"INJUSTIÇADO"
Delegado da Polícia Civil exonerado pelo governador após escândalo sexual afirma que irá recorrer
Além de responder a várias sindicâncias, o delegado da Polícia Civil Eric Márcio Fantin também se envolveu em um escândalo sexual em Brasnorte, município onde disputou as eleições para prefeito em 2025
Judiciário

O delegado da Polícia Civil Eric Márcio Fantin, que foi exonerado do cargo pelo governador Mauro Mendes, anunciou que irá contestar a decisão, alegando sentir-se injustiçado. A exoneração, divulgada na última sexta-feira (14/3), ocorreu após análise e parecer final da Comissão Permanente de Avaliação de Estágio Probatório (PAEP). Fantin, que esteve envolvido em um escândalo de natureza sexual e também respondia a sindicâncias, discorda da medida e afirma ser vítima de uma armação. Ele acredita que a exoneração foi, na verdade, uma “punição” por ter se lançado como candidato a prefeito de Brasnorte, com o objetivo de afastar pessoas que, em sua visão, não eram “boas” para a cidade.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o delegado disse que foi surpreendido pela exoneração. Na mensagem direcionada a amigos que o conhecem de suas funções em Juara, Colniza, Aripuanã, Porto dos Gaúchos e Tabaporã, Fantin relatou que uma das sindicâncias o acusa de ter trocado uma faca que recebeu de presente e não aceitou, por mais de 1.500 caixas de chocolate, que distribuiu a crianças carentes.
“Em outras sindicâncias, inclusive em um inquérito policial, onde supostamente teria xingado dois diretores. A própria corregedoria já descobriu que quatro policiais corruptos da cidade de Colniza armaram diversas situações graves. Mas a própria instituição descobriu que era mentira deles, que era armação deles, entretanto a comissão utilizou esse inquérito, que o Ministério Público mandou arquivar e o Poder Judiciário acatou a decisão do Ministério Público mandando arquivar.”
A exoneração de Fantin aconteceu após ele se envolver em um escândalo de cunho sexual, revelado em agosto do ano passado, quando um vídeo íntimo seu foi divulgado nas redes sociais. O vídeo vazou no auge da sua campanha eleitoral para a Prefeitura de Brasnorte. Inicialmente, ele negou a veracidade das imagens, alegando que se tratava de uma montagem com o uso de inteligência artificial. No entanto, depois admitiu ter traído sua esposa com quatro mulheres, incluindo uma garota de programa. Segundo o delegado, esses relacionamentos extraconjugais ocorreram durante um período de crise em seu casamento.
No vídeo recente, Fantin não faz menção ao escândalo das imagens que circulou na época, que podem ter influenciado a decisão da Comissão. Ele prefere se concentrar em sua sensação de injustiça e acredita que conseguirá reverter a decisão judicialmente.
“Então, as injustiças estão evidentes, lamentavelmente não sei o que aconteceu dentro da própria instituição para ser tão injustiçado assim. Mas tenho certeza de que vamos reverter isso no Poder Judiciário. Acredito no Poder Judiciário justo, imparcial e que não permitirá que essas injustiças continuem.”
Na eleição municipal de 2024, Fantin concorreu à prefeitura de Brasnorte pelo PL (Partido Liberal), mas foi derrotado por Edelo Ferrarni (União). Edelo recebeu 50,85% dos votos válidos (4.634 votos), enquanto Fantin obteve 49,15% (4.479 votos). Fantin acredita que a derrota foi causada pela falta de apoio financeiro, já que o presidente estadual do PL, Ananias Filho, decidiu não repassar recursos do Fundo Eleitoral para sua campanha devido à repercussão negativa do escândalo sexual.
Para Fantin, sua derrota nas urnas tem um caráter punitivo, como consequência de sua decisão de disputar a prefeitura e desafiar pessoas poderosas.
“Infelizmente, parece que é uma punição por eu ter lutado como candidato para livrar a cidade de Brasnorte de pessoas que não são boas para o município. Inclusive, criminosos já estão comemorando minha exoneração nas redes sociais.”
Veja o vídeo.

Judiciário
Justiça exige melhorias de acessibilidade em unidade de saúde da Prefeitura de Cuiabá
A Justiça ordenou a citação do município e a marcação de uma audiência de conciliação.

A Vara Especializada em Ações Coletivas da Comarca de Cuiabá determinou que o município seja citado para responder, no prazo de 30 dias, à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT). A ação denuncia irregularidades estruturais no Posto de Saúde da Família do bairro Altos da Serra I, em Cuiabá. A decisão, assinada pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, também estabeleceu a realização de uma audiência de conciliação por meio do CEJUSC.
De acordo com a petição inicial, a Promotoria da Saúde identificou diversas deficiências na unidade, como a falta de acessibilidade nos banheiros, ausência de alvarás sanitário e do Corpo de Bombeiros, iluminação inadequada e problemas estruturais nos consultórios. O Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) denunciou a situação desde 2021, e, apesar das reformas realizadas em 2023 sob gestão do Gabinete de Intervenção do Estado, as condições persistiram sem solução.
Diante da omissão do município em resolver as questões estruturais, o MP-MT solicitou a concessão de tutela de urgência para que a Prefeitura realize as adequações necessárias, com destaque para as questões de acessibilidade, no prazo máximo de 180 dias, além da apresentação dos alvarás pertinentes.
No entanto, o juiz optou por analisar o pedido de liminar após ouvir a parte contrária, lembrando que a unidade passou recentemente por reformas. O magistrado também ressaltou a importância da resolução consensual e determinou a realização de audiência de conciliação.
Ao final da ação, o MP-MT requer que o município seja judicialmente obrigado a garantir condições adequadas de funcionamento do PSF, conforme as normas de acessibilidade, com multa diária em caso de descumprimento. A unidade atende centenas de moradores da região e faz parte da rede municipal de atenção primária à saúde.
Outro lado – A reportagem tentou contato com a assessoria de Saúde do município, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
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