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OPERAÇÃO RAGNATELA

Assessor de vereador aponta ‘prejuízos’ em eventos porque membros do CV estão morrendo e sendo presos

As investigações revelaram o ‘manjado’ uso de depósitos fracionados para se evitar a identificação dos depositantes e a origem ilícita dos valores

Publicado em

Polícia

Foto Reprodução Olhar Direto

Atualizada às 09h23 – Como desdobramentos da Operação Ragnatella, investigações apontam a ligação entre o Comando Vermelho, casas de shows e produtoras, o Ministério Público apresentou, na denúncia contra 14 alvos da Operação Ragnatela, um diálogo em que Elyzio Jardel Xavier Pires, membro da facção e do G12 produções, reclama que está sofrendo prejuízos com os eventos, e que os faccionados que investiam na promoção dos shows estão presos ou mortos.

Elyzio Jardel Xavier Pires, assessor parlamentar do vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson, é apontado como membro do CV e sócio do também alvo e assessor, Rodrigo Leal, os quais possuem sociedade em diversos empreendimentos, entretanto, tais empresas constam em nome de laranjas, como ocorre no estabelecimento conhecido como “Strick Pub”, usado para lavar capitais para a facção.
O Ministério Público de Mato Grosso, para evidenciar a ligação entre os eventos e o CV, já verificou que Jardel, em diálogo com pessoa identificada como Luana, reclama sobre prejuízos com os shows nacionais, e que os faccionados que investiam na promoção dos mesmos estão presos ou mortos, “dificultando o gasto de dinheiro em eventos e demonstrando, mais uma vez, a ligação do grupo G12 com o Comando Vermelho”, diz trecho da denúncia.
“Os bandidos que gastava dinheiro mesmo, tá tudo morto, ta tudo sendo preso, acabando corre, esse… nós que gastava o dinheiro, cê entendeu?”, diz trecho da conversa interceptada (veja abaixo).

Denúncia da Ragnatela
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso já apresentou uma denúncia formal contra diversos indivíduos, incluindo integrantes da facção, promoters e agentes públicos, acusados de formar a organização criminosa cujo objetivo é lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
Informações apuradas no decorrer das investigações, apontam que a organização criminosa era liderada por Joadir Alves Gonçalves, conhecido como “Jogador”, “Joga” ou “Veio”. Gonçalves recebia grandes quantias em dinheiro dos membros operacionais da facção, Joanilson de Lima Oliveira, conhecido como “Japão”, e João Lennon Arruda de Souza, que atuavam na distribuição de drogas.
Esse dinheiro era então canalizado para a compra de casas noturnas e a realização de eventos, facilitando a lavagem de recursos. O esquema de lavagem de dinheiro envolvia uma divisão clara de tarefas.
Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como “Gordão”, era responsável por repassar o dinheiro para os promoters Rodrigo de Souza Leal e Elzyo Jardel Xavier Pires, que organizavam shows no Dallas Bar e em outras casas noturnas. Para financiar os eventos, Leal e Pires contavam com o apoio do grupo de promoters G12 Eventos.
Após a realização dos shows, o lucro era dividido proporcionalmente entre os membros do G12 e os integrantes do Comando Vermelho, com a plena consciência de todos os envolvidos.
As investigações revelaram o uso de depósitos fracionados para evitar a identificação dos depositantes e a origem ilícita dos valores. Além disso, estratégias como transferências de dinheiro em espécie e o uso de empresas de fachada eram utilizadas para ocultar as transações ilegais.

Envolvidos

Entre os sócios das casas noturnas envolvidas no esquema estão Clawilson Almeida Lacava, conhecido como “Gauchinho”, e Lauriano Silva Gomes da Cruz, que desempenhavam papéis importantes na dissimulação da propriedade e verdadeira atividade das empresas de eventos.
A denúncia formalizada pelo Ministério Público menciona a clara divisão de tarefas dentro da organização criminosa, que operava com o objetivo de cometer crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Os crimes estão previstos nos artigos 2º da Lei nº 12.850/13, 1º da Lei nº 9.613/98, e nos artigos 317 e 333 do Código Penal.
 
 

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Polícia

Homem é preso em Juína por perseguir ex-companheira e descumprir medida protetiva

Segundo ela, o ex ainda declarou que sabia estar descumprindo a ordem judicial e que não se importava com a possibilidade de nova denúncia

Publicados

em

Foto: Polícia Civil/Reprodução

Um homem de 28 anos foi preso na noite desta terça-feira (29/04) em Juína, após descumprir medidas protetivas e continuar perseguindo sua ex-companheira, uma jovem de 21 anos. A prisão foi efetuada por policiais civis da Delegacia do município.

Segundo informações da Polícia Civil, o casal manteve um relacionamento por aproximadamente dois anos e meio, encerrado há cerca de três meses. Desde então, conforme o relato da vítima, o suspeito não aceita o término e tem praticado diversos atos de perseguição, tanto presencialmente quanto por meio de redes sociais e ligações telefônicas.

Apesar da medida em vigor, o suspeito retornou ao local de trabalho da vítima nesta terça-feira, em três momentos distintos, demonstrando agressividade verbal e acusando a jovem de ter “estragado tudo”. Segundo ela, o ex ainda declarou que sabia estar descumprindo a ordem judicial e que não se importava com a possibilidade de nova denúncia.

Diante do novo episódio de ameaça e perseguição, a vítima acionou a Polícia Civil, que localizou e prendeu o homem pouco tempo depois. Durante a abordagem, ele confessou ter violado a medida protetiva e alegou que foi ao encontro da ex-companheira após vê-la, por meio de câmeras de segurança da loja que ele estaria monitorando, em um suposto momento de intimidade com outra pessoa.

O homem foi autuado em flagrante por descumprimento de medida protetiva e permanece à disposição da Justiça.

*Sob supervisão de Gene Lannes

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