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Desenvolvimento Econômico

Turismo em Mato Grosso impulsiona abertura de empresas e geração de empregos

Setor registra crescimento de 11,4% em novos negócios e atrai investimentos privados com apoio do governo estadual

Publicado em

Economia

Secom-MT

O turismo em Mato Grosso vive um momento de franca expansão, refletindo diretamente no setor de alojamento e hospedagem. O número de empresas voltadas para esse segmento cresceu 11,4% em 2024, em comparação com o ano anterior, segundo dados da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat).

De acordo com a Junta, foram abertos 4.403 novos negócios na área de hotelaria e similares em 2024, frente aos 3.952 registrados em 2023.

O crescimento também impactou positivamente a geração de empregos. No ano passado, o saldo de contratações no setor foi de 230 novas vagas, com destaque para hotéis e similares, que responderam por 204 admissões. Desde 2021, o setor mantém um desempenho positivo, revertendo o cenário de 2020, quando a pandemia resultou em saldo negativo de 837 desligamentos.

Outro indicativo da expansão do turismo é o aumento na liberação de créditos para empreendimentos do setor. Segundo a Desenvolve MT, foram liberados R$ 10,9 milhões em crédito pela linha Desenvolve Turismo em 2024, crescimento de 105% em relação a 2023, quando o volume foi de R$ 5,3 milhões. A linha oferece crédito de até R$ 1,5 milhão por contrato, com juros de 1,2% ao mês, prazo de 120 meses e carência de 24 meses, além de bônus de adimplência de 20%.

O ambiente favorável impulsionou empreendedores como Sandra Rossato, que inaugurou há seis meses o Complexo Turístico Canaã, em Nobres, a 6 km do centro da cidade. O espaço oferece trilhas ecológicas, piscinas naturais, flutuação, banhos de rio, restaurante buffet, brinquedoteca, salas de jogos, áreas de relaxamento com ofurôs, quadras de beach tennis e estrutura com acessibilidade.

A partir do próximo mês, Sandra dará início a uma nova etapa: a transformação do espaço em um resort, com três chalés em estilo europeu e experiências gastronômicas regionais para os hóspedes.

Em abril, Sandra participou da World Travel Market Latin America (WTM), uma das maiores feiras de turismo da América Latina, realizada em São Paulo, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e do Sebrae. Foi a sua primeira participação em um evento internacional de turismo.

“Achei que vinha só para conhecer novidades, mas entendi que o foco é muito maior. Tive a oportunidade de apresentar meu atrativo, compartilhar experiências e levar muito aprendizado. Me senti acolhida no estande de Mato Grosso. Foi um divisor de águas para o meu negócio”, relatou Sandra.

Em Nobres, a prefeitura também tem incentivado a comunidade local a empreender no setor turístico.

“Nobres tem novos rostos e novas experiências para oferecer. É um trabalho de base que temos feito junto aos empresários, para que esses espaços estejam na prateleira dos destinos turísticos do Estado em pouco tempo. Nossa meta é consolidar Nobres como um destino inteligente, com turismo organizado e atrativos bem formatados”, destacou Bruna Fava, secretária municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Nobres.

Segundo a secretária adjunta de Turismo da Sedec, Maria Letícia Costa, o Governo do Estado investe cerca de R$ 94 milhões em dez grandes projetos de infraestrutura turística, que incluem orlas, rodovias-parque, congódromos, píeres, lagoas e reformas de praças.

“Quando o empreendedor vê o investimento do Estado, ele se anima e investe também. O turismo se baseia nessa parceria entre o público e o privado para crescer. O Estado tem feito seu papel: incentivando, oferecendo financiamentos com juros baixos por meio da Desenvolve MT e promovendo Mato Grosso em feiras nacionais e internacionais”, ressaltou Maria Letícia.

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Economia

Desastres climáticos causam bilhões em perdas e deixam rastro de destruição em MT

Estado registrou 733 decretos de emergência, 24 mortes e milhares de pessoas fora de casa em uma década

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Foto: Reprodução/ mIDIAjur

Entre 2013 e 2024, os desastres naturais causaram um impacto econômico de R$ 25,4 bilhões em Mato Grosso, somando prejuízos em áreas públicas, privadas e habitacionais. Os dados constam no relatório Panorama dos Desastres no Brasil – 2013 a 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Nesse período, o estado emitiu 733 decretos de situação de emergência, sendo 647 por chuvas intensas e 86 por secas e estiagens. Os eventos extremos resultaram em 24 mortes, além de 1.990 desabrigados e 9.751 desalojados, conforme levantamento baseado em registros do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Municípios sobrecarregados

Segundo a CNM, os municípios estão na linha de frente do enfrentamento aos desastres e são os que mais sofrem com as consequências. Os efeitos vão desde a perda de vidas humanas até o deslocamento de famílias, destruição de patrimônios públicos e privados, interrupção de serviços essenciais e degradação ambiental.

A entidade destaca ainda que desastres não são apenas fenômenos naturais, mas o resultado de uma interação entre fatores ambientais, ações humanas e populações vulneráveis, exigindo respostas mais estruturadas e integradas dos governos.

Cenário nacional

Em nível nacional, o panorama é ainda mais alarmante: R$ 732,2 bilhões em prejuízos e mais de 70 mil decretos de emergência foram registrados entre 2013 e 2024, afetando 5.279 municípios em todo o país. Os desastres mais comuns foram seca e estiagem, seguidos por chuvas excessivas, doenças infecciosas, incêndios florestais e ondas de calor.

O número de mortos chegou a 2.978 pessoas, com 6,3 milhões de afetados ao longo da década.

Setores mais impactados

Os setores que mais sofreram financeiramente com os desastres no Brasil foram:

  • Agricultura: R$ 325,6 bilhões (44,5% do total);
  • Pecuária: R$ 94,4 bilhões;
  • Instalações públicas de saúde: R$ 86 bilhões;
  • Abastecimento de água potável: R$ 61,2 bilhões;
  • Habitação: R$ 43,4 bilhões;
  • Infraestrutura urbana: R$ 42,4 bilhões;
  • Transportes: R$ 23,3 bilhões;
  • Comércio local: R$ 21,8 bilhões;
  • Indústria: R$ 9,5 bilhões.

Apoio estrutural é urgente

A CNM afirma que o levantamento revela uma tendência crescente e preocupante de desastres climáticos no país e reforça a urgência da estruturação efetiva das defesas civis municipais. A entidade cobra que a União e os estados cumpram as responsabilidades previstas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/2012).

“Sem recursos adequados, capacitação técnica permanente e apoio financeiro contínuo, os municípios não conseguirão proteger suas populações e reduzir os danos provocados pelos desastres”, conclui a CNM.

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