minha opinião, não é apenas uma data de comemoração, mas uma oportunidade de reflexão sobre as conquistas e desafios. Ao longo da história, as mulheres têm sido protagonistas de uma batalha incansável pela igualdade em uma sociedade muitas vezes marcada pelo machismo e pela desigualdade de gênero. Movidas por uma profunda busca por justiça e dignidade, elas enfrentam uma série de desafios e obstáculos, mas sua resiliência e determinação continuam a inspirar e motivar.
É uma luta que transcende fronteiras e diferenças, unindo mulheres de todas as origens, raças, religiões e orientações sexuais em busca de um mundo onde todas as mulheres possam prosperar livremente. Enquanto continuamos nossa jornada, devemos lembrar que cada pequeno passo conta e que, juntas, podemos construir um futuro mais justo e inclusivo para todas.
Nós podemos comemorar inúmeras conquistas, porém, ainda temos uma batalha árdua que é combater a violência doméstica e com isso evitar as ocorrências por feminicídio. Não podemos tolerar os casos de violência doméstica, o assédio sexual, o estupro e o feminicídio, realidades assombrosas que persistem, refletindo uma cultura que desvaloriza a vida e a dignidade das mulheres. Essas injustiças e discriminações são alimentadas por estruturas sociais, econômicas e políticas mais amplas, que perpetuam o poder e o privilégio masculinos em detrimento das mulheres.
Talvez a gente não resolva todos os problemas, mas iniciativas como o programa SER Família Mulher têm o objetivo de abrir horizontes e buscar soluções para o caos de crimes contra as mulheres. Neste sentido, tenho cobrado constantemente por leis mais duras, que façam os agressores e assassinos pensarem nas consequências. Acredito que a prisão perpétua seja a melhor alternativa, claro que isso não está previsto em nossa Constituição, mas se o Congresso se esforçar para criar uma nova Constituição talvez se torne realidade.
Como idealizadora do Programa SER Família Mulher, estou profundamente concentrada na realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente, a dura batalha contra a violência doméstica. O programa também conta com uma parceria importante, o SER Família Capacita, com todo o respaldo para essa mulher se profissionalizar, ser preparada para o mercado de trabalho ou até mesmo abrir seu próprio negócio, uma forma justa dessas guerreiras adquirirem a independência financeira e a sonhada dignidade.
Nessa jornada para apoiar as vítimas de violência doméstica e combater o feminicídio, conseguimos estabelecer medidas concretas em nosso Estado, como da Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres – SER Família Mulher na Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc); a criação da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Vulneráveis na Polícia Judiciária Civil e o projeto Casa de Euridice, uma linda homenagem à minha saudosa mãe, uma mulher extraordinária, guerreira, justiceira, que carregava em seu nome o princípio da “ampla justiça”. É uma honra para mim assumir esse legado de minha mãe, Euridice, e poder dizer para as mulheres mato-grossenses que elas não estão sozinhas, que elas podem contar com uma rede de apoio, mostrando que são capazes de mudar o cenário de suas vidas.
As mulheres têm o direito de viver sem medo, de buscar independência financeira e de serem valorizadas em todas as esferas da vida. Esta data não é apenas sobre reconhecer nosso papel na sociedade, mas também sobre reafirmar nosso compromisso em criar um mundo onde todas as mulheres possam prosperar livremente. Portanto, neste Dia Internacional da Mulher, vamos nos unir em solidariedade e determinação.
Virginia Mendes é economista e primeira-dama de MT.

Política
Polícia Civil deflagra operação contra crimes sexuais infantis em sete cidades de MT
Ação cumpriu 16 ordens judiciais em investigação sobre abusos cometidos por falso médico com envolvimento político em Canarana. Novas vítimas foram identificadas.

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Canarana, deflagrou na manhã desta quinta-feira (17/7) a Operação Verdades Secretas, que apura a prática de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A ação teve como objetivo o cumprimento de 16 medidas judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e ordens de quebra de sigilo telemático.
A investigação teve início a partir de denúncias envolvendo um homem que se apresentava falsamente como médico e que mantinha vínculos políticos no município de Canarana (MT). Ele é apontado como autor de múltiplos abusos sexuais. De acordo com a Polícia Civil, há indícios concretos de diversas vítimas já identificadas.
As diligências foram realizadas simultaneamente nas cidades de Canarana, Água Boa, Querência, Gaúcha do Norte, Rondonópolis, Várzea Grande e Sorriso, todas em Mato Grosso, além de um mandado cumprido em Recife (PE).
Entre os alvos da operação estão oito pessoas ligadas ao principal investigado, incluindo sete mulheres que mantinham relações próximas com ele, aparentemente sem saber da existência uma da outra e um homem suspeito de envolvimento direto na produção e compartilhamento de material pornográfico envolvendo menores.
As investigações apontam que o principal suspeito se aproximava de mulheres com filhas ou com acesso direto a crianças, em um padrão recorrente de atuação. Há indícios de que algumas dessas mulheres possam ter colaborado de forma indireta com os abusos. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos, que agora serão analisados para identificar outras possíveis vítimas e eventuais novos envolvidos.
Um dos episódios revelados durante a operação aponta que uma das investigadas teria realizado um aborto sob orientação do falso médico, embora a gestação não fosse dele. A conduta revela um cenário de manipulação e abuso psicológico. Além disso, novas vítimas de abuso sexual infantil foram localizadas, o que aumenta a gravidade do caso e reforça a necessidade de aprofundamento das investigações.
O principal suspeito está preso preventivamente, alvo de quatro mandados distintos, expedidos em inquéritos já concluídos. Ele foi formalmente indiciado por diversos crimes sexuais, com base nas provas reunidas até o momento.
*Sob supervisão de Gene Lannes
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