VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Close this search box.

OPERAÇÃO FAIR PLAY

Criminosos fizeram 284 depósitos para comprar apartamento de R$ 1 milhão para tesoureiro de facção

Prática de depósitos fracionados é conhecida como smurfing e típica do tráfico ilícito de drogas

Publicado em

Polícia

Foto: Polícia Civil-MT

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil identificaram que a compra de um apartamento de luxo na cidade de Itapema, no litoral de Santa Catarina, avaliado em R$ 1 milhão, foi realizada por meio de centenas de transações bancárias – uma prática característica do tráfico de drogas.

O apartamento, alvo da Operação Fair Play, deflagrada pela GCCO na última quarta-feira (27.11), foi adquirido por E.J.X.P., em outubro de 2023, que atuou como “laranja” de Paulo Witer Faria Paelo, o WT, tesoureiro de uma facção criminosa. Os dois também foram alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela GCCO em abril deste ano.

De acordo com as investigações, a negociação do apartamento, realizada em outubro de 2023, envolveu o pagamento de uma entrada de R$ 500 mil, e cinco parcelas de R$ 50 mil, totalizando R$ 750 mil. Desse total, uma parte foi paga diretamente para a construtora do apartamento, para quitar o imóvel, e o restante foi repassado para os antigos proprietários.

Para concretizar o acordo, foram realizados 284 depósitos bancários por, pelo menos, cinco comparsas de Paulo Witer. As diligências apontaram que as inúmeras transações foram realizadas diretamente em caixas eletrônicos, sem a identificação de quem enviava os valores. 

“Essa prática de usar uma infinidade de depósitos de pequenos valores é conhecida como smurfing, uma conduta característica para transferência de valores do tráfico de drogas. O dinheiro é arrecadado em boca de fumo, por isso os depósitos são de valores pequenos. Além disso, eles têm o objetivo de dificultar que qualquer movimentação atípica nas contas seja percebida”, explica o delegado Rafael Scatolon, responsável pelas investigações. 

Ainda segundo o delegado, a apuração da Polícia Civil apontou que nenhum dos responsáveis pelas transferências bancárias possui lastro financeiro compatível com as movimentações.

“As investigações deixaram claro que E.J.X.P foi utilizado como testa de ferro na compra do imóvel, e que o apartamento é, de fato, do WT, tendo sido utilizado tanto por ele quanto por outros membros da facção e seus familiares diversas vezes”, aponta Scatolon.

O titular da GCCO, delegado Gustavo Belão, destaca que as análises da movimentação financeira deixam evidente o envolvimento dos investigados na prática de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas da facção, fato já constatado na Operação Apito Final.

Operação Fair Play

Deflagrada na última quarta-feira (27), a Operação Fair Play é um desdobramento da Operação Apito Final, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Ambas as operações têm como alvo principal Paulo Witer, o WT, tesoureiro de uma facção criminosa. Ele está preso desde a operação Apito Final, de abril deste ano. 

A operação Fair Play cumpriu 19 mandados judiciais, sendo 11 de prisões e 8 de buscas. Também foram decretadas suspensões de atividades econômicas, sequestros de veículos e bloqueios de bens.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Polícia

Sobrinho mata o próprio tio a tiro em um bar em Santo Antônio de Leverger

Familiares relataram que ambos já viviam em brigas por causa de posse de terras no munípio, e tentou matar outros tios

Publicados

em

Foto: Reproduão Rede Social

Na quinta-feira(23) em Santo Antônio de Leverger,  homem por nome de Florentino Rodrigues do Nascimento (Nhonho), de 64 anos foi morto a tiros em um bar conhecido como “Bar Treta Brasil”. De acordo com informações o sobrinho da vítima é o autor do crime, e familiares relataram que ambos já viviam em brigas por causa de posse de terras no munípio.

O irmão da vítima, Osvaldo Rofrigues relatou que o crime foi cometido sem a menor chance de defesa para Florentino.

“Ele saiu, jogou a porteira no chão, foi em velocidade na estradinha de chão com o carro e voltou, porém ja tinha matado meu irmão. Ele matou de graça, sem chance de defesa nenhuma. E quando voltou, parou em frente meu portão com a arma na mão, e chamou minha filha perguntando ‘cadê’ seu pai, eu ja matei aquele lá e vou matar ele também com a catarina, vou logo fazer o serviço todo, matar todo mundo

Osvaldo afirmou que estava escondido no mei de canaviais, e que de lá viu seu sobrinho fazendo as ameaças, “eu vinha de lá pra cá, se ele me ver, tinha me matado também”, assim relatou.

A Polícia Militar e Civil estiveram no local, colheram informações e continuam pela buscas do paradeiro do autor do crime. A perícia técnica também esteve no local.

Vídeo fornecido pela PM-MT

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA