nomeação de parentes
MPE Rejeita Recurso da Prefeitura e Defende Proibição de Nepotismo em VG
MPE reage a recurso da Prefeitura de VG e acusa tentativa de burlar decisão contra o nepotismo
Judiciário

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT) se posicionou contra o recurso apresentado pela Prefeitura de Várzea Grande que tenta reverter uma decisão judicial que proíbe a prática de nepotismo na administração municipal. Para o órgão, o recurso representa uma tentativa de reabrir o caso e permitir a nomeação de parentes em cargos políticos.
A decisão que motivou o recurso foi proferida pela 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública e determinou a exoneração imediata de familiares nomeados para funções comissionadas ou gratificadas — entre eles, Carlos Alberto de Araújo, marido da prefeita Flávia Moretti (PL).
A Prefeitura recorreu por meio de embargos de declaração, alegando que a sentença ignorou a constitucionalidade de um artigo da Lei Orgânica Municipal. Segundo a gestão, a norma municipal impõe regras mais rígidas que aquelas estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que violaria a separação dos Poderes.
O MPE, no entanto, rebateu a argumentação e esclareceu que embargos de declaração não são cabíveis para modificar decisões judiciais, servindo apenas para esclarecer dúvidas, omissões ou contradições — elementos que, segundo o órgão, não estão presentes no caso.
Além disso, o Ministério Público afirmou que a legislação municipal está em conformidade com os princípios constitucionais e que qualquer tentativa de mudança enfraquece as normas de combate ao nepotismo, essenciais para a moralidade administrativa.
O MPE também contestou a alegação de que o STF já teria pacificado entendimento favorável à nomeação de parentes para cargos políticos. De acordo com o órgão, o tema ainda é controverso, inclusive entre os ministros da Corte. Como exemplo, citou o Recurso Extraordinário nº 1.133.118, no qual o ministro Marco Aurélio reconheceu que a matéria ainda não foi definitivamente resolvida no Supremo.
Por fim, o Ministério Público reforçou que a real intenção da Prefeitura é manter nomeações enquadradas como nepotismo e solicitou a rejeição do recurso, por ausência de omissões relevantes na decisão judicial anterior.
“O embargante tenta induzir o juízo a erro ao afirmar que o STF já pacificou o entendimento de que é permitida a nomeação de parentes para cargos políticos. Isso é falso. O Supremo ainda não formou consenso sobre o tema. Prova disso é que, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 1.133.118, o Ministro Marco Aurélio reconheceu que essa é uma questão altamente controversa, inclusive dentro do próprio STF”, pontuou o MPE.

Judiciário
Justiça exige melhorias de acessibilidade em unidade de saúde da Prefeitura de Cuiabá
A Justiça ordenou a citação do município e a marcação de uma audiência de conciliação.

A Vara Especializada em Ações Coletivas da Comarca de Cuiabá determinou que o município seja citado para responder, no prazo de 30 dias, à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT). A ação denuncia irregularidades estruturais no Posto de Saúde da Família do bairro Altos da Serra I, em Cuiabá. A decisão, assinada pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, também estabeleceu a realização de uma audiência de conciliação por meio do CEJUSC.
De acordo com a petição inicial, a Promotoria da Saúde identificou diversas deficiências na unidade, como a falta de acessibilidade nos banheiros, ausência de alvarás sanitário e do Corpo de Bombeiros, iluminação inadequada e problemas estruturais nos consultórios. O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) denunciou a situação desde 2021, e, apesar das reformas realizadas em 2023 sob gestão do Gabinete de Intervenção do Estado, as condições persistiram sem solução.
Diante da omissão do município em resolver as questões estruturais, o MP-MT solicitou a concessão de tutela de urgência para que a Prefeitura realize as adequações necessárias, com destaque para as questões de acessibilidade, no prazo máximo de 180 dias, além da apresentação dos alvarás pertinentes.
No entanto, o juiz optou por analisar o pedido de liminar após ouvir a parte contrária, lembrando que a unidade passou recentemente por reformas. O magistrado também ressaltou a importância da resolução consensual e determinou a realização de audiência de conciliação.
Ao final da ação, o MP-MT requer que o município seja judicialmente obrigado a garantir condições adequadas de funcionamento do PSF, conforme as normas de acessibilidade, com multa diária em caso de descumprimento. A unidade atende centenas de moradores da região e faz parte da rede municipal de atenção primária à saúde.
Outro lado – A reportagem tentou contato com a assessoria de Saúde do município, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
-
Polícia3 dias atrás
Facção é desarticulada por lavar R$ 13 milhões com fachada de empresas
-
Polícia4 dias atrás
Justiça reduz pena de Marcola pelo roubo milionário de 1999 em Cuiabá
-
Variedades3 dias atrás
Veículos com placa final 4 devem quitar o Licenciamento 2025 até 30 de abril
-
Esporte4 dias atrás
Mixto estreia com vitória em jogo eletrizante contra o Porto Velho na Série D
-
Judiciário6 dias atrás
Justiça mantém obras no Morro de Santo Antônio e reconhece legalidade do projeto
-
Saúde4 dias atrás
Apenas 7% do público-alvo foi vacinado contra a gripe em Cuiabá
-
Judiciário4 dias atrás
Conciliação ambiental: Sema promove nova edição de mutirão para regularização de infrações
-
Saúde6 dias atrás
Programa estadual acelera atendimentos e realiza mais de 143 mil procedimentos em dois anos