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INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL

Criminosos envolvidos no ataque a Confresa recebem penas de 191 anos de reclusão

Parte dos criminosos condenados foi alvo da Operação Pentágono, realizada em outubro de 2023, contra os núcleos logístico e financeiro da organização

Publicado em

Polícia

Investigados pela Polícia Civil de Mato Grosso pelo ataque criminoso a uma empresa de valores na cidade de Confresa, em abril do ano passado, ação que aterrorizou os moradores da cidade, foram condenados a penas que somadas totalizam 191 anos.

As condenações são fruto da investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Regional de Vila Rica que resultou na identificação dos membros do grupo criminoso e apontou o papel de cada um na estrutura usada para promover o assalto à empresa de valores.

Duas condenações foram publicadas nesta semana pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá de combate ao crime organizado. Petrusilandio Machado e Félix da Silva Aguiar foram sentenciados a 27 anos e 10 meses de prisão por atuarem diretamente na logística e facilitar a execução de parte do plano criminoso, conhecido como ‘domínio de cidades’.

Outros três condenados 

Paulo Sérgio da Silva, um dos executores diretos do crime, Isaias Pereira da Silva e Jocivan Jovan de Araújo foram condenados no primeiro semestre deste ano. Paulo e Isaias receberam penas de 56 e 54 anos, respectivamente, e Jocivan foi condenado a 27 anos de reclusão.

Paulo Sérgio, apontado como integrante de uma facção criminosa paulista, foi o responsável por utilizar a ferramenta conhecida como lança térmica, usada para cortar o metal das portas e cofres da transportadora Brink’s. A condenação dele, na avaliação da equipe de investigação, reflete sua participação direta nas ações que aterrorizaram a cidade de Confresa há mais de um ano.

Outro membro na ação criminosa foi Isaias Pereira, condenado por roubo qualificado com uso de explosivos, formação de organização criminosa e incêndio. Isaias desempenhou um papel central na tentativa de explodir o cofre da Brink’s e foi capturado após uma fuga frustrada durante um bloqueio policial em Tocantins.

Jocivan, conhecido como “Perna”, foi condenado pelo envolvimento direto no apoio logístico ao grupo. Ele forneceu mantimentos e veículos aos criminosos e alugou imóveis utilizados como bases operacionais. Jocivan, Petrusilandio e Félix foram identificados na primeira fase da Operação Pentágono, da Polícia Civil de Mato Grosso.

Investigação

As investigações GCCO, em parceria com a Delegacia Regional de Confresa, desmantelaram a organização criminosa no episódio conhecido como “domínio de cidades” ocorrido em abril de 2023, na cidade do nordeste mato-grossense.

Leia mais aqui: https://www.pjc.mt.gov.br/-/opera%C3%A7%C3%A3o-cumpre-35-mandados-em-seis-estados-contra-organiza%C3%A7%C3%A3o-criminosa-que-planejou-roubo-em-confresa

O ataque, executado de forma violenta e organizada, teve como alvo a transportadora de valores, onde o grupo criminoso utilizou explosivos de alto poder destrutivo e fuzis de grosso calibre.

Era um domingo, 9 de abril de 2023, quando 20 criminosos fortemente armados sitiaram Confresa, cidade a 1.050 quilômetros de Cuiabá, em uma ação coordenada e violenta. Parte do grupo invadiu o quartel da Polícia Militar, rendeu policiais e incendiou o prédio público, enquanto outras frentes da quadrilha destruíram veículos e prédios públicos, criando um clima de terror entre a população local.

O principal alvo da ação era a transportadora de valores Brinks. Utilizando explosivos de alta potência, o grupo criminoso tentou arrombar o cofre, mas não tiveram êxito e foram forçados a fugir, abandonando os veículos e parte do material utilizado na ação.

Operação Pentágono

A operação da GCCO, deflagrada em outubro de 2023, cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em seis estados contra membros do grupo criminoso. Como resultado das buscas foram apreendidos um fuzil, 360 munições de calibres variados, eletrônicos e veículos utilizados pela quadrilha. O prejuízo estimado para a organização criminosa foi de R$ 3,4 milhões, um golpe considerável contra a estrutura financeira da facção.

A operação também resultou na prisão de membros que forneceram apoio logístico e financeiro para os criminosos que invadiram Confresa. A desarticulação da rede de apoio foi essencial para o desmantelamento completo da organização, que operava com grande sofisticação logística.

Desmantelamento da quadrilha

Logo após o ataque, a GCCO e a Delegacia Regional de Vila Rica iniciaram uma investigação e foi possível mapear todos os integrantes da organização criminosa. As investigações se concentraram em identificar o núcleo logístico e financeiro do grupo, cruzando dados obtidos nos levantamentos e evidências em campo.

O trabalho resultou na captura de membros-chave da facção, desarticulando parte da organização que orquestrou o ataque, como Paulo Sérgio da Silva, um dos executores diretos do crime e que usou a lança térmica para cortar o metal das portas e cofres da transportadora.

Outro membro identificado foi Isaias Pereira, que também desempenhou um papel central na tentativa de explodir o cofre da Brinks e foi capturado após tentar fugir no Tocantins.

No Pará, a Polícia Civil de Mato Grosso identificou que Jocivan, o “Perna”, forneceu mantimentos e veículos aos criminosos e alugou imóveis utilizados como bases operacionais.

O trabalho de investigação qualificada da  Polícia Civil foi imprescindível para coletar provas suficientes da participação de Isaías e Paulo na ação criminosa, capaz de subsidiar o Ministério Público e garantir a condenação de ambos por penas altíssimas, proporcionais à gravidade do fato praticado.

Dezoito integrantes do bando criminoso que participaram do assalto morreram nos dias subsequentes ao crime, durante a operação de buscas realizada na região do município de Pium, no estado de Tocantins.

Outros foram presos pela Polícia Civil no Pará e Tocantins, durante a primeira fase de investigação. Naquela oportunidade, as equipes da GCCO e da Regional de Confresa chegaram à identificação das residências, na cidade paraense de Redenção, que serviram de apoio ao grupo.

Impacto das condenações

As condenações, com base nas investigações da Polícia Civil, trouxeram uma resposta contra o crime organizado. “As severas penas impostas aos criminosos envolvidos demonstram que a violência e o terror promovidos por facções como a que opera a partir de São Paulo, não ficarão impunes”, ressalta a equipe de investigação.

Além de proteger a sociedade de novos ataques, as ações da Polícia Civil de Mato Grosso, reafirmam a capacidade das forças de segurança em desmantelar redes criminosas altamente perigosas.

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Polícia

Investigação de furto em Sorriso desmantela quadrilha envolvida em crimes em três estados

As investigações dos demais casos seguirão sob responsabilidade das Polícias Civis dos respectivos estados

Publicados

em

Foto:PJC

Uma organização criminosa envolvida no furto de um caixa eletrônico instalado na sede da Prefeitura de Sorriso (a 400 km de Cuiabá) também participou de outros sete crimes semelhantes em cidades de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Sorriso, revelou o esquema interestadual durante a Operação Chave Mestra, deflagrada na última quarta-feira (14).

O grupo é acusado de furtar cerca de R$ 300 mil do terminal do Banco Bradesco em Sorriso, em agosto de 2024. Após o crime, os suspeitos seguiram para Sinop, onde passaram a noite e, no dia seguinte, realizaram 39 depósitos fracionados em agências bancárias, utilizando contas de terceiros — os chamados “laranjas”. O objetivo era evitar o transporte do dinheiro em espécie de volta para São Paulo, de onde haviam saído.

Os depósitos foram feitos em favor de beneficiários na cidade de Mauá (SP), a mesma onde o grupo havia locado o veículo Fiat Argo utilizado no crime. Após a operação financeira, os integrantes retornaram ao estado de origem no mesmo dia.

Estrutura criminosa bem definida

As investigações apontaram que a quadrilha era composta por diferentes núcleos com funções específicas:

  • Núcleo financeiro: responsável por custear a operação criminosa, providenciar hospedagem, combustível, alimentação, compra de ferramentas e locação do veículo. Era liderado por um suspeito que também coordenava toda a empreitada.

  • Núcleo de logística: organizava o deslocamento do grupo de Mauá até Mato Grosso, incluindo a instalação de uma TAG veicular, que permitia passar por pedágios sem paradas e, assim, dificultava a identificação da rota. A mulher que locou o veículo, por exemplo, é mãe do chefe da quadrilha.

  • Núcleo de execução: formado por quatro homens que viajaram até Sorriso para realizar diretamente o furto, cada um com tarefas bem definidas.

  • Núcleo de lavagem de dinheiro: operava a ocultação dos valores obtidos ilegalmente, movimentando o dinheiro por meio de contas bancárias de terceiros.

Um dos envolvidos, apontado como responsável pela aquisição da TAG veicular, possui extensa ficha criminal, com condenações por roubo na esfera estadual e federal.

Medidas cautelares

Diante da gravidade dos crimes — furto qualificado e lavagem de dinheiro — a Justiça autorizou quebra de sigilos bancário, telefônico e de dados telemáticos, além do cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens e valores durante a operação.

Conexão com outros crimes

A partir do caso em Sorriso, a Polícia Civil de Mato Grosso identificou o envolvimento do grupo em outras sete ocorrências de furto a caixas eletrônicos, cometidas entre 2024 e 2025:

  • Julho de 2024 – Santa Luzia (MG)

  • Agosto de 2024 – Sorriso (MT)

  • Novembro de 2024 – Embu das Artes (SP)

  • Janeiro de 2025 – Boituva (SP), Caconde (SP) e Araraquara (SP)

  • Março de 2025 – Avaré (SP)

As investigações dos demais casos seguirão sob responsabilidade das Polícias Civis dos respectivos estados, com compartilhamento das provas colhidas pela GCCO, mediante autorização judicial.

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