VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

MATO GROSSO

Sesp firma parceria com TJMT e Fecomércio para garantir emprego e renda a reeducandos

Inicialmente, trinta homens e mulheres privados de liberdade vão trabalhar e fazer curso no Senac

Publicado em

Polícia

SESP/MT

Ocorreu na manhã de hoje (30.08) o lançamento do Programa “Senac Integra”, uma parceria firmada pela Secretaria de Segurança Pública com a Federação do Comércio (Fecomércio) e o Tribunal de Justiça, com o objetivo de geração de emprego, renda e formação profissional para pessoas privadas de liberdade.

Inicialmente, 30 reeducandos das unidades penais Ana Maria do Couto, em Cuiabá, e do Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, serão inseridos no programa. Cada um receberá um salário mínimo e a família vale alimentação no valor de R$ 1,2 mil, enquanto estiver inserido no projeto. A contratação será por 12 meses e prevê atividade laboral e capacitação profissional em dias alternados, ou seja, trabalha em um e no outro aprende uma nova profissão.

O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, avaliou a iniciativa como um dos projetos mais inovadores dentro do Sistema Prisional por visar não somente a empregabilidade, mas também a oferta de estudos. “A rotina prevista no contrato é de um dia de trabalho e outro de estudo”, reforça.

Os reeducandos selecionados nas duas unidades prisionais estão dentro do perfil criminal considerado de menor potencial ofensivo.

Nas unidades prisionais mato-grossenses, segundo o secretário adjunto, as pessoas privadas de liberdade têm a oportunidade de trabalhar em atividades intra e extramuros. “Temos convênio com cerca de 180 empresas públicas e privadas e mais de 1.800 presos trabalhando”, completou ele.

O juiz Geraldo Fidelis, coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Tribunal de Justiça, também destacou o conceito inovador do programa ‘Senac Integra’, especialmente pela atenção à família do reeducando. “Empregabilidade, estudos, família e recuperação de pessoas, é essa combinação que precisamos. Não temos como falar em recuperar sem falar de família”, assinalou o magistrado.

Fidelis avaliou a iniciativa como um modelo inteligente de combater a reincidência criminal que pode servir de referência para o país. “Precisamos apresentar esse programa ao CNJ”, citou, fazendo referência ao Conselho Nacional de Justiça, o órgão maior nas políticas e controle da atuação administrativa e financeira do judiciário brasileiro.

O presidente da Fecomércio em Mato Grosso, José Wenceslau de Souza Junior, disse que o programa foi pensado a partir da preocupação do setor com a reincidência criminal e as condições das famílias dos presos.

Conforme José Venceslau, essas 30 contratações iniciais estão sendo feitas por meio do  Senac (Serviço Nacional do Comércio), unidade social da Federação. Os reeducandos vão trabalhar em funções nas obras da unidade central de Cuiabá. Ele informou que a Fecomércio também está estimulando contrações pelas empresas associadas.

“Queremos, através do exemplo, quebrar a barreira do preconceito na contratação de pessoas privadas de liberdade. Vamos fazer isso pagando salário digno e sempre com o olhar voltado às famílias dessas pessoas privadas de liberdade”, completou.

Também participaram da solenidade de lançamento o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário e Socioeducativo (GMF), desembargador Orlando Perri; a chefe da Defensoria Geral do Estado, Luziane Castro; a secretária de Assistência Social do Estado, tenente-coronel Grasielle Bugalho; o presidente da Função Nova Chance, Winkler Freitas Teles; e a juíza Maria Rosi Meira Borba.

SECOM/MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Polícia

Agente de presídio Ahmenon é exonerado por governador após denúncia

O caso coincide com frustrada fuga de três juristas detidos na unidade

Publicados

em

Crédito: O popular do Paraná

O governador Mauro Mendes (União Brasil) exonerou o subdiretor do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, Marco Aurélio Vieira de Moraes. A decisão foi publicada no Diário Oficial que circulou na segunda-feira (10) e é válida desde 9 de novembro. A unidade prisional está localizada em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

A exoneração ocorre cinco dias após o advogado Pauly Ramiro Ferrari Dorado, custodiado no Ahmenon, denunciar supostos maus-tratos dentro da unidade. Pauly, no entanto, é um dos três advogados que teriam tentado fugir do presídio em 5 de novembro — fato que também pode ter motivado a saída do gestor —, além de ter sido flagrado com drogas, que ele afirma terem sido “plantadas”.

A publicação no Diário Oficial registra que o governador resolve “exonerar, a pedido”, Marco Aurélio do cargo de subdiretor da unidade, função de nível DGA-6 da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).

Tentativa de fuga

Na madrugada de 5 de novembro, por volta da 1h, um policial penal que atuava na torre de vigilância ouviu um barulho vindo da sala de Estado-Maior área destinada a detentos com prerrogativa legal, como advogados — e pediu apoio para checagem.

Durante a vistoria, agentes constataram que o ferrolho da grade do banho de sol estava solto, indicando dano intencional. Equipes especializadas da Polícia Penal e da Polícia Militar foram acionadas para entrar no local e revista os presos. Um dos detentos chegou a avançar contra um policial, ameaçando a segurança das equipes.

Foram identificados na ação os advogados:

  • Nauder Júnior Alves Andrade, 30 anos

  • Pauly Ramiro Ferrari Dourado, 45 anos

  • Paulo Renato Ribeiro, 52 anos

Além deles, um quarto preso, de 63 anos, também estaria envolvido. Durante a revista, foram apreendidos materiais ilícitos e elementos que indicariam a tentativa de fuga. Todos foram encaminhados à Central de Flagrantes de Várzea Grande.

Denúncia de maus-tratos

Em versão divergente, Pauly Ramiro Ferrari Dourado — investigado na operação Patrono do Crime por suposta ligação com o Comando Vermelho — afirmou que os policiais penais teriam “plantado” drogas em sua cueca. Ele também denunciou maus-tratos no presídio e disse ter sido agredido pelo subdiretor exonerado, Marco Aurélio.

As denúncias ainda não foram confirmadas oficialmente. A Sejus não se manifestou sobre a exoneração nem sobre os relatos feitos pelo advogado até esta publicação.

*Sob supervisão de Daniel Costa

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

CIDADES

MAIS LIDAS DA SEMANA