Economia
Toffoli suspende decisão de Marco Aurélio que comprometia venda de ativos pela Petrobrás
Economia

Presidente do STF restaura vigência de decreto da petroleira, apontando em decisão risco de “gravíssimo comprometimento” das atividades do setor
Da Redação
Em uma vitória para a Petrobrás, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu derrubar uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello que, na prática, comprometia a venda de ativos pela petroleira. Com a decisão de Toffoli, volta a entrar em vigor o decreto 9.355 de 2018, que permite que a estatal venda, por exemplo, blocos de petróleo para outras empresas sem necessidade de fazer licitação.
Em sua decisão, Toffoli destacou um “gravíssimo comprometimento” das atividades do setor do petróleo com a manutenção da determinação de Marco Aurélio, que havia suspendido o decreto sobre a Petrobrás em decisão monocrática (individual) no dia 19 de dezembro.
Esta é a terceira vez nos últimos 30 dias em que Toffoli derruba uma decisão de Marco Aurélio.
Antes, o presidente do Supremo Tribunal Federal havia suspendido a decisão do ministro que vedava a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância – o que poderia abrir caminho para a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Toffoli também determinou que a votação para a eleição do novo presidente do Senado seja fechada, e não aberta, como havia decidido Marco Aurélio.
DECRETO
A decisão de Toffoli que restaura a vigência do decreto sobre a Petrobrás vale até o dia 27 de fevereiro, quando o plenário do Supremo vai analisar uma ação do Partido dos Trabalhadores que contesta a medida. Na ocasião, os ministros do tribunal vão decidir se confirmam ou não a validade do decreto.
“A decisão monocrática que suspendeu os efeitos do decreto nº 9.355, de 25 de abril de 2018, inibe a formação de eventuais joint ventures (modelo estratégico de parceria comercial), uma vez que os agentes econômicos não se submeterão às externalidades negativas decorrentes das delongas próprias dos procedimentos mais rígidos e solenes de contratação, em marcante descompasso com a dinâmica e complexa realidade do mercado internacional do petróleo”, observou o presidente do Supremo Tribunal Federal em sua decisão, assinada na última sexta-feira (11).
Para Toffoli, a atuação em parcerias permite “que a empresa estatal exerça o papel de operadora de consórcios de exploração e produção nos contratos a serem celebrados, assim como nas avenças em vigência, podendo, nessa condição, entre outras vantagens competitivas, desenvolver expertise e assumir a condução de investimentos de elevada envergadura no setor petrolífero, exercendo a prerrogativa de ditar a forma e o momento de aplicação de recursos”.
O presidente do Supremo também ressaltou que a Petrobrás encontra-se em processo de recuperação financeira, “com endividamento correspondente ao valor de R$ 291,83 bilhões de reais, não sendo prudente, nesta fase do processo, manter a decisão cautelar cujos efeitos aprofundarão ainda mais o quadro econômico-financeiro da empresa estatal”.
“DEVASTAÇÃO”
Na avaliação do PT, o objetivo do decreto é permitir que o governo ”possa prosseguir com sua política de devastação da Petrobrás sem ser incomodado pela Justiça Federal” e “legalizar o plano de desinvestimentos da Petrobrás, eliminando os questionamentos judiciais que aquele plano vem sofrendo”.
Em sua decisão, Marco Aurélio observou que cabia ao Congresso Nacional, e não ao Executivo, legislar sobre normas gerais de licitação e contratação em sociedades de economia.
Fonte: O Estado de S.Paulo / https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,toffoli-suspende-decisao-de-marco-aurelio-que-comprometia-venda-de-ativos-pela-petrobras,70002677004
Foto: Carlos Humberto/STF

Economia
Maioria dos brasileiros rejeita tarifaço de Trump contra o Brasil
Pesquisa aponta que 72% discordam da justificativa de perseguição a Bolsonaro

A maioria da população brasileira discorda das justificativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor novas tarifas sobre produtos importados do Brasil. Segundo levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (16), 72% dos entrevistados consideram que Trump está errado ao alegar que há perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apenas 19% concordam com a argumentação do republicano.
A pesquisa também mostra que 57% dos brasileiros avaliam que Trump não tem o direito de criticar o processo em que Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 36% acham legítima a manifestação do líder norte-americano.
Quanto à relação comercial entre os países, a maioria dos entrevistados (63%) discorda da visão de que ela é injusta, como afirmou Trump. Apenas 25% apoiam essa avaliação.
O impacto econômico do tarifaço também foi mal recebido pela população. De acordo com o levantamento, 79% acreditam que as novas tarifas vão prejudicar o bolso do consumidor brasileiro, afetando diretamente o custo de vida.
A resposta do governo Lula (PT) também foi abordada na sondagem. Para 53% dos brasileiros, a decisão de retaliar os EUA com medidas equivalentes é correta, enquanto 39% não apoiam a estratégia.
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