OPERAÇÃO RAGNATELA
MILHÕES EM PIX SUSPEITOS E LIGAÇÕES NO CV COLOCARAM EMPRESÁRIO DE FARMÁCIA NA MIRA DA PF
O empresário foi alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (5), no âmbito da Operação Ragnatela
Polícia

ATUALIZADA ÀS 14h46 – O empresário Agner Luiz Pereira, da Farmácia Bom Preço, na capital, devido a dois ‘indícios’ da origem de seu expressivo patrimônio, levaram a Polícia Federal a desconfiar de sua suposta ligação com o Comando Vermelho, pela sua estreita relação com Joadir Alvez Gonçalves, vulgo “Jogador”, e inconsistências nas suas declarações de renda. Agner ostenta nas redes sociais registros dos seus carrões de luxo, vídeos contando maços de dinheiro e mansão em condomínio de alto padrão de Cuiabá.
O empresário foi alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (5), no âmbito da Operação Ragnatela, deflagrada contra lavagem de dinheiro executada pelo Comando Vermelho em Mato Grosso, cujos participantes do esquema seriam faccionados, empresários, um vereador e servidores públicos.
Agner ostenta um padrão de vida social que contrasta e muito, com suas declarações de renda à Receita Federal. Além disso, segundo a PF, o empresário recebe dinheiro de Jogador, proveniente das atividades ilícitas do Comando Vermelho. Com recursos recebidos pela facção, Agner os emprestaria a juros abusivos (10% ou superior ao mês), revelando indícios de crime contra a economia popular.
Proximidade com o CV
A proximidade com Jogador que levantou a principal suspeita da Polícia Federal sobre o patrimônio de Agner, além de ligação com pessoas que têm extensas fichas criminais, como por tráfico de drogas.
Agner em suas Redes Sociais, costuma se autodenominar empresário de sucesso. Contudo, a proximidade dele com a liderança da facção levantou a necessidade de uma investigação minuciosa sobre a origem do seu dinheiro e investimentos que faz.
Para a PF, a ligação dele com Jogador revelou indícios de que ele obtém dinheiro via práticas ilícitas da facção, para comprar veículos, realizar transações irregulares com revendas parceiras e devolver o montante aos investidores para camuflar as movimentações financeiras.
Segundo a autoridade policial, há quantia expressiva em posse de Agner à disposição de Jogador, indicando possível conexão financeira entre ambos. Para concretizar o indício, a PF observou que Jogador não mais usava um veículo Corolla Cross, avaliado em mais de R$100 mil, mas sim, um Camaro.
A Polícia Federal flagrou que o Corolla foi repassado à Agner pelo próprio jogador, que foi ao condomínio Belvedere para trocar os carros. Após a troca, o Corolla foi deixado na garagem revendedora Guto Veículos. Durante levantamento de campo, diligência flagrou o Camaro conversível em frente do Dallas Bar, estabelecimento usado para lavagem de dinheiro, e depois no edifício Jardim Beira Rio, na garagem do apartamento da namorada de Jogador.
“Corolla Cross foi registrado a entrada no condomínio Belvedere, conduzido por Agner, porém posteriormente foi deixado em loja de carro Guto Veículos”, diz trecho do relatório investigativo.
Indícios de lavagem e sonegação
Após a finalização dos levantamentos em torno de Agner, a PF traçou um perfil detalhado dele, revelando indícios de atividades suspeitas e discrepâncias financeiras. As informações coletadas apontam para uma possível conexão com o CV, evidenciando o uso de recursos que não condizem com sua capacidade financeira declarada.
Além da ligação com Jogador e pessoas com ficha criminal, as postagens ostensivas em suas redes sociais contrastam com a falta de registros adequados de transferências de bens, levantando a suspeita de que Agner possa estar envolvido em práticas ilícitas, como a obtenção de dinheiro proveniente de atividades criminosas.
A PF suspeitou das diversas postagens feitas por ele nas redes sociais, evidenciando incompatibilidade com sua capacidade financeira lícita. As postagens retratam bens de alto valor, quantias de dinheiro em espécie e aquisições que parecem estar além das possibilidades financeiras declaradas.
Essas imagens foram fundamentais para a investigação, visando esclarecer a origem desses ativos e verificar a existência de possível enriquecimento ilícito ou atividades financeiras suspeitas, de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outras atividades ilícitas.
As movimentações da esposa de Agner também levantaram suspeitas. O casal usaria estratégias para burlar os limites legais, como a fragmentação de saques, depósitos em espécie e centenas de transferências via PIX. Discrepâncias entre a declaração das respectivas profissões e rendimentos culminou na desconfiança da polícia.
Uma observação para exemplificar as suspeitas, a PF anotou no relatório que Agner movimentou mais de R$2 milhões em dois meses, valor incompatível com sua renda declarada. O sócio dele na farmácia declarou renda de R$8 mil mensais. Já a contraparte Carros Brasil Intermediadora E Locadora Ltda, a qual Agner seria sócio no ramo de atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários, com faturamento médio mensal de R$ 216.142,86, também demonstrou inconsistência.
Além disso, apontou a PF que o empresário recebeu em sua conta corrente 220 pix que totalizaram R$ 1.100.997,80. “Provenientes da mesma titularidade, outra PF além da empresa na qual e socio cotista AGNER LUIZ P. DE O. SOARES. Suas saídas performaram um total de R$1.195.270,89 tendo como principal operação 223 PIX – R$ 846.320,31. Sendo todas as movimentações incomuns ao seu perfil transacional e capacidade financeira declarada”, destacou a investigação.
“Diante das informações expostas sobre as movimentações financeiras da esposa e de Agner Luiz Pereira, fica evidente a existência de indícios de atividades suspeitas e incompatíveis com as rendas declaradas por ambos. As transações levantam sérias questões sobre possível sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e utilização de estratégias para burlar limites regulatórios de reportes, como fragmentação de saques e depósitos em espécie. Além disso, a discrepância entre as informações fornecidas a diferentes instituições a respeito de suas profissões e rendimentos levanta suspeitas adicionais sobre a veracidade dos dados”, concluiu a PF.

Polícia
Engenheiro civil foi quem morreu após passar mal em frente à rodoviária de Cuiabá
Testemunhas relataram que Regis caminhava nas proximidades da passarela

Foi identificado como Regis Adriano Ferlete, de 52 anos, o homem que morreu nesta terça-feira (22) na área externa do Terminal Rodoviário de Cuiabá. Ele era engenheiro civil e, segundo informações preliminares, teria sofrido um ataque cardíaco.
Testemunhas relataram que Regis caminhava nas proximidades da passarela que cruza a avenida quando caiu repentinamente. Equipes de socorro foram acionadas, mas ao chegarem ao local constataram que ele já estava sem vida.
O corpo foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será submetido a exames para confirmar a causa da morte.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) emitiu nota de pesar, lamentando o falecimento do profissional.
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