VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Retomada as operaçãoes

Mediação empresarial garante retorno da empresa Caribus ao transporte coletivo de Cuiabá

A mediação tem ganhado destaque como solução eficaz para empresas em dificuldades.

Publicado em

Judiciário

Foto: O Livre

A empresa Caribus conseguiu reverter a apreensão de seus ônibus e retomar as operações no transporte coletivo de Cuiabá por meio de um instrumento inovador da Lei de Recuperação Judicial: a pré-insolvência. Em vez de recorrer diretamente ao Judiciário com um pedido de recuperação judicial, a empresa optou pela mediação, renegociando suas dívidas em um ambiente consensual e extrajudicial.

A reestruturação empresarial via pré-insolvência foi regulamentada pela Lei 13.112/2020, que alterou a legislação de Recuperação Judicial. Segundo Meire da Costa Marques, presidente da AMIS Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem – entidade que conduziu o processo da Caribus – esse modelo permite que empresas em dificuldades financeiras busquem acordos sem necessidade de um longo trâmite judicial.

“Esse mecanismo possibilita a mediação entre credores e devedores sem que a empresa precise ingressar diretamente com uma ação de Recuperação Judicial. O Judiciário pode ser acionado apenas para garantir liminares que suspendam execuções temporariamente, evitando a expropriação de bens enquanto as negociações ocorrem. O objetivo é evitar que uma crise financeira momentânea se transforme em uma situação irreversível”, explica Meire.

 “O crescimento desse método se deve às mudanças legislativas e à atuação de advogados que buscam resolver conflitos de forma ágil e eficiente, sem depender exclusivamente de sentenças judiciais”, acrescenta a especialista.

No caso da Caribus, a mediação evitou anos de disputas judiciais, permitindo que a empresa superasse sua crise financeira e os credores recebessem seus créditos de forma mais rápida. Além disso, o Poder Judiciário foi desafogado de múltiplas ações, enquanto o Município de Cuiabá e seus cidadãos foram beneficiados com a manutenção do transporte público.

Segundo Marco Aurélio Mestre Medeiros, advogado da Caribus responsável pela negociação, a celeridade do processo foi essencial para o sucesso do acordo. “Antes da mediação, a empresa enfrentava uma liminar determinando a apreensão de 31 ônibus. Com a concessão de uma medida cautelar favorável, conseguimos garantir a circulação dos veículos e, posteriormente, firmar acordos vantajosos para todas as partes, respeitando a legislação e garantindo o direito dos passageiros a um transporte de qualidade”, afirma.

O Caso

O acordo entre a Caribus e o Banco Volvo foi alcançado após decisões judiciais que impactaram a empresa. Em 18 de fevereiro, o banco obteve na Justiça de Mato Grosso uma liminar para apreender os veículos. No entanto, no dia seguinte, a Caribus recorreu à AMIS e iniciou negociações com seus credores. Pouco depois, conseguiu reverter a medida judicial, garantindo um prazo de 60 dias de blindagem, período no qual a empresa ficou protegida de novas ações expropriatórias.

A solução negociada permitiu que a Caribus retomasse suas atividades e assegurasse a continuidade do serviço essencial à população de Cuiabá, demonstrando a eficácia da mediação como alternativa ao tradicional processo judicial.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Judiciário

Promotor nega pedido de exame de sanidade: “Ela sabe o que fez”

O promotor Rinaldo Segundo afirmou que o exame de sanidade mental de Nataly é desnecessário e defendeu que ela seja levada a júri popular pelo crime. Segundo ele, não há dúvidas sobre a consciência da acusada no momento do ato.

Publicados

em

Reprodução / Redes sociais de Emelly e Nataly

O promotor de Justiça Rinaldo Segundo afirmou que espera que a bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, ré pelo assassinato da adolescente grávida E.A.S., de 16 anos, seja julgada pelo júri popular. Ele também descartou a necessidade de um exame de sanidade mental para a acusada.

Na última quinta-feira (28), a Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE), tornando Nataly ré pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e outros seis delitos.

“Acredito que ela irá a júri. Em um caso como esse, não há outra possibilidade”, afirmou o promotor ao MidiaNews.

Agora, a defesa da ré tem 10 dias para se manifestar. Após esse prazo, o MPE dará início à fase de instrução do processo, reunindo provas e colhendo depoimentos. “São 15 testemunhas no total. Depois, ouviremos a Nataly e, ao final, espero que ela seja encaminhada ao júri por meio de uma sentença de pronúncia”, explicou Rinaldo.

Crime brutal

Nataly confessou ter asfixiado, amarrado e retirado o bebê do ventre da vítima com a intenção de roubá-lo, antes de enterrar o corpo. Durante a investigação, sua defesa solicitou um exame de sanidade mental, mas o promotor considerou a medida desnecessária.

“Ela demonstra plena consciência do que fez. Nas imagens dela saindo da DHPP, ao perceber as câmeras, tentou se esconder para não ser filmada. Isso mostra que sabia das consequências de seus atos”, argumentou Rinaldo.

Feminicídio como avanço jurídico

O promotor destacou que o reconhecimento do crime como feminicídio, e não apenas homicídio, representa um avanço na luta pela proteção das mulheres.

“Vivemos uma epidemia de feminicídios. O reconhecimento desse crime, independentemente do gênero do autor, fortalece a proteção das mulheres”, afirmou.

Se condenada pelo júri popular, Nataly pode pegar mais de 90 anos de prisão, somando as penas por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

O caso

A denúncia apresentada por Rinaldo Segundo foi aceita pelo juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, na quinta-feira (27), um dia após ser protocolada.

No dia do crime, Nataly atraiu a adolescente com a promessa de doar roupas para o bebê, mas, ao encontrá-la, imobilizou-a, asfixiou-a e matou-a, colocando em risco a vida do feto. O bebê sobreviveu e está sob os cuidados da família da vítima.

Após o assassinato, Nataly enterrou o corpo nos fundos de sua casa, em uma cova rasa, e depois se apresentou em um hospital alegando ter dado à luz. No entanto, exames comprovaram que ela não havia passado por um parto.

Ela e o namorado foram presos no mesmo dia. Ele foi liberado posteriormente, enquanto Nataly segue detida em uma cela solitária na Penitenciária Ana Maria do Couto May.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA