VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Close this search box.

Economia

Primeira emissão de títulos verdes deve superar US$ 1 bilhão

Publicado em

Economia

A primeira emissão de títulos públicos sustentáveis deverá superar US$ 1 bilhão, disse nesta quinta-feira (24) o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Segundo ele, o volume exato não pode ser informado por questões de mercado.

Títulos federais lançados no exterior, os papéis são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Em vez de receber meros juros financeiros, investidores estrangeiros receberiam os rendimentos de um projeto sustentável, que ficariam entre 6,15% e 8% para os compradores dos títulos.

Essa será a mesma taxa de retorno do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, relançado nesta quinta-feira e que receberá parte dos recursos das emissões dos títulos.

Inicialmente prevista para ocorrer em setembro, a emissão agora tem a previsão, segundo Ceron, de ocorrer ao longo do segundo semestre. O secretário, no entanto, não descartou a possibilidade de que a operação seja adiada para o início de 2024, conforme a melhor “janela de mercado” para escolher a data.

“É provável que tenhamos condição de materializar emissão de títulos neste ano. Caso aconteça algo que demande ser no começo de 2024, isso não seria um problema”, disse Ceron em entrevista coletiva após reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Transição ecológica

Ministro interino da Fazenda durante a viagem de Fernando Haddad à África, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, disse que os títulos sustentáveis ajudarão a viabilizar o plano de transição ecológica do governo.

“Esses papéis são aguardados pelo mundo. Temos muita expectativa que a transição ecológica faça parte do plano econômico desse governo. O Fundo Clima é peça-chave de concretização desse plano de transição ecológica”, declarou.

Durigan também disse que todos os passos legais, de cumprimento de requisitos, foram dados para o lançamento dos títulos sustentáveis.

Risco cambial

Apesar de as emissões ocorrerem em dólares, o secretário do Tesouro disse que a operação não traz risco cambial para o Brasil, aumento da dívida por causa de uma eventual desvalorização do real. Segundo Ceron, se o dólar dobrar de valor, o país diminui sua dívida líquida porque as reservas internacionais se valorizariam ao serem convertidas em reais.

Atualmente em US$ 342,732 bilhões, as reservas internacionais servem como uma espécie de seguro em caso de desvalorização cambial por abaterem o cálculo da dívida líquida, que confronta os ativos e os passivos do governo. A dívida bruta, no entanto, sobe em caso de alta do dólar.

Fundo Clima

Na reunião desta quinta-feira (24), o Conselho Monetário Nacional regulamentou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). Com R$ 10 bilhões previstos para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, o fundo, existente desde 2009 e operado pelo Ministério do Meio Ambiente, terá taxas de retorno de 6,15% a 8%, as mesmas das emissões dos títulos verdes. Essas são as taxas que os projetos financiados deverão gerar para o fundo.

O nível mínimo de 6,15% considerou os juros da última emissão de papéis do Tesouro no exterior. Anteriormente, as taxas de retorno dos empréstimos para o Fundo Clima estavam entre 0,1% e 3%.

Haverá exceção para projetos em áreas com demanda menor por recursos e menos atrativas. Nesse caso, as taxas poderão ser de no mínimo 1%. Entre os tipos de projetos na lista de exceções, estão os destinados ao desenvolvimento sustentável de florestas nativas e à proteção de recursos hídricos. A expectativa é que os projetos de menor atratividade consumam apenas 8% dos recursos do Fundo Clima.

Em relação aos projetos mais atrativos, que terão taxas de retorno maiores e consumirão os 92% restantes do fundo, estão empreendimentos de transição energética, indústria verde e gestão de resíduos sólidos. A resolução aprovada pelo CMN entra em vigor em 1º de setembro.

Fonte: EBC Economia

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Economia

Operações de crédito do Cuiabano se encontram inviabilizadas; há dívidas “herdadas” da gestão Emanuel Pinheiro

A falta de pagamento do saldo devedor travou o acesso a novas linhas de crédito, prejudicando empreendedores que dependem dos financiamentos para fortalecer seus negócios. Segundo o secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Fellipe Corrêa, a Prefeitura terá que realocar recursos para cobrir a dívida herdada.

Publicados

em

Emanoele Daiane

As operações de crédito do Cuiabanco, programa municipal de microcrédito produtivo voltado a microempreendedores individuais (MEIs), estão suspensas desde dezembro do ano passado. O motivo é uma dívida de aproximadamente R$ 20 mil, referente a juros não pagos pela gestão anterior desde setembro de 2024, junto à instituição financeira Credisul, responsável pela liberação dos recursos.

Enquanto o impasse financeiro não é resolvido, os demais serviços do Cuiabanco seguem funcionando normalmente, incluindo o atendimento a empreendedores e a abertura de MEIs. Os serviços temporariamente são realizados pela lateral do prédio, na Avenida Campo Grande, ao lado do Sine Municipal. A entrada principal, pela Avenida Barão de Melgaço, será utilizada pela futura Secretaria Municipal de Turismo, que integrará ações de Desenvolvimento Econômico, como parte da reestruturação proposta pelo prefeito Abilio Brunini (PL).

Calote da antiga gestão impede novos financiamentos

A falta de pagamento do saldo devedor travou o acesso a novas linhas de crédito, prejudicando empreendedores que dependem dos financiamentos para fortalecer seus negócios. Segundo o secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Fellipe Corrêa, a Prefeitura terá que realocar recursos para cobrir a dívida herdada.

“Os valores não são altos, mas deveriam ter sido quitados ainda no ano passado. Como não foram pagos desde setembro, inviabilizaram novos empréstimos, que precisaram ser suspensos em dezembro. Agora, estamos buscando uma solução para retomar as operações o mais rápido possível”, afirmou Corrêa.

Diante do cenário de dívidas herdadas que ultrapassam as cifras de R$ 1,6 bilhão, o prefeito Abilio Brunini decretou situação de calamidade financeira logo no início da gestão, em janeiro. O objetivo é priorizar pagamentos com responsabilidade e critério, garantindo a continuidade dos serviços essenciais.

Mesmo com o rombo nas contas, a atual administração já conseguiu liquidar salários atrasados, benefícios como o prêmio saúde para servidores da área e outros direitos trabalhistas que estavam pendentes. Eliana Bess

 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA