Opinião
AS VANTAGENS DE LEVAR NOSSAS LUTAS ATÉ O FIM
Opinião

Por Juarez Alvarenga
Para muitos depois dos quarenta anos, não devemos começar nenhuma nova batalha. O natural, é ser a época da colheita ou do arrependimento de não ter plantado nada. Contrariando esta filosofia, acredito que fui premiado pela vida, por ser persistente com meus objetivos. Comecei no primeiro passo, com olhos no horizonte inatingíveis. A distância quilométrica, entre o início da luta e seu coroamento com vitória, me trouxe como patrimônio o destemido mundo da ousadia.
Jogar os sonhos dentro da energia solar, é queimar a insegurança e fazer nascer a cada dia, um novo fruto saudável. A entre safra dos sonhos não foram capazes de enterrar meus objetivos. Construir alimentos alternativos, e com alma saciável enquanto a sociedade estava faminta de utopias, procurei a sobrevivência com excesso de determinação. Isto me fez suportar a carência de instrumentos fatais, para percorrer a estrada real com êxito. Pois, nasceu em mim a convicção de que caminhos errados nos levam ao aprimoramento existencial e estes aos acertos.
Começar um objetivo errado não quer dizer terminar errado. As surpresas da caminhada não devem ser uma armadilha e sim uma abertura para o acerto.
Embutido em qualquer vitória, está em primeiro lugar, os sonhos e em segundo, a convicção de que as utopias só devem ser disseminadas com suas realizações.
Aqueles sonhos, sem vitalidade nascida da inércia, são sem dúvidas nenhuma, realidade natimorta. Mas, as quimeras vitaminadas, sem medo das críticas, com os propósitos agarrados ao salva-vidas, nos levarão ao outro lado do rio, independentemente da distância.
Levei muitas porradas no boxe existencial. Fui à lona, mas nunca perdi por nocaute, e as poucas derrotas foram por pontos. Isto se deve, a robustez e a tenacidade de minha fabrica de utopia, que se manteve firme mesmo nos momentos de pico de adversidades quase intransponíveis.
Encaixar uma alavanca, para servir de suporte devido ao peso da realidade, nos levarão ao ponto de impulsionar nossos passos fazendo, alcançar aquele objetivo no topo, sendo capazes de através de nossos sobressaltos atingir o pico, aceleradamente.
Muitas conquistas vêm de muitas falhas. Agir, erradamente, não enterra nossas vitórias, apenas prolonga. Na realização não existem milagres, mas sim as coisas bem feitas. E, só aprendemos acertar se tivermos dispostos a consertar os equívocos.
O prêmio de levar nossas lutas até o final, é resultado de quem acredita nelas. Se, a medida em que avançamos, os obstáculos aumentam, é porque, o poder de manutenção de nossos sonhos se agigantam.
Hoje, tenho velhos sonhos consolidados, mas estou disposto iniciar novas utopias. Se ganhei a vida, porque minhas fantasias só foram destruídas com suas realizações, aprendi que no prenuncio de qualquer utopia, existe um distanciamento intimidador, com a realidade, mais ainda, tenho fôlego de buscar horizontes inatingíveis, com a força de um leão, e, aproximar da abertura do prepotente sol, que costuma disseminar nossos sonhos frágeis.
Juarez Alvarenga é advogado e escritor.

Opinião
A importância de denunciar e manter a medida protetiva: um apelo às mulheres vítimas de violência doméstica

A violência doméstica é um problema grave que afeta milhares de mulheres em nosso estado, em todo o Brasil e no mundo. Todos os dias, mulheres enfrentam agressões físicas, psicológicas e emocionais em seus próprios lares, um espaço que deveria ser seguro e acolhedor.
Quando idealizei o programa SER Família Mulher, com auxílio de R$ 600, pensei em uma maneira de encorajar as vítimas a denunciar e, a partir da medida protetiva, dar apoio às mulheres para que elas não retornassem ao ciclo de violência.
Vale ressaltar que o programa não é somente um auxílio financeiro: nele, as vítimas têm uma rede de apoio psicossocial e também são encaminhadas para cursos de qualificação profissional. Porém, infelizmente, algumas dessas medidas são interrompidas porque a mulher acaba aceitando conviver novamente com o agressor, acreditando em promessas que, na maioria dos casos, acabam em tragédia.
É muito importante que a vítima siga todo o procedimento, pois levar a condição de proteção a rigor é imprescindível. Quebrar esse ciclo de violência é um processo difícil, mas possível. Denunciar o agressor e buscar ajuda das autoridades é o primeiro passo para interromper esse ciclo.
Muitas mulheres têm receio de denunciar, acreditando que não serão apoiadas ou que os agressores podem se vingar.
No entanto, a denúncia é um ato de coragem e proteção, e o sistema da Justiça tem mecanismos para garantir a segurança da vítima. Veja bem, quando uma mulher denuncia a violência doméstica, uma das ações mais importantes é o pedido de medida protetiva.
A medida protetiva é uma ordem judicial que visa afastar o agressor do convívio da vítima, garantindo sua integridade física e psicológica. Ela pode incluir, entre outras coisas, a proibição de contato, a distância mínima entre o agressor e a vítima, a suspensão do porte de armas e a garantia de apoio psicológico.
As medidas protetivas têm mostrado resultados significativos na proteção das mulheres. Elas são fundamentais para garantir que a vítima tenha tempo e segurança para se reerguer. No entanto, muitas mulheres não têm consciência de que, após a concessão da medida protetiva, é necessário mantê-la e garantir seu cumprimento.
A retirada ou o descumprimento das medidas pode colocar a vida da vítima em risco, assim como a de seus filhos, além de gerar um sofrimento irreparável para toda a família. O programa SER Família Mulher já atendeu 744 vítimas, e atualmente 527 mulheres estão com as medidas protetivas ativas, amparadas com o auxílio de R$ 600 e pela rede de apoio.
Recentemente, um crime de feminicídio em Confresa deixou toda a população abalada. Eu me arrepio todas as vezes que penso na cena daquela mãe segurando sua filha no colo, e o feminicida não teve piedade alguma, tirando uma vida e deixando suas filhas órfãs.
Sabe por que estou recordando esse caso? Porque Regiane Alves da Silva estava sob medida protetiva e acabou retomando o relacionamento com o homem, que, inclusive, já tinha uma ficha criminal com casos de violência doméstica. Manter a medida protetiva é um compromisso com a própria segurança.
Talvez você, que está lendo este artigo neste momento, não seja uma vítima de violência, mas é muito importante saber que a denúncia de terceiros também é aceita. A Lei Maria da Penha nº 11.340/2006 garante que qualquer pessoa pode denunciar a violência, inclusive quando a vítima não faz isso por conta própria. Em algumas circunstâncias, o terceiro pode ter um papel crucial para interromper o ciclo de violência e garantir a proteção da mulher.
Outro fato que quero relembrar: no mês de janeiro, uma ação rápida do 10º Batalhão de Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel PM Bruno Marcel, após receber uma denúncia de um terceiro, conseguiu impedir um crime de feminicídio, e o criminoso foi preso.
Se você está em uma situação de violência doméstica, procure ajuda imediatamente. Não permita que o medo ou o silêncio controlem sua vida. Acredite, você merece ser feliz, segura e livre.
Virginia Mendes é economista, primeira-dama de MT, voluntária nas ações de Governo por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF) e idealizadora do programa SER Família Mulher. Constantemente, ela tem cobrado do Congresso Nacional a reforma da constituição para que penas como prisão perpétua ou até mesmo pena de morte sejam aplicadas no Brasil.
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